Luccas Pace Júnior – Wikipédia, a enciclopédia livre

Luccas Pace Júnior
Nome completo Luccas Pace Júnior
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Operador de câmbio

Luccas Pace Júnior é um operador de câmbio brasileiro, que ganhou notoriedade ao ser preso na Operação Lava Jato por ter cometido transações cambiais fraudulentas em operações com a doleira Nelma Kodama, sendo considerado o principal responsável pela execução de remessas fraudulentas.[1] Foi condenado na 1ª fase da Lava-Jato, tendo feito a primeira colaboração premiada homologada aplicada e assinada pelo juiz Sergio Moro.[2][3]

Foi responsável em 1986 por ajudar na implementação do Citibank Brasil. Também foi o escalado para implementação da mesa de Operações Cambiais no Bank Of America, na tentativa frustrada do banco estabelecer-se no Brasil no início dos anos 90.

Ao fim dos anos 90 e início de 2000, ganhou notoriedade ao assumir o cargo de CEO da maior corretora de Câmbio e Ativos financeiros na América Latina, a Action Câmbio S.A, hoje expandida e conhecida como Cotação DTVM S.A.[carece de fontes?]

Pela prática de 91 crimes de evasão de divisas, operar instituição financeira irregular e os crimes relacionados à organização criminosa, Pace foi inicialmente condenado a 18 anos de prisão. Com a sua delação premiada, sua sentença foi reduzida a 4 anos, dois meses e quinze dias, pena que responderá em liberdade.[4]

Em 13 de agosto de 2015, em depoimento à CPI da Petrobras, Pace afirmou que sente "alívio" por ter sido preso na Operação Lava Jato.[5] À CPI, Luccas ainda relatou aos deputados as maneiras usadas para burlar a fiscalização das autoridades financeiras; segundo ele, existem "brechas propositais" na legislação brasileira que trata do controle desse tipo de movimentação.[6]

Luccas também denunciou corretoras de valores e instituições bancarias que participavam do esquema de remessas fraudulentas ao exterior. Em depoimento à Polícia Federal disse que sabia dizer que "Amarildo é o dono informal de distribuidoras de títulos e valores mobiliários, dentre as quais, Quantia DTVM, Luca DTVM, Split DTVM; que essas DTVMs de Amarildo eram utilizadas para desvio de recursos de fundos de pensão, daí a necessidade de ele possuir dinheiro vivo para o pagamento de propinas".[7]

Lucas foi beneficiado por um indulto concedido pelo então presidente Michel Temer. Atualmente alega ter sido coagido a fazer suas delações, considerando sua prisão um ato de tortura. Alega também ser constantemente coagido a refazer sua delação por juízes e magistrados. Considera sua prisão uma arbitrariedade por parte da Operação Lava Jato.[carece de fontes?]

Referências

  1. «AÇÃO PENAL Nº 5026243­05.2014.404.7000/PR» (PDF). Consultor Jurídico. Consultado em 26 de abril de 2017  soft hyphen character character in |título= at position 22 (ajuda)
  2. «Justiça homologa primeiro acordo de delação premiada da Lava Jato». 24 de setembro de 2014. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  3. Mateus Coutinho e Fausto Macedo (24 de setembro de 2014). «Juiz homologa primeiro acordo de delação premiada da Lava Jato». Estadão. Consultado em 26 de abril de 2017 
  4. katna Baran e Kelli Kadanus (22 de outubro de 2014). «Justiça Federal condena doleira da Lava Jato a 18 anos de prisão». Gazeta do Povo. Consultado em 26 de abril de 2017 
  5. Fernanda Calgaro (13 de agosto de 2015). «Delator ligado a doleira diz sentir 'alívio' por ter sido preso na Lava Jato». G1. Globo. Consultado em 26 de abril de 2017 
  6. «Primeiro delator da Lava-Jato diz na CPI que brechas do sistema financeiro continuam». O Globo. 13 de agosto de 2015. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  7. «Lava-Jato mira acusado no escândalo dos precatórios». Senado Federal. Consultado em 26 de abril de 2017