Jean Fourastié – Wikipédia, a enciclopédia livre

Jean Fourastié
Jean Fourastié
Nascimento 15 de abril de 1907
Saint-Benin-d'Azy
Morte 25 de julho de 1990 (83 anos)
Douelle
Cidadania França
Cônjuge Françoise Fourastié
Alma mater
Ocupação economista, sociólogo, escritor
Prêmios
  • Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito

Jean Fourastié (1 de abril de 1907, em Saint-Benin-d'Azy, Nièvre - 25 de julho de 1990, em Douelle, Lot ) foi um economista francês,[1] notável por ter cunhado a expressão "Trente Glorieuses" ("os gloriosos 30 [anos] ") para descrever o período de prosperidade que a França experimentou a partir do final da Segunda Guerra Mundial até a crise do petróleo de 1973.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Fourastié recebeu sua educação primária e secundária na privada escola católica "College of Juilly" de 1914 a 1925. Em 1930, ele se formou na prestigiada École Centrale de Paris, e em 1933 recebeu um diploma da École Libre des Sciences Politiques. Em 1936, ele completou o Doutorado em Ciências Jurídicas. Após seus estudos, ele entrou no serviço público como funcionário fiscal até 1951.[1]

Em 1941, ele dirigiu um dos programa do Conservatoire national des arts et métiers (CNAM).[1] Após a guerra, ele começou sua carreira como assessor econômico, com uma forte postura liberal pró-europeia, enquanto, ao mesmo tempo, tornou-se um dos mais reconhecidos especialistas acadêmicos sobre a sociedade industrial.

Conselheiro governamental[editar | editar código-fonte]

Em 1945, Jean Monnet, muitas vezes considerado como o pai da União Europeia pediu a Fourastié para servir como conselheiro económico no Plano Comissariado du général, um corpo de peritos de política interna sob a autoridade do primeiro-ministro da França. Ele serviu quatro mandatos como presidente da comissão de modernização da força de trabalho.[1]

Especialista internacional[editar | editar código-fonte]

Fourastié foi recrutado em 1948 como vice-presidente da comissão científica e técnica da Organização para a Cooperação Económica Europeia (antecessora da OCDE).[1] De 1954 a 1957, ele liderou a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, grupo de estudo sobre as condições e os efeitos do progresso técnico na indústria do aço.[1] Em 1957 ele foi apontado como um especialista pelas Nações Unidas para o governo mexicano e para a Comissão Econômica para a América Latina.

Carreira Docente[editar | editar código-fonte]

Fournastié foi professor na Institut d'Études Politiques de Paris até sua aposentadoria em 1978. Ele se tornou diretor acadêmico da École Pratique des Hautes Études, em 1951, e a partir de 1960 foi professor de Economia Industrial e Estatística no Conservatoire national des arts et métiers.

Editorialista[editar | editar código-fonte]

Em 1966, Fourastié tornou-se editor do Le Figaro e até 1968 apresentou o programa mensal "Quart d'heure" ("quarto de hora") na televisão francesa.[1]

Em 1968, ele foi eleito para o francesa "Académie des Sciences Morales et Politiques", e tornou-se seu presidente em 1978.[1] Em 1981, foi nomeado presidente da comissão central administrativa do "Institut de France".[1]

Publicações[editar | editar código-fonte]

[2]

  • Le Contrôle de l'État sur les sociétés d'assurances. Paris, Faculté de Droit, 1937, 275 p.
  • Le Nouveau Régime juridique et technique de l'assurance en France. Paris, L'Argus, 1941, 282 p.
  • La Comptabilité. Paris, Presses Universitaires de France, 1943, 128 p. Coll. Que sais-je?
  • Comptabilité générale conforme au plan comptable général. Paris, Librairie générale de droit et de jurisprudence, 1944, 271 p.
  • L'Économie française dans le monde, em colaboração com Henri Montet. Paris, Presses universitaires de France, 1945, 136 p., Coleção Que sais-je ? n° 191
  • Les Assurances au point de vue économique et social. Paris, Payot, 1946, 132 p. (Bibliothèque économique).
  • Esquisse d'une théorie générale de l'évolution économique contemporaine, Paris, Presses Universitaires de France, 1947, 32 p.
  • Note sur la philosophie des sciences, Paris, Presses Universitaires de France, 1948, 36 p.
  • Le Grand Espoir du XXe siècle. Progrès technique, progrès économique, progrès social. Paris, Presses Universitaires de France, 1949, 224 p. - Réed 1989 coleção Tel Gallimard.
  • La Civilisation de 1960. Paris, Presses universitaires de France, 1947. 120 p. (coleção. Que sais-je ? n° 279). Ed. Remaniée, em 1953 com o título: La Civilisation de 1975, em 1974 com o título: La Civilisation de 1995 e em 1982 com o título: La Civilisation de 2001. 11e éd. : 1982.
  • Le progrès technique et l'évolution économique, Institut d'Études Politiques de Paris, Paris, les cours de Droit (deux fascicules), 1951-52, 249 p.
  • Machinisme et bien-être. Paris, Ed. de Minuit, 1951, 256 p. (coleção l'Homme et la machine, dirigée par Georges Friedmann, n° 1)
  • La Productivité Paris, Presses universitaires de France, 1952, 120 p. (coleção. Que sais-je ? n° 557). (11e éd. : 1987)
  • La prévision économique et la direction des entreprises. Paris, Presses universitaires de France, 1955, 152 p.
  • Productivité, prix et salaires, Paris, O.E.C.E., 1957, 115 p.
  • Pourquoi nous travaillons. Paris, Presses universitaires de France, 1959, 128 p. (coleção. Que sais-je ? n° 818). (8e éd. : 1984). (Traduzido em portugues).
  • La Grande Métamorphose du XXe siècle. Essais sur quelques problèmes de l'humanité d'aujourd'hui. Paris, Presses universitaires de France, 1961, 224 p.
  • La Planification économique en France, em colaboração com Jean-Paul Courthéoux. Paris, Presses universitaires de France, 1963, 208 p. (Coll. L'organisateur)
  • Les Conditions de l'esprit scientifique. Paris, Gallimard, 1966, 256 p. (Coll. Idées n° 96).
  • Les 40 000 heures. Paris, Gonthier-Laffont, 1965. 247 p. (coleção Inventaire de l'avenir n°1).
  • Essais de morale prospective. Paris, Gonthier; 1966, 200 p.
  • Lettre ouverte à quatre milliards d'hommes. Paris, A. Michel, 1970, 167 p. (coleção. Lettre ouverte)
  • Prévision, futurologie, prospective, Cours de l'Institut d'Études Politiques de Paris. 1973-74. Paris, Les cours de droit, 1974, 113 p. (ronéoté).
  • L'Église a-t-elle trahi ? Dialogue entre Jean Fourastié et René Laurentin. Paris, Beauchesne, 1974, 192 p.
  • Pouvoir d'achat, prix et salaires, em colaboração com Jacqueline Fourastié. Paris, Gallimard, 1977, 223 p. (Coll. Idées n° 374).
  • La réalité économique. Vers la révision des idées dominantes en France, em colaboração com Jacqueline Fourastié, Paris, R. Laffont, 1978, 365 p. (Réédité en 1986, Paris, Hachette, 423 p. Coll. Pluriel n° 8488) .
  • Les Trente Glorieuses, ou la révolution invisible de 1946 à 1975, Paris, Fayard, 1979, 300 p. (Rééd Hachette Pluriel n° 8363).
  • Ce que je crois, Paris, Grasset, 1981
  • Le Rire, suite, Paris, Denoël-Gonthier, 1983
  • Pourquoi les prix baissent, em colaboração com Béatrice Bazil, Paris, Hachette, 1984, 320 p. (Coll. Pluriel n° 8390)

Referências

  1. a b c d e f g h i «Chronologie de Jean Fourastie» (em francês). jean-fourastie.org. 20 novembro 2012. Consultado em 12 janeiro 2013 
  2. http://www.jean-fourastie.org/bibliographie
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Jean Fourastié».