Lavrenti Beria – Wikipédia, a enciclopédia livre

Lavrenti Beria
Lavrenti Beria
Lavrenti Beria
Comissário de Assuntos Internos (NKVD)
Período 5 de março de 1953
a 26 de junho de 1953
Prêmier Josef Stalin
Antecessor(a) Semyon Ignatyev
Sucessor(a) Sergei Kruglov
Período 25 de novembro de 1938
a 29 de dezembro de 1945
Antecessor(a) Nikolai Yezhov
Sucessor(a) Sergei Kruglov
Secretário do Partido Comunista na Geórgia
Período 15 de janeiro de 1934
a 31 de agosto de 1938
Antecessor(a) Petre Agniashvili
Sucessor(a) Candide Charkviani
Período 14 de novembro de 1931
a 18 de outubro de 1932
Antecessor(a) Lavrenti Kartvelishvili
Sucessor(a) Petre Agniashvili
Dados pessoais
Nascimento 29 de março de 1899
Abecásia, Geórgia
Império Russo
Morte 23 de dezembro de 1953 (54 anos)
Moscou, União Soviética
Nacionalidade Soviético
Prêmio(s) Herói da União Soviética
Cônjuge Nina Gegechkori
Partido PCUS
Assinatura Assinatura de Lavrenti Beria

Lavrenti Pavlovitch Beria (em georgiano ლავრენტი ბერია, transl. Lavrenti Beria; em russo Лаврентий Павлович Берия, Lavrenti Pavlovitch Beria; Abecásia, 29 de março de 1899 — Moscou, 23 de dezembro de 1953) foi um político soviético e chefe da NKVD na Geórgia.[1]

Beria é lembrado principalmente como o executor do Grande Expurgo de Stalin na década de 1930, apesar de só o ter presidido durante as suas fases finais; e por ter cometido crimes de guerra, tendo comandado o Massacre de Katyn, no qual mais de 22 mil oficiais e intelectuais poloneses foram assassinados (ver: crimes de guerra dos Aliados e invasão soviética da Polônia).[1]

História[editar | editar código-fonte]

Beria com Svetlana Alliluyeva, filha de Stálin, com o próprio Stálin ao fundo.

Pouco se sabe sobre o seu passado e de sua família, apenas que nasceu em 1899, filho de Pavel Khukhayevich Beria, um camponês, em Merkheuli, perto de Sukhumi, na Abecásia, região da Geórgia, que fazia parte do Império Russo. Participou na Revolução de outubro na Geórgia. Há versões que dizem que Beria possuía origem judaica- georgiana e falava com os filhos de Stalin em iídiche, e que seu sobrenome "Beria" é um derivado do "Bar" judeu. Tudo isso, porém, não possui fontes concretas, e muitos acreditam ser apenas especulações. Após a vitória ingressou na Tcheka (em russo, ЧК - чрезвычайная комиссия), a primeira das muitas polícias secretas da URSS, antecessora da KGB, chegando a chefiar a NKVD na Geórgia. Em 1938, foi trazido por Stalin para ser o adjunto do comissário do povo para o interior Nikolai Yezhov, a quem sucedeu após a queda deste.

Foi membro do Comitê Central do Partido Comunista. A coordenação do projeto nuclear soviético, iniciado em 1943, foi entregue a Beria, homem forte dentro do regime e uma das poucas pessoas em quem Stalin parecia ter confiança absoluta. Beria também dirigiu o poderoso Comissariado do Povo para a Segurança do Estado, responsável pela polícia política e pelos serviços de espionagem. Em 1942, comandou a controversa prisão dos irmãos Starostin, fundadores da associação esportiva Spartak Moscou. O clube foi considerado clandestino, pois permitia a jovens operários participar de campeonatos profissionais, em uma época em que o esporte era considerado uma preparação para o combate.

Em julho de 1953 Lavrenti Beria foi detido e processado por "atividades criminosas contra o partido e o Estado". Condenado à pena máxima como traidor, foi executado em 23 de dezembro pelo general Pavel Batitsky. Foi acusado de perseguir e violentar mulheres. Seu nome causava terror nas pessoas. Era responsável por um laboratório onde eram produzidos venenos para serem usados contra os inimigos do regime. Segundo alguns historiadores, Beria pode ter envenenado Stalin.[2]

Referências

  1. a b «Lavrenty Beria | Biography, Facts, & Execution». Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 3 de março de 2020 
  2. «Moscou divulga arquivos de Lavrenty Beria, o "carniceiro de Stálin" | Mundo, Notícias». Tribuna PR - Paraná Online. 17 de janeiro de 2003. Consultado em 3 de março de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]