Livor mortis – Wikipédia, a enciclopédia livre

Livor mortis em um cadáver
Estágios da morte

Pallor mortis
Algor mortis
Rigor mortis
Livor mortis
Putrefação
Decomposição
Esqueletização
Fossilização

O livor mortis (ou manchas de hipóstase) representa a mudança de coloração que surge na pele dos cadáveres, decorrente do depósito do sangue estagnado nas partes mais baixas do corpo pela ação da gravidade, e que indicam sua posição original. Apesar de sofrer a influência de múltiplos fatores o processo se inicia quase imediatamente à cessação da circulação sanguínea. Pode tornar-se perceptível, em condições ideais, entre 20 a 45 minutos post-mortem. Em média aparecem entre 1 a 3 horas post-mortem, fixando-se (fixação das hipóstases) definitivamente em torno de 8 a 12 horas post-mortem, ocupando o plano inferior da posição do corpo.[1][2]

Os livores ocorrem porque depois da morte o sangue estagnado fica sujeito apenas à ação da gravidade, acumulando-se nas zonas mais baixas do corpo, com exceção das áreas de pressão ou de contato. O cadáver adquire uma tonalidade descolorada em algumas áreas (áreas de pressão com as superfícies) e perifericamente arroxeada onde se deu a acumulação do sangue. Com o passar do tempo a mesma vai se tornando mais ampla e evidente.

Quando se pressiona um ponto numa área de hipóstase e a mesma não se torna lívida demonstra-se a "fixação das hipóstases". O sangue acumulado e já em processo de degradação infiltra-se nos tecidos, como consequência do desarranjo da estrutura celular dos capilares e da perda da integridade das membranas de glóbulos vermelhos e brancos (liberação de enzimas líticas).

Assim pode-se determinar que um corpo, caso encontrado em determinada posição, pode não corresponder à sua posição original, evidenciando que o mesmo foi movido ou até removido de alguma forma. Isso traz valiosa informação circunstancial para análise.

Referências

  1. «Hypostasis». The Free Dictionary 
  2. «Hypo-». The Free Dictionary 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Calixto Machado, "Brain death: a reappraisal", Springer, 2007, ISBN 0-387-38975-X, p. 74
  • Robert G. Mayer, "Embalming: history, theory, and practice", McGraw-Hill Professional, 2005, ISBN 0-07-143950-1, pp. 106–109
  • Anthony J. Bertino "Forensic Science: Fundamentals and Investigations" South-Western Cengage Learning, 2008, ISBN 978-0-538-44586-3
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