Itaú de Minas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Itaú de Minas
  Município do Brasil  
Do alto, da esquerda para a direita: Igreja Nossa Senhora Aparecida; Praça da Matriz; Igreja Matriz Santa Terezinha do Menino Jesus; Praça Sagrada Família; Praça Nossa Senhora das Graças; Praça Monsenhor Ernesto Cavicchioli; Prefeitura Municipal; Avenida Engenheiro Manoel Batista; vista panorâmica; pôr do sol; uma das primeiras praças no pátio da antiga fábrica.
Do alto, da esquerda para a direita: Igreja Nossa Senhora Aparecida; Praça da Matriz; Igreja Matriz Santa Terezinha do Menino Jesus; Praça Sagrada Família; Praça Nossa Senhora das Graças; Praça Monsenhor Ernesto Cavicchioli; Prefeitura Municipal; Avenida Engenheiro Manoel Batista; vista panorâmica; pôr do sol; uma das primeiras praças no pátio da antiga fábrica.
Do alto, da esquerda para a direita: Igreja Nossa Senhora Aparecida; Praça da Matriz; Igreja Matriz Santa Terezinha do Menino Jesus; Praça Sagrada Família; Praça Nossa Senhora das Graças; Praça Monsenhor Ernesto Cavicchioli; Prefeitura Municipal; Avenida Engenheiro Manoel Batista; vista panorâmica; pôr do sol; uma das primeiras praças no pátio da antiga fábrica.
Símbolos
Bandeira de Itaú de Minas
Bandeira
Brasão de armas de Itaú de Minas
Brasão de armas
Hino
Gentílico itauense[1]
Localização
Localização de Itaú de Minas em Minas Gerais
Localização de Itaú de Minas em Minas Gerais
Localização de Itaú de Minas em Minas Gerais
Itaú de Minas está localizado em: Brasil
Itaú de Minas
Localização de Itaú de Minas no Brasil
Mapa
Mapa de Itaú de Minas
Coordenadas 20° 44' 20" S 46° 45' 07" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Norte: Passos;
Leste: Passos;
Sul: Fortaleza de Minas;
Oeste: Cássia e Pratápolis.
Distância até a capital 363 km[2]
História
Fundação 31 de dezembro de 1943 (80 anos)[3]
Emancipação 11 de setembro de 1987 (36 anos)
Administração
Prefeito(a) Norival Francisco de Lima (UNIÃO [4], 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 153,421 km²
População total (Est. IBGE/2018[1]) 16 108 hab.
 • Posição MG: 235º
Densidade 105 hab./km²
Clima Tropical de altitude (Cwa)
Altitude 712 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 37975-000 a 37979-999[5]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[6]) 0,776 alto
 • Posição MG: 10º
PIB (IBGE/2016[7]) R$ 48 732 952 mil
PIB per capita (IBGE/2016[7]) R$ 30 473,33
Sítio www.itaudeminas.mg.gov.br (Prefeitura)
www.camaraitaudeminas.mg.gov.br (Câmara)

Itaú de Minas é um município brasileiro da Região Geográfica Imediata de Passos situado no sudoeste do estado de Minas Gerais, inicialmente denominado Córrego do Ferro.[8] Sua população estimada pelo IBGE para 1º de julho de 2018 era de 16 108 habitantes.[1]

Possui uma área de 150,90 km² e situa-se a 20°45'22" de latitude sul e 46°45'33" de longitude oeste, tem sua altitude máxima, de 1 095 m, na cabeceira do Córrego Tebas e a mínima, de 712 m, na foz do rio Santana. O município é cortado por duas rodovias estaduais, a MG-050 e a MG-344, que interligam a Região Metropolitana de Belo Horizonte ao interior paulista.Também é cortada por um curto trecho remanescente de uma ferrovia, o Ramal de Passos da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que a liga às cidades vizinhas de Pratápolis e São Sebastião do Paraíso. Está localizado a 363 km da capital mineira.[9][10]

Integra o Circuito Turístico Nascentes das Gerais, compreendendo a Serra da Canastra, região da nascente do Rio São Francisco, o Velho Chico. Situa-se a 50 km do Lago da Usina Hidrelétrica de Furnas, em uma região do estado mineiro, com cachoeiras, cânions, montanhas, além da paisagem natural da própria represa.[11]

Itaú de Minas tem se destacado no cenário nacional, graças aos excelentes resultados recentemente alcançados em alguns importantes indicadores. Em 2016, o Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicou o Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU),[12] com o propósito de oferecer a agentes governamentais, universidades, movimentos sociais e sociedade civil em geral mais um instrumento para avaliação e formulação de políticas urbanas para o país. Conforme o estudo citado, Itaú de Minas ocupa o nível mais elevado, ou seja, apresenta condições muito boas (0,925 pontos),[13] classificando-se como o 23º (vigésimo terceiro) melhor município, entre os 5565 municípios brasileiros analisados, e o 4º melhor, entre os municípios mineiros. O Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU)[14] considerou 5 (cinco) dimensões: mobilidade urbana, condições ambientais urbanas, condições habitacionais urbanas, atendimento de serviços coletivos urbanos e infraestrutura urbana.

História[editar | editar código-fonte]

A origem[editar | editar código-fonte]

Conforme o Historiador Antônio Grillo, em meados do século XIX, Joaquim Gomes de Souza Lemos, realizou um dos primeiros levantamentos referentes às divisas do município de Passos, referindo-se ao povoado do “Córrego do Ferro”. Entretanto, inventários anteriores ao levantamento supracitado e catalogados nos arquivos cartoriais passenses revelam que atividades de mineração de ferro já ocorriam naquela localidade e mencionam caminhos que passam pelo “Morro do Ferro, pelo Córrego do Ferro, Rio São João, Rio Santana” e outros.

Ainda na primeira metade do século XIX, os arraiais dos “Sertões do Jacuí” se consolidaram, evidenciando-se os caminhos que os ligavam, eis a origem do “Córrego do Ferro”.

Naquela época, buscavam-se itinerários com destino à vila “Desemboque”, notadamente o “Caminho do Desemboque”, roteiro de caravanas, sertanistas ou aventureiros que, ainda no século XVIII, a partir do Rio Sapucaí dirigiam-se àquela vila – do porto do Rio Claro cortavam pelo Vale do Itapiché e vinham sair nas Serras de Ventania; daí costeando-a, iam em direção a Jacuí (pelo sul) ou ao Desemboque (pelo norte), passando pelo Bonsucesso, Barra do São João, Quartel do Aterrado, Serra das Sete Voltas e finalmente, Desemboque.

Havia também o caminho que deixando Jacuí, seguia o curso do Santana (ou do São João, mais a leste) até chegar ao caminho anterior, rumando para o Desemboque. O certo é que neste caminho, na região fechada pelos rios São João e Santana, assumiram importância os vales dos pequenos ribeirões, como o da Prata e o Córrego do Ferro. Exauridas as alternativas de mineração de ouro na região, as atenções se voltavam para a busca da prata e, na ausência desta, de outros minérios, como o ferro, por exemplo. Os primeiros assentamentos estão atrelados a estas experiências, suscitando os povoados futuros.

A poucos quilômetros de Itaú, a fazenda Santana é testemunho daqueles tempos: tanto a Capela consagrada a Nossa Senhora da Santana, como o Cemitério, vinculam-se ao Morro do Ferro, ou a tentativas de mineração desenvolvidas ainda na primeira metade do século XIX.

O Córrego do Ferro é o desdobramento de tais atividades e foi o ponto de convergência não só da presença humana por meio de muitos mineradores e garimpeiros anônimos, como também das primeiras afazendagens de porte, como a dos Amorim, cujo estabelecimento mais notório é o de Pedro Quita, como ficou conhecido.

A mineração de Ferro, em princípio, não foi bem sucedida, terminando desestimulada. Ao passo que, jazidas calcárias aí descobertas se tornaram a precípua atividade econômica, favorecendo a fixação dos homens.

Junto à colônia da fazenda surgiram os estabelecimentos rudimentares das caieiras e logo, uma venda. Daí a origem do povoado que em todos os documentos tem o nome de Córrego do Ferro.

Também ao pesquisar as terras do atual município, foram encontrados resquícios de antigas fazendas com, aproximadamente, 150 anos, como a Fazenda São João, conhecida popularmente por Fazenda da Leocádia, propriedade de Antônio Felício Cintra, descendente português.

Percebe-se que nessas terras havia grande circulação de pessoas, muitos boiadeiros e, certamente, também muito dinheiro. E pela inexistência de agências bancárias, todo capital era mantido em cofres nas próprias residências.

Destarte, as primeiras habitações humanas nesta localidade ocorreram antes de 1900 – ainda no século XIX - pelos latifundiários e mineradores que arroteavam a região, expandindo suas riquezas e promovendo o advento de mais pessoas, ainda que os aludidos fatos careçam de riqueza de detalhes, haja vista a falta de alguns documentos comprobatórios, ocasionando a inexatidão das datas, e consequentemente, impossibilitando o estudo aprofundado dos conhecimentos.

A história de Itaú de Minas é, portanto, resgatada graças às documentações das antigas fazendas, a saber, as escrituras, e, principalmente, pelos relatos dos descendentes de habitantes que viveram neste povoado no início do século XX.

Economia[editar | editar código-fonte]

A cidade sedia a fábrica de cimentos Itaú (CCPI - Companhia de Cimento Portland Itaú), a maior cimenteira do país, que hoje faz parte do grupo Votorantim.

A Unidade de Itaú de Minas é uma das maiores unidades fabris do grupo.

No que diz respeito a receitas e despesas orçamentárias, as receitas representam 53,4% dos valores e as despesas 46,6%.

Demografia[editar | editar código-fonte]

Etnias[editar | editar código-fonte]

Cor/Raça Nº de pessoas Percentagem
Branca 11 409 76,34%
Parda 2 575 17,23%
Preta 876 5,86%
Amarela 79 0,53%
Indígena 5 0,03%

Fonte: IBGE – Censo 2010[15]

Bioma[editar | editar código-fonte]

Cerrado e Mata Atlântica [1]

Administração[editar | editar código-fonte]

Depois de muitas controvérsias a presidente da Câmara Municipal de Itaú de Minas, Juliana Mattar (PTB) que tinha assumido durante sessão especial da casa, o cargo de prefeita da cidade acatando uma decisão da Justiça Eleitoral da Comarca de Pratápolis, deixa o cargo e através de liminar o cargo volta a Norival Francisco de Lima (DEM) .[carece de fontes?]

Referências

  1. a b c d «Informações completas sobre Itaú de Minas». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 6 de novembro de 2019 
  2. «Distância entre Itaú de Minas e Belo Horizonte». Google Maps. Consultado em 9 de março de 2016 
  3. «Histórico de Itaú de Minas». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 9 de março de 2016 
  4. «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  5. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  6. «Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM». Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2010. Consultado em 8 de março de 2016 
  7. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 6 de novembro de 2016 
  8. «Moradores revivem história de Itaú de Minas em filme gravado na cidade». G1 - Globo. Consultado em 9 de março de 2016 
  9. «Distância entre Itaú de Minas e Belo Horizonte». Google Maps. Consultado em 9 de março de 2016 
  10. «Itaú -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 19 de setembro de 2020 
  11. «Distância entre Itaú de Minas e Usina Hidrelétrica de Furnas». Google Maps. Consultado em 9 de março de 2016 
  12. «Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU)» (PDF). Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Consultado em 30 de dezembro de 2016 
  13. «Conheça as 100 melhores cidades de bem-estar urbano do Brasil». Leandro Isola. Consultado em 30 de dezembro de 2016 
  14. «As 100 melhores e as 100 piores cidades Brasileiras em qualidade de vida». PAULA ZOGBI. Consultado em 30 de dezembro de 2016 
  15. «Tabela 136 - População residente, por cor ou raça, Censo 2010». IBGE 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]