João Soares Louro – Wikipédia, a enciclopédia livre

João Soares Louro
Nascimento 12 de fevereiro de 1933
Faro, Portugal
Morte 26 de março de 2007 (74 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Ocupação Administrador

João Soares Louro (Faro, 12 de fevereiro de 1933 - Lisboa, 26 de março de 2007) foi um administrador de empresas, antigo presidente da RTP.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Soares Louro era algarvio de nascimento, mas foi em Lisboa que se criou (desde logo estudou na Casa Pia de Lisboa) e que veio a desenvolver toda a sua carreira, destacando-se a sua liderança na RTP, num momento de viragem da televisão pública portuguesa.

Aos 17 anos voluntariou-se para a Força Aérea,[2] mas um acidente levou-o a procurar uma profissão fora da aviação. Foi assim que se candidatou à então Radiotelevisão Portuguesa, logo após a sua fundação, em 1957, onde foi admitido com a categoria de terceiro escriturário. A seguir passou pelos serviços técnicos, onde se encontrava por altura do 25 de abril de 1974.

Aderindo ao Partido Socialista, após o 25 de abril de 1974, seria seu dirigente nacional durante vários anos. Eleito deputado à Assembleia da República nas legislativas de 1976, pelo círculo de Lisboa, foi chamado a integrar o I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares, onde Soares Louro foi Subsecretário de Estado para a Comunicação Social, até 1977. Ao sair assumiu o mandato de deputado até ao fim da legislatura, em 1978.

A seguir, Soares Louro foi Presidente do Conselho de Administração da Radiotelevisão Portuguesa (RTP) entre 1978 e 1980. Durante esse período promoveu uma profunda transformação da estação televisiva estatal que passou pelo seu redimensionamento, reequipamento e equilíbrio financeiro, numa altura em que se passou da transmissão a preto e branco para as emissões a cores.

Foi responsável pela criação do Centro de Formação da RTP, que investiu e levou para a RTP nomes de então jovens jornalistas que se tornariam nomes grandes do jornalismo em Portugal como Miguel Sousa Tavares, Margarida Marante, António Mega Ferreira e Maria Elisa Domingues.

Durante o seu mandato foram ainda criadas a Radiotelevisão Comercial (RTC), de que viria a ser administrador, e o Grupo Editorial da Empresa TV Guia.

No início da década de 1990 presidiu também aos destinos da Radiodifusão Portuguesa, quando decorreu a privatização da Rádio Comercial.

Ocupava ainda o cargo de Provedor da Qualidade do Parque das Nações desde 1999. A 9 de julho de 1999, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito.[3]

Desde 2005 integrava o Conselho de Administração da Parque Expo como administrador não executivo, e desde 2006 fazia parte do Conselho de Administração da Atlântico - Pavilhão Multiusos de Lisboa.

Na docência, destacou-se como mestre de conferências na área da comunicação social da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, entre 1993 e 1996, e pela sua colaboração com a Universidade Nova de Lisboa no ensino das "Tecnologias dos Meios".

Morte[editar | editar código-fonte]

Soares Louro faleceu aos 74 anos, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de doença prolongada. Encontrava-se internado naquela unidade de saúde desde há dois meses.

Referências

  1. Nuno Cardoso (27 de março de 2017). «O presidente que assistiu à passagem da RTP a cores». Diário de Notícias. Consultado em 5 de abril de 2018 
  2. Portugal, Rádio e Televisão de. «SOARES LOURO - VENCEDORES - Talk-Shows - RTP». www.rtp.pt. Consultado em 27 de março de 2022 
  3. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "João Soares Louro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 31 de agosto de 2020