Joseph Ki-Zerbo – Wikipédia, a enciclopédia livre

J Ki-Zerbo
Joseph Ki-Zerbo
Nascimento Joseph Ki-Zerbo
21 de junho de 1922

 Burquina Fasso
Morte 4 de dezembro de 2006 (84 anos)
Burquina Fasso
Nacionalidade  Burquina Fasso
Alma mater Universidade de Sorbonne
Ocupação professor, historiador e político
Prêmios Prêmio Right Livelihood
Movimento literário Pan-Africanismo

Joseph Ki-Zerbo (21 de junho de 19224 de dezembro de 2006) foi um político e historiador de Burquina Fasso.[1]

Foi educado na Universidade de Sorbonne, em Paris, graduando-se com um grau de honra em História pelo Institut d'Études Politiques em Paris no ano de 1955. Retornou a África, primeiramente a Conacri (Guiné) e então a sua cidade natal Burquina Fasso onde foi politicamente ativo desde 1958. Até sua morte, foi um dos líderes do partido de oposição pelo Parti pour la Democratie et le Progrès (PDP).

Paralelo a sua vida política foi um grande estudioso, historiador e escritor. Em 1972 publicou L'Histoire de l'Afrique Noire, o trabalho padrão no assunto que atualizou repetidamente. De 1972-78 foi membro do Conselho Executivo da UNESCO e professor na Université d´Ouagadougou. Foi membro do Comitê Científico para a elaboração da História Geral da África pela UNESCO em oito volumes e diretor do primeiro volume, Méthodologie et préhistoire africaine lançado em 1981.

Ki-Zerbo retornou a Burquina Fasso em 1992 e decidiu reconstituir o CEDA (CEDA conduz a pesquisa que é enraizada atualmente em nossa terra com a finalidade de determinar uma ou mais hipóteses globais de compreensão, responsável por inspirar a ação de Africanos e capaz de integrar a preservação ecológica, a práxis social e a identidade cultural, setores chaves que são tratados quase invariavelmente como secundários em projetos do desenvolvimento." lá. Todos os seus antigos equipamentos, e sua biblioteca de 11 000 volumes, tinham sido destruídos ou dispersados. Ki-Zerbo descreveu os alvos do novo CEDA da seguinte forma:

"Nós devemos retornar a imaginação institucional das sociedades africanas à sua tradição de criatividade através da mais larga escala possível da ciência e da tecnologia, e nestas bases rearticular uma teoria e uma práxis que são apropriadas às suas situações. Nós devemos reconstruir a identidade da qual os povos africanos se tornaram alienados pelas vicissitudes da história e de sua própria amnésia."

CEDA é a base da qual Ki-Zerbo conduz seu cruzada intelectual para uma re-fundação dos objetivos de desenvolvimento africano e métodos.

As três faces da vida e trabalho de Ki-Zerbo – historiador, investigador e advogado para o desenvolvimento endógeno, e político – estão bem ligadas: sua compreensão profunda do passado da África é base para uma filosofia política que procure estabelecer a estrutura para um diferente e genuinamente africano trajeto de desenvolvimento.

"A África que o mundo necessita é um continente capaz de ficar de pé, de andar em seus próprios pés. É uma África consciente do seu próprio passado e capaz de continuar reinvestindo este passado em seu presente e futuro." - Joseph Ki-Zerbo

Conhecido por sua retórica inconfundível, transbordante em metáforas e alegorias, Ki-Zerbo lutou pelo pan-africanismo até sua morte.

Participação na coleção História Geral da África[editar | editar código-fonte]

Exemplares da coleção História Geral da África

Ki-Zerbo foi um dos cientistas que participaram da criação dos oito volumes da coleção História Geral da África, publicação encomendada pelo países africanos à UNESCO em 1964 e que foi traduzida para a língua portuguesa em 2010. Ki-Zerbo foi o editor do volume I.

Referências

  1. «Historiador e africanista Joseph Ki-Zerbo». PÚBLICO. Consultado em 17 de novembro de 2022 
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