Idade do Cobre – Wikipédia, a enciclopédia livre

História
Pré-história Idade da Pedra

Paleolítico

Paleolítico Inferior c. 2,5 milhões - c. 300.000 a.C.
Paleolítico Médio c. 300.000 - c. 30.000 a.C.
Paleolítico Superior c. 30.000 - c. 10.000 a.C.
Mesolítico c. 13.000 - c. 9.000 a.C.

Neolítico

c. 10.000 - c. 3.000 a.C.
Idade dos Metais Idade do Cobre c. 3.300 - c. 1.200 a.C.
Idade do Bronze c. 3.300 - c. 700 a.C.
Idade do Ferro c. 1.200 a.C. - c. 1.000 d.C.
Idade Antiga Antiguidade Oriental c. 4.000 - c. 500 a.C.
Antiguidade Clássica c. 800 a.C. - 476 d.C.
Antiguidade Tardia c. 284 d.C. - c. 750
Idade Média Alta Idade Média 476 - c. 1000
Baixa Idade Média Idade Média Plena c. 1000 - c. 1300
Idade Média Tardia c. 1300 - 1453
Idade Moderna 1453 - 1789
Idade Contemporânea 1789 - hoje

Idade do Cobre, ou Calcolítico (do grego Χαλκός, transl. khalkos, "cobre" + λίθος, transl. líthos, "pedra"), é um dos períodos da proto-história, situado cronologicamente entre o Neolítico e a Idade do Bronze (aproximadamente 3300 a 1200 a.C.). O termo também pode ser utilizado para denominar algumas sociedades que apresentaram manifestações culturais diferenciadas durante este período.

O bronze é uma liga metálica composta de cobre e estanho. Antes de se generalizar o uso do bronze, o cobre era o metal mais utilizado, tendo esse período sido chamado de calcolítico. Há quem não aceite[quem?] esta designação, argumentando que a fundição de cobre não é mais do que o bronze natural. Mesmo assim, a denominação é aceita, pois diferencia os períodos nos quais o bronze era forjado naturalmente da era em que o bronze começou a ser forjado artificialmente e com o recurso do estanho. O sítio arqueológico de Belovode, na montanha Rudnik, na Sérvia, contém a mais antiga evidência segura no mundo de cobre fundido, datado de c. 5000 a.C.[1][2]

Fatores históricos e sociais que deram origem à Idade do Cobre[editar | editar código-fonte]

O desenvolvimento da economia durante o Neolítico levou ao desenvolvimento desigual das capacidades de produção e aumentou o regionalismo e variabilidade dos grupos humanos, transformando o mundo em um mosaico de diferentes tradições.

Quando os animais começam a ser usados para tração e transporte e não apenas para alimento inicia-se a Revolução neolítica. ficando então aberto o caminho para um conjunto de inovações tecnológicas, tais como o arado, a roda, o carro de bois, o uso do cavalo para montar e, por último, a metalurgia. Estas mudanças refletem-se sobre o desenvolvimento agrícola, o comércio à distância e o contato entre os diversos povos e as suas culturas.

O excesso de alimentos permite o aparecimento de trabalhos especializados e possibilitam a diversidade dos ofícios que vão progressivamente afastando do trabalho rural, formando uma teia social cada vez mais complexa e uma nova hierarquia de direitos sobre a propriedade e a estratificação de estatutos políticos e religiosos.

Desse modo o controle dos territórios e dos minérios cria as relações entre os grupos e dos homens entre si, levando ao aumento da tensão entre os grupos, o que leva a um comportamento guerreiro que assegura a ordem das coisas.

Na Península Ibérica[editar | editar código-fonte]

A navegação marítima, que provém do leste do mar Mediterrâneo e das ilhas do Egeu, possibilita o contato entre o extremo oeste e o leste da Europa, abrindo a via dos contatos económicos e culturais que contribuem para a definição da Idade do Cobre.

Os rios são usados como vias de comunicação, e o uso de irrigação artificial, permite aumentar a produtividade de territórios com solos pobres, causando as comunidades restringirem-se a um espaço, aumentando assim a identidade de cada grupo, bem como as suas rivalidades e, com elas, a necessidade de defesa.

Deste modo usa-se largamente o arco e flecha e constroem-se muralhas com torres e bastiões redondos, uma arquitetura de combate encontrada em o mundo mediterrânico.

Em Portugal[editar | editar código-fonte]

Dentre exemplos típicos desta Idade do Cobre espalhados por inúmeras povoações por todo o sudoeste ibérico, na Área Metropolitana de Lisboa destacam-se, entre outros:

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Serbian site may have hosted first copper makers». UCL Institute of Archaeology. 23 de setembro de 2010 
  2. «Serbian site may have hosted first copper makers». ScienceNews. 17 de julho de 2010