Língua natural controlada – Wikipédia, a enciclopédia livre

Línguas naturais controladas[1][2] (LNC) são subconjuntos das línguas naturais que são obtidos através da restrição da gramática e vocabulário, a fim de reduzir ou eliminar a ambiguidade e complexidade. Tradicionalmente, as línguas controladas caem em dois tipos principais: as que melhoram a legibilidade para os leitores humanos (por exemplo, falantes não-nativos), e aqueles que permitem análise semântica automática confiável da língua.

O primeiro tipo de línguas (muitas vezes chamadas línguas "técnicas" ou "simplificadas"), por exemplo o Inglês Técnico Simplificado, o Inglês Técnico Caterpillar, o Inglês Fácil da IBM, são utilizadas na indústria para aumentar a qualidade da documentação técnica e, possivelmente, simplificar a (semi-)tradução automática da documentação. Estas línguas restringem o escritor por regras gerais, tais como "Mantenha frases curtas", "Evite o uso de pronomes", "Só use palavras do dicionário aprovado", e "Use apenas a voz ativa".[3]

O segundo tipo de línguas têm uma base lógica formal, ou seja, elas têm uma sintaxe formal e semântica, e podem ser mapeadas para uma linguagem formal existente, como a lógica de primeira ordem. Assim, essas línguas podem ser usadas como línguas de representação de conhecimento, e a escrita dessas línguas é suportada por testes de consistência e redundância totalmente automáticos, consulta eletrônica, etc.

Línguas[editar | editar código-fonte]

Línguas naturais controladas existentes baseadas em lógica incluem:[4]

  • Português controlado[1]
  • Attempto Controlled English
  • Common Logic Controlled English (CLCE)
  • Pseudo Natural Language (PNL)
  • Rabbit
  • PENG (Processable ENGlish)
  • Restricted Natural Language Statements (RNLS)[5]
  • Semantics of Business Vocabulary and Business Rules
  • ClearTalk
  • Controlled Language for Ontology Editing (CLOnE)[6]
  • Inform 7, uma linguagem de programação baseada em inglês declarativo

Outras línguas naturais controladas existentes incluem:

  • Inglês Técnico Simplificado ASD
  • Inglês Básico
  • E-Prime
  • Gellish com as suas línguas naturais variantes, tais como Inglês Formal Gellish, Holandês Formal Gellish (Gellish Formeel Nederlands), etc.
  • Controlled Language Optimized for Uniform Translation (CLOUT)
  • Inglês Especial
  • Russo Técnico Simplificado
  • EasyEnglish

Veja também[editar | editar código-fonte]

References[editar | editar código-fonte]

  1. a b Madeira, Gomes, Ana Lucrécia. «Tradução automática e linguagens controladas: contributos para um português controlado». repositorio.ul.pt. Consultado em 25 de novembro de 2015 
  2. Mello, Heliana; Pettorino, Massimo; Raso, Tommaso (1 de janeiro de 2012). Proceedings of the VIIth GSCP International Conference. Speech and Corpora. [S.l.]: Firenze University Press. ISBN 9788866553519 
  3. O'Brien, Sharon (2003). «Controlling Controlled English - An Analysis of Several Controlled Language Rule Sets» (PDF). Proceedings of EAMT-CLAW 
  4. Pool, Jonathan (2006). «Can Controlled Languages Scale to the Web?». Consultado em 25 de novembro de 2015. Arquivado do original em 15 de agosto de 2009 
  5. Breaux, T.D.; Anton, A.I.; Doyle, J. (2008). «Semantic parameterization: a process for modeling domain descriptions». ACM Transactions on Software Engineering Methodology. 18 (2). 1 páginas. doi:10.1145/1416563.1416565. Predefinição:Citeseerx 
  6. Adam Funk; et al. «CLOnE: Controlled Language for Ontology Editing» (PDF). Consultado em 11 de outubro de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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