Lino Rojas – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Lino Rojas, ministrando oficina na Zona Leste de São Paulo

Lino Rojas Perez, (02 de setembro de 1942 - 21 de fevereiro de 2005), foi um ator, dramaturgo e diretor de teatro de origem peruana que atuou principalmente nas ruas de São Paulo, no Brasil. [1]

Vida e atividade[editar | editar código-fonte]

Lino Rojas esteve em São Paulo pela primeira vez em 1958. Depois de muitas idas e vindas, estabeleceu residência definitiva na capital paulista em 1975. Logo encontrou boa acolhida entre parceiros de idéias como Augusto Boal, Amir Haddad, Marcos Caruso e Cristina Mutarelli, que já faziam teatro popular com o grupo de Teatro União e Olho Vivo. Acreditavam, todos, na mudança por meio da arte.

Foi Diretor de teatro na USP no movimento estudantil anti-ditadura. Impressionado com o crescimento do número de meninos de rua em São Paulo, trabalhou em conjunto com Dom Paulo Evaristo Arns, o Frei Leonardo Boff, e o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, conseguindo a construção de um abrigo no Brás. Nesta casa para meninos de rua, sua atividade era fazer teatro, criar textos e produzir, ali nascia o embrião, o Projeto Semear Asas.

Em 1989, ao realizar este projeto na Oficina Cultura Luiz Gonzaga em São Miguel Paulista, criou junto com aqueles jovens o Grupo Pombas Urbanas[2]. O grupo venceu festivais de teatro amador e logo começou sua carreira artística. Hoje o repertório do Grupo conta com mais de dez espetáculos. Em 2001 o grupo virou Instituto e a ação social se ampliou e se profissionalizou, mas desde 1994 o grupo transferia seu conhecimento em oficinas pela cidade.

Como Instituto Pombas Urbanas, o grupo de jovens liderado por Lino, ganhou diversos editais e a partir da cessão da COHAB-SP, por comodato de 20 anos, de um galpão gigante em Cidade Tiradentes, extrema Zona Leste de São Paulo, começou em Abril de 2004 a criação do Centro Cultural Arte em Construção.

Morte[editar | editar código-fonte]

Rojas desapareceu no dia 15 de fevereiro de 2005, visto pela última vez em um bar da Praça da República, no centro de São Paulo. Seu corpo foi encontrado parcialmente carbonizado no dia 24, em Itaquaquecetuba; dois dias antes, seu carro foi encontrado em São Miguel Paulista. O caso foi investigado como latrocínio; um suspeito foi preso.[3]

Em 2005, a família de Lino recebeu por ele a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura do Brasil.[4]

Referências

  1. «Folha de S.Paulo - Sem pistas: Diretor de teatro é morto - 02/03/2005». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 2 de novembro de 2018 
  2. Santos, Valmir. «Lino Rojas vive à margem do "teatrão" | Teatrojornal». teatrojornal.com.br (em inglês). Consultado em 2 de novembro de 2018 
  3. Folha Online (3 de março de 2005). «Polícia identifica suspeito de matar diretor de teatro em SP». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de novembro de 2018 
  4. «Ministério da Cultura - Ordem do Mérito Cultural 2005». Ministério da Cultura. Consultado em 2 de novembro de 2018