Língua pomerana – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura a língua cassúbia, também chamada de pomerano, veja Língua cassúbia.
Pomerano

Pommersch em alemão
Pomerisch em pomerano

Falado(a) em:  Alemanha (quase extinta)
 Polónia (quase extinta)
 Brasil
Região: Brasil, Estados Unidos
Total de falantes:
Família: Indo-europeia
 Germânica
  Germânica ocidental
   Baixo-alemão oriental
    Pomerano
Escrita: alfabeto latino
Estatuto oficial
Língua oficial de: Santa Maria de Jetibá no Espírito Santo, Brasil
Regulado por: PROEPO[2]
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: nds
ISO 639-3: nds

O pomerano (Pommersch, Pommerschplatt, Pommeranisch, ou Pomerisch[3]) ou pomerano oriental (Ostpommersch)[4] é uma variedade do baixo-alemão falada pelos pomeranos e descendentes em várias regiões do Brasil, especialmente nos estados meridionais e no estado do Espírito Santo.[5]

O nome Pomerânia vem do eslavo po more, que significa Terra junto ao Mar.[6]

Quase extinta na Pomerânia histórica, praticamente é falada apenas nos Estados Unidos (no centro de Wisconsin e partes de Iowa)[7][8][9] e no Brasil (Espírito Santo, partes da Região Sul e Rondônia).[10] Atualmente a língua pomerana já tem uma escrita, dada pelo linguista Ismael Tressmann, sendo que, nos municípios com maior população de origem pomerana do estado do Espírito Santo, são ministradas aulas de língua pomerana, por meio do Programa de Educação Escolar Pomerana (PROEPO).[11]

O pomerano é diferente do alemão-padrão, uma vez que ambas as línguas têm origens distintas. O pomerano assemelha-se mais ao holandês, vestfaliano e saxão antigo. [12]

Classificação linguística[editar | editar código-fonte]

O pomerano é uma língua baixo-saxônica, pertencente ao grupo de idiomas falados na região do Mar Báltico. Nesse grupo linguístico também estão o vestfaliano, o menonita e o holandês. O inglês, língua anglo-saxônica, também é aparentado com o pomerano. As variedades linguísticas do pomerano que tiveram maior presença no Espírito Santo foram as provenientes da Pomerânia Oriental. O alemão-padrão, por sua vez, pertence a um outro grupo de línguas, o alto-alemão.[13]

História[editar | editar código-fonte]

A Alemanha só se constituiu como Estado nacional em 1871, e o alemão padrão atual era empregado desde Martinho Lutero, na sua famosa tradução da Bíblia, até o século XIX, apenas como língua literária. O povo alemão, para se comunicar no seu dia a dia, fazia uso dos diversos dialetos regionais.[14]

A Pomerânia atualmente, na Alemanha (esquerda) e Polônia (direita).

Com a chegada de imigrantes alemães ao Brasil, que ocorre principalmente a partir do século XIX, os dialetos alemães também se estabeleceram nas áreas de colonização. Assim, enquanto na Alemanha o alemão padrão passou a servir como língua comum para os falantes dos diversos dialetos, no Brasil, devido à incipiente consolidação do alemão padrão quando do início da imigração, esse papel foi desempenhado por um dialeto, o Hunsrückisch, falado no oeste da Alemanha.[15] Todavia, em algumas localidades brasileiras, outros falares germânicos predominaram. Nos municípios de Westfália (Rio Grande do Sul) e de Rio Fortuna (Santa Catarina), o dialeto westfaliano é o usado.[16] Nos municípios de Pomerode (Santa Catarina) e Santa Maria de Jetibá (Espírito Santo), predominou o pomerano.[17]

Os imigrantes alemães no Brasil eram provenientes de diversas partes da Alemanha,[15] porém, no caso particular do estado do Espírito Santo, 63% dos imigrantes alemães eram provenientes da Pomerânia, uma região entre o norte da Alemanha e da Polônia.[18]

Extinção na Alemanha[editar | editar código-fonte]

O baixo-saxão, ao qual o pomerano pertence, foi língua franca, na forma oral e escrita, em toda a região do Báltico. No século XIII, um grupo de comerciantes falantes de baixo-saxão formou uma aliança mercantil conhecida como Liga Hanseática. Sua atuação espalhou-se por várias cidades portuárias do Báltico, e o baixo-saxão tornou-se língua internacional. Na época, o baixo-saxão tinha todas as credenciais de língua, inclusive com escrita própria e tradução da Bíblia, feita por um colaborador de Martinho Lutero meio ano antes da divulgação da famosa tradução luterana para o alemão; porém, com a decadência da Liga Hanseática, entre o final do século XVI e o início do século XVII, o baixo-saxão passou a ser tratado como um mero dialeto. Posteriormente, o alemão tornou-se a língua oficial e de prestígio, e os idiomas dos povos saxônicos, como o pomerano, passaram a ser vistos como línguas socialmente inferiores ao alemão padrão. Após a Segunda Guerra Mundial, o pomerano tornou-se uma língua moribunda na Europa, e seus falantes foram deixando de usá-lo, em proveito do idioma alemão.[19][20]

Depois da derrota alemã na Segunda Guerra Mundial, toda a Pomerânia ficou sob controle militar soviético e a fronteira germano-polonesa foi deslocada para oeste, de maneira que a Pomerânia ficou dividida na linha Oder-Neisse, entre a Polônia e a zona alemã sob administração soviética - que se tornou mais tarde a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental).[21][22]

A maior parte da Pomerânia (em verde claro) foi anexada pela Polônia após a Segunda Guerra Mundial.

A população alemã dos territórios a leste da nova linha de fronteira foi quase completamente expulsa, e a área foi repovoada principalmente por poloneses, russos e ucranianos de ascendência polonesa. Os alemães falantes de pomerano tiveram que se refugiar em outras regiões da Alemanha, onde o pomerano não era falado. Por essa razão, o pomerano está, atualmente, praticamente extinto na Europa.[23][24][25][26][27][28][29][30][31]

Situação no Brasil[editar | editar código-fonte]

O pomerano é falado em diversas regiões do Brasil, especialmente nos estados mais meridionais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, bem como no estado do Espírito Santo. Muitas comunidades alemãs no Brasil surgiram em regiões inóspitas, onde era escassa a presença de falantes de português. Em decorrência, muitas dessas comunidades conseguiram preservar a língua de origem por várias gerações.[32] Esse isolamento linguístico e cultural foi combatido de forma agressiva pelo governo nacionalista de Getúlio Vargas, por meio da campanha de nacionalização, entre 1938 e 1945.[33]

Nos últimos anos, os governos têm promovido o estudo e a preservação do idioma pomerano. Por meio do Programa de Educação Escolar Pomerana (PROEPO) tem-se buscado incentivar culturalmente os municípios brasileiros que possuem o pomerano como língua co-oficial, ou que tenham muitos falantes dessa língua. O programa busca capacitar professores da rede pública de modo que possam ensinar o idioma pomerano nas escolas locais.[34]

Uma das localidades mais conhecidas do Brasil onde prevalece o bilinguismo pomerano-português é Pomerode, Santa Catarina. Uma das localidades onde se falava o baixo-alemão é Dona Otília, localizada no município de Roque Gonzales, Canguçu, Região das Missões, no noroeste do Rio Grande do Sul. No Espírito Santo, nas cidades de Afonso Cláudio, Pancas, Itarana, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá (onde é língua oficial), Vila Pavão, Domingos Martins e Laranja da Terra o pomerano se tornou a língua corrente por ocasião da chegada dos imigrantes.[35] Até hoje é a língua materna de muitos habitantes da região, e em vários dos distritos das cidades acima citadas é a língua mais falada. No entanto, por muitos anos, a alfabetização dos pomeranos da região era feita em alemão, e posteriormente em português, por isso uma pequena porção de seus falantes a escreve; em geral comunicam-se de forma escrita em alemão ou português.

Também foi aprovada em agosto de 2011 a PEC 11/2009, emenda constitucional que inclui no artigo 182 da Constituição Estadual a língua pomerana, junto com a língua alemã, como patrimônios culturais do Espírito Santo.[36][37][38][39]

Santa Maria de Jetibá também possui estação de rádio em língua pomerana, a Pomerisch Radio.[40]

Municípios brasileiros com língua oficial pomerana[editar | editar código-fonte]

Municípios em que a língua pomerana é cooficial no Espírito Santo.

Espírito Santo[editar | editar código-fonte]

Rio Grande do Sul[editar | editar código-fonte]

Rondônia[editar | editar código-fonte]

Santa Catarina[editar | editar código-fonte]

Comparação com o Alemão[editar | editar código-fonte]

Oração do Pai-nosso[editar | editar código-fonte]

Mateus 6:9-13
Em Pomerano[61] Em Alemão[62] Em Português[63]
Ous Fåter, wat im Himel is Unser Vater im Himmel Pai nosso, que estás nos céus,
Hailig is sij nåme. Dein Name werde geheiligt. santificado seja o teu nome.
Sij hersch schal an ous koome, Dein Reich komme Venha o teu Reino.
Sij wile schal bijståe Dein Wille geschehe Seja feita a tua vontade
Im Himel, un uk up dai Eir. wie im Himmel so auf Erden. assim na terra, como no céu.
Dat broud for jeire dag, geew ous hüüt. Unser tägliches Brot gib uns heute. O pão nosso de cada dia nos dá hoje.
Un forgeew ous al dai Schuld. Und vergib uns unsere Schuld, E perdoa-nos nossas dívidas,
Sou as wij forgeewe schåle, al dai wat ous belaidicht häwe. wie auch wir vergeben unsern Schuldigern. assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
Låt ous ni in dat forsuiken fale. Und führe uns nicht in Versuchung, E não nos metas em tentação,
Schüts ous, fon al dem slechte. sondern erlöse uns von dem Bösen. mas livra-nos do mal;
Weegen Dij is dai hersch, dai kraft, dai herligkeit Denn dein ist das Reich und die Kraft und die Herrlichkeit porque teu é o Reino, e a potência, e a glória,
In ewigkeit, Amen. in Ewigkeit, Amen. para todo sempre, Amém.

Referências

  1. Uma longa viagem dos alemães até o Paraná. Gazeta do Povo, 28 de dezembro de 2012. Acesso em 24 de maio de 2017
  2. http://www.pmsmj.es.gov.br/portal/proepo/
  3. «ANÁLISE DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO ESCOLAR POMERANA (PROEPO) E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O FORTALECIMENTO DA LÍNGUA E CULTURA POMERANA NO MUNICÍPIO DE LARANJA DA TERRA». 2020. Consultado em 26 de julho de 2023 
  4. «German Language Reclassification | Free Media Productions - Editorials». www.freemediaproductions.info. Consultado em 11 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 2 de julho de 2017 
  5. Renata Pinz Dietrich. «180 anos de Imigração Alemã». Consultado em 12 de agosto de 2007. Arquivado do original em 31 de agosto de 2004 
  6. Der Name Pommern (po more) ist slawischer Herkunft und bedeutet so viel wie „Land am Meer“. (Pommersches Landesmuseum, alemã)
  7. Pommerscher Greif e.V (9 de fevereiro de 2012). «Die Pommernvereinigungen in den USA» (em alemão). Blog Pommerscher Greif e.V. 
  8. Gertjan Postma (2018). «Contrastive Grammar of Brazilian Pomeranian». Amsterdam: Meertens Institute 
  9. «Wisconsin Platt Today». Pommerscher Verein Central Wisconsin 
  10. Os pomeranos reivindicam 5 Ações Prioritárias ao Governo Brasileiro, acessado em 21 de agosto de 2011
  11. Pomeranos comemoram 152 anos de história e cultura na Ales Arquivado em 24 de setembro de 2015, no Wayback Machine., acessado em 2 de novembro de 2011
  12. Espírito Santo investe na preservação da língua pomerana
  13. Ismael Tressmann. 2007. O uso da língua no cotidiano e o bilinguismo entre pomeranos. V Congresso Internacional da Associação Brasileira de Linguística Belo Horizonte, 28 de fevereiro - 3 de março de 2007.
  14. How Martin Luther’s translation of the Bible influenced the German language
  15. a b Martina Meyer (2009). «DEITSCH OU DEUTSCH? MACROANÁLISE PLURIDIMENSIONAL DA VARIAÇÃO DO HUNSRÜCKISCH RIO-GRANDENSE EM CONTATO COM O PORTUGUÊS» (PDF). University of Nebraska -Lincoln 
  16. A situação de contato plurilíngue no sul do Brasil
  17. Do nativo ao pomerano: as línguas, os dialetos e falares vivos de um Brasil pouco conhecido
  18. «Estatísticas». 2003. Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original em 23 de setembro de 2015 
  19. ESTRUTURA SILÁBICA DA LÍNGUA DE IMIGRAÇÃO POMERANA: ANÁLISES PRELIMINARES
  20. O POMERANO: UMA LÍNGUA BAIXO-SAXÔNICA
  21. Werner Buchholz, Pommern, Siedler, 1999, pp.512-515, ISBN 3886802728
  22. Jan M Piskorski, Pommern im Wandel der Zeit, pp.373ff, ISBN 839061848
  23. Jan M Piskorski, Pommern im Wandel der Zeit, pp.381ff, ISBN 839061848
  24. Tomasz Kamusella in Prauser and Reeds (eds), The Expulsion of the German communities from Eastern Europe, p.28, EUI HEC 2004/1 [1]
  25. Philipp Ther, Ana Siljak, Redrawing Nations: Ethnic Cleansing in East-Central Europe, 1944-1948, 2001, p.114, ISBN 0742510948, 9780742510944
  26. Gregor Thum, Die fremde Stadt. Breslau nach 1945", 2006, pp.363, ISBN 3570550176, 9783570550175
  27. Werner Buchholz, Pommern, Siedler, 1999, p.515, ISBN 3886802728
  28. «Dierk Hoffmann, Michael Schwartz, Geglückte Integration?, p142». Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original em 23 de outubro de 2012 
  29. Karl Cordell, Andrzej Antoszewski, Poland and the European Union, 2000, p.168, ISBN 0415238854
  30. Jan M Piskorski, Pommern im Wandel der Zeit, p.406, ISBN 839061848
  31. Selwyn Ilan Troen, Benjamin Pinkus, Merkaz le-moreshet Ben-Guryon, Organizing Rescue: National Jewish Solidarity in the Modern Period, pp.283-284, 1992, ISBN 0714634131, 9780714634135
  32. Os Alemães no Sul do Brasil, Editora Ulbra, 2004 (2004)
  33. «Monolinguismo e Preconceito Linguístico» (PDF). 2003. Consultado em 21 de julho de 2012 
  34. «A Pátria renascida». Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original em 21 de novembro de 2015 
  35. CO-OFICIALIZAÇÃO DA LÍNGUA POMERANA EM MUNICÍPIOS CAPIXABAS[ligação inativa], acessado em 21 de agosto de 2011
  36. a b c d e f «O povo pomerano no ES». Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original em 21 de dezembro de 2012 
  37. «Plenário aprova em segundo turno a PEC do patrimônio». Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original em 27 de janeiro de 2012 
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  39. «ALEES - PEC que trata do patrimônio cultural retorna ao Plenário». Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original em 14 de dezembro de 2013 
  40. Pomerisch Radio
  41. Lei 2.069 de 2013, Câmara Municipal de Afonso Cláudio
  42. «A escolarização entre descendentes pomeranos em Domingos Martins» (PDF). Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 21 de dezembro de 2012 
  43. a b c «A co-oficialização da língua pomerana» (PDF). Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 21 de dezembro de 2012 
  44. «Município de Itarana participa de ações do Inventário da Língua Pomerana». Prefeitura Municipal de Itarana. Consultado em 21 de março de 2019 
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  46. Pomerano!?, acessado em 21 de agosto de 2011
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  49. Vereadores propõem ensino da língua pomerana nas escolas do município, acessado em 21 de agosto de 2011
  50. MENSAGEM LEGISLATIVA Nº 040/10, acessado em 2 de novembro de 2011
  51. Aprovado projeto para ensino de língua pomerana, acessado em 2 de novembro de 2011
  52. Bancada PP comenta cooficialização pomerana
  53. a b Quadro do processo de cooficialização de línguas por municípios, IPOL
  54. Ontem e hoje : percurso linguístico dos pomeranos de Espigão D'Oeste-RO
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  56. Percurso linguístico dos pomeranos de Espigão D Oeste-RO, acessado em 2 de novembro de 2011
  57. «Comunidade Pomerana realiza sua tradicional festa folclórica». Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original em 6 de fevereiro de 2015 
  58. Lei Nº 2.907, de 23 de maio de 2017 - Dispõe sobre a co-oficialização da língua pomerana à língua portuguesa no município de Pomerode.
  59. «Pomerode institui língua alemã como cooficial no Município.». Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original em 30 de maio de 2012 
  60. «Patrimônio - Língua alemã». Consultado em 21 de novembro de 2015. Arquivado do original em 21 de dezembro de 2012 
  61. Pai Nosso em Língua Pomerana, consultado em 23 de julho de 2023 
  62. «Mateus 6:9-13 | Lutherbibel 2017 :: ERF Bibleserver». www.bibleserver.com. Consultado em 23 de julho de 2023 
  63. Almeida, João Ferreira de. «João Ferreira de Almeida 1819 (ortografia atualizada)/Mateus/VI - Wikisource». pt.wikisource.org. Consultado em 23 de julho de 2023 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]