João VII Paleólogo – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja João VII.
João VII Paleólogo
Imperador bizantino
Reinado 1390
Consorte Eugênia Gattilusio
Nascimento 1370
Morte 1408 (38 anos)
Pai Andrónico IV Paleólogo
Mãe Ceratza da Bulgária
Filho(s) Andrônico V Paleólogo

João VII Paleólogo (em grego: Ιωάννης Ζ' Παλαιολόγος, Iōannēs VII Palaiologos) (1370-1408) foi imperador bizantino durante cinco meses em 1390 e entre 1399 e 1402.[1]

Vida[editar | editar código-fonte]

João VII Paleólogo era o filho do imperador Andrónico IV Paleólogo e de Ceratza da Bulgária, filha do rei João Alexandre da Bulgária e de Teodora da Valáquia.

Quando o seu pai Andrónico IV usurpou o trono em 1376, João VII foi associado ao trono como co-imperador, mas tanto o pai quanto o filho foram derrubados e parcialmente cegados em 1379. Andrónico IV conservou o seu estatuto imperial e foi-lhe atribuída Selímbria (atual Silivri) como feudo pelo seu pai João V Paleólogo, entretanto imperador restaurado. Quando Andrónico IV morreu em 1385, João VII sucedeu-lhe, provavelmente, na mesma posição, mas a verdadeira sucessão ao trono imperial foi atribuída ao seu tio Manuel II Paleólogo. A 14 de Abril de 1390, João VII derrubou o seu avô João V e deteve o trono durante cinco meses. João V, no entanto, foi reposto no trono pelo seu filho Manuel II com o auxílio da República de Veneza, enquanto João VII pedia asilo junto de Bajazeto I, sultão otomano, a 17 de setembro de 1390.

Bajazeto I confirmou o senhorio de João VII sobre Selímbria, e as relações com Manuel II melhoraram, que pode mesmo ter chegado a reconhecer João VII como seu sucessor (numa altura em que os filhos de Manuel II ainda não tinham nascido). Em 1399, depois de Bajazeto I ter cercado Constantinopla durante cinco anos, Manuel II deixou a cidade em busca de auxílio militar na Europa Ocidental, e deixou João VII como regente. João VII desempenhou competentemente os seus deveres, na esperança de um milagre, que finalmente aconteceu quando Bajazeto foi derrotado por Tamerlão na Batalha de Ancara, a 20 de julho de 1402.

A esta derrota seguiu-se uma guerra civil no seio do Império Otomano (o chamado "Interregno Otomano"), na qual vários príncipes Turcos procuraram a paz e uma aliança com os Bizantinos. Em troca, João VII obteve boa parte da costa europeia do mar de Mármara, e a cidade de Tessalónica, já no mar Egeu. Tessalónica fora governada por Manuel II até à conquista pelos Turcos. Quando da chegada de Manuel II, João VII entregou-lhe o poder e foi-lhe permitido viver em Tessalónica, cidade que governou até morrer em 1408. João VII conservou o título de imperador e associou a si o seu filho Andrónico V, mas este faleceu antes do seu pai.

Família[editar | editar código-fonte]

João VII teve, com a sua mulher Eugénia Gattilusio, pelo menos um filho:

Referências

  1. Kleinhenz, Christopher (2017). Routledge Revivals: Medieval Italy (2004): An Encyclopedia (em inglês). II. Abingdon-on-Thames: Taylor & Francis. p. 1178. ISBN 9781351664431 

Precedido por
João V Paleólogo
Imperador bizantino

1390
Sucedido por
João V Paleólogo
Precedido por
Manuel II Paleólogo
Co-imperador bizantino
com Manuel II

1399 - 1402
Sucedido por
João VIII Paleólogo