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Karen Spärck Jones
Karen Spärck Jones
Nascimento 26 de agosto de 1935
Huddersfield
Morte 4 de abril de 2007 (71 anos)
Willingham
Cidadania Reino Unido
Cônjuge Roger Needham
Alma mater
Ocupação cientista de computação, professora universitária, investigadora de inteligência artificial
Prêmios
Empregador(a) Newnham College, Wolfson College (Cambridge)
Causa da morte câncer
Página oficial
http://www.cl.cam.ac.uk/archive/ksj21

Karen Spärck Jones FBA (26 de agosto de 1935 - 4 de abril de 2007) foi uma cientista da computação britânica que foi responsável pela criação do conceito da frequência inversa de documentos, uma tecnologia que sustenta os mecanismos de buscas mais modernos.[1][2] Em 2019, o The New York Times publicou seu obituário tardio em sua série Overlooked, chamando ela de “a pioneira da ciência da computação para trabalhos combinando estatísticas e linguísticas, e uma defensora das mulheres neste segmento”.[3]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Karen Ida Boalth Spärck Jones nasceu em Huddersfield, Yorkshire, Inglaterra. Seu pai foi Owen Jones, um professor de química, e sua mãe Ida Spärck, uma norueguesa que se mudou para Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial. Eles deixaram a Noruega em um dos últimos barcos após a invasão alemã em 1940. Spärck Jones estudou em uma escola de gramática em Huddersfield e depois, de 1953 a 1956, no Girton College, Cambridge, estudou História, com um ano adicional em Ciências Morais (filosofia). Rapidamente ela se tornou professora de escola, antes de iniciar sua carreira na Ciência da Computação. Durante sua carreira em Ciência da Computação, ela fez campanha para que mais mulheres entrassem na computação. Ela foi casada com o colega cientista da computação de Cambridge, Roger Needham, até a morte dele em 2003. Ela morreu em 4 de abril de 2007 em Willingham, em Cambridgeshire.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Spärck Jones trabalhou no Cambridge Language Research Unit desde o final dos anos 50[4] depois no Cambridge University Computer Laboratory desde 1974, e aposentou-se em 2002, ocupando o cargo de Professora de Computadores e Informação, no qual ela foi premiada em 1999.[5] Antes de 1999, ela trabalhou em uma série de contratos de curto prazo.[3] Ela continuou a trabalhar no Laboratório de Computação até pouco antes de sua morte.

Suas principais áreas de pesquisa, desde o final dos anos 50, eram o processamento de linguagem natural e a recuperação de informações.[6][7] Uma de suas contribuições mais importantes foi o conceito de frequência inversa de documentos (IDF) na recuperação de informações, escrito em um artigo de 1972 por ela.[6][8] O IDF é usado na maioria dos mecanismos de pesquisa atualmente, geralmente como parte do esquema de ponderação tf-idf.[9]

Em 1982 ela se envolveu no Alvey Programme.[3]

Há um palestra anual da British Computer Society em sua homenagem. Em agosto de 2017, Universidade de Huddersfield renomeou um de seus edifícios do campus em sua homenagem. Anteriormente conhecido como Canalside West, o edifício Spärck Jones abriga a Escola de Computação e Engenharia da universidade.[10]

Reconhecimentos[editar | editar código-fonte]

  • Fellow da British Academy, da qual foi Vice President entre 2000 e 2002
  • Fellow da AAAI[11]
  • Fellow da ECCAI[11]
  • Presidente da Association for Computational Linguistics em 1994[11]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Gerard Salton Award (1988)[12]
  • ASIS&T Prêmio ao Mérito (2002)[7]
  • ACL Lifetime Achievement (2004)
  • BVida PessoalCS Lovelace Medal (2007)
  • Vida PessoalACM - AAAI Allen Newell Award (2006)
  • Vida PessoalACM Women's Group Athena Award (2007)[7]

Prêmio Karen Spärck Jones[editar | editar código-fonte]

Para celebrar suas conquistas, o Prêmio Karen Spärck Jones foi criado em 2008 pela BCS e seu Grupo Especialista de Recuperação de Informação (BCS IRSG), patrocinado pela Microsoft Research.[13]

Os ganhadores foram:

Referências

  1. I., John (setembro de 2007). «Karen Spärck Jones». Computational Linguistics (em inglês). 33 (3): 289–291. ISSN 0891-2017. doi:10.1162/coli.2007.33.3.289 
  2. Robertson, Stephen; Tait, John (2008). «Karen Spärck Jones». Journal of the American Society for Information Science and Technology (em inglês). 59 (5): 852–854. ISSN 1532-2890. doi:10.1002/asi.20784 
  3. a b c «Overlooked No More: Karen Sparck Jones, Who Established the Basis for Search Engines». The New York Times (em inglês). 2 de janeiro de 2019. ISSN 0362-4331 
  4. «Department of Computer Science and Technology – Obituaries: Karen Spärck Jones, 1935–2007». www.cl.cam.ac.uk. Consultado em 9 de março de 2019 
  5. «Jones, Karen Ida Boalth Spärck (1935–2007), computer scientist | Oxford Dictionary of National Biography». www.oxforddnb.com (em inglês). doi:10.1093/ref:odnb/9780198614128.001.0001/odnb-9780198614128-e-98729;jsessionid=41ac66f297d1e52586720e8c591263d0. Consultado em 9 de março de 2019 
  6. a b Sparck Jones, Karen (1 de janeiro de 1972). «A statistical interpretation of term specificity and its application in retrieval». Journal of Documentation. 28 (1): 11–21. ISSN 0022-0418. doi:10.1108/eb026526 
  7. a b c Tait, John I., ed. (2005). «Charting a New Course: Natural Language Processing and Information Retrieval». The Kluwer International Series on Information Retrieval (em inglês). doi:10.1007/1-4020-3467-9 
  8. «ScienceDirect». www.sciencedirect.com. Consultado em 9 de março de 2019 
  9. Maybury, Mark T. (2005). Tait, John I., ed. «Karen Spärck Jones and Summarization». Dordrecht: Springer Netherlands. The Kluwer International Series on Information Retrieval (em inglês): 99–103. ISBN 9781402034671. doi:10.1007/1-4020-3467-9_7 
  10. «How to find us». University of Huddersfield (em inglês). Consultado em 9 de março de 2019 
  11. a b c «Karen Spärck Jones». www.cl.cam.ac.uk. Consultado em 9 de março de 2019 
  12. «Gerard Salton Awards | SIGIR» (em inglês). Consultado em 9 de março de 2019 
  13. «KSJ Award». irsg.bcs.org. Consultado em 9 de março de 2019