Mão – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Mão

Mão esquerda humana
Detalhes
Drenagem venosa rede venosa dorsal da mão
Inervação nervo ulnar, nervo mediano, nervo radial
Identificadores
MeSH Hand
Mão de uma criança

A mão é a parte final de cada extremidade superior (ou braço), principalmente nos mamíferos primatas e bípedes, mas também se usa esse termo e os nomes de muitos dos seus constituintes para designar os órgãos equivalentes em muitos vertebrados (as extremidades dos membros anteriores) e mesmo em alguns invertebrados, como nas pinças de alguns artrópodes, como os caranguejos.

Estrutura[editar | editar código-fonte]

A mão divide-se geralmente em três regiões: carpo, metacarpo (os ossos da palma da mão) e falanges.O carpo é constituído por oito pequenos ossos que se articulam uns com os outros e funcionam harmonicamente. Qualquer perturbação em algum desses ossos poderá romper esse equilíbrio, com grave repercussão sobre os movimentos da mão. Dois deles, o escafoide e o semilunar, têm escassa circulação sanguínea. O carpo é formado de oito ossos, dispostos em duas fileiras. Os da fileira superior (estando os dedos voltados para baixo e a palma para a frente) são os seguintes, a contar de fora para dentro: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme. Os da segunda fileira, na mesma ordem, são: trapézio, trapezoide, grande osso e osso unciforme. O metacarpo é formado por cinco ossos iguais, de forma alongada, que se articulam de um lado com os ossos do carpo e do outro com as falanges. As falanges são três em cada dedo, com exceção do polegar, que só possui duas; ao se aproximarem do metacarpo, executam a função preênsil das mãos. Os dedos (falanges), em número de cinco (polegar, indicador, médio, anular e auricular), articulam-se com os metacarpianos. Cada dedo apresenta três falanges: a primeira, ou falange; a segunda, ou falanginha, e a terceira, ou falangeta. O polegar tem apenas duas falanges.[1]

Evolução[editar | editar código-fonte]

Tupaia javanica

Pesquisa sugere espécies ancestrais humanos pré-Homo, como o Australopithecus africanus, utilizavam semelhantes posturas da mão humano muito antes do que se pensava anteriormente. A capacidade distintamente humana de precisão enérgica (por exemplo, quando vira uma chave) e poder "espremer" ao pegar (por exemplo, ao usar um martelo) está ligada a duas transições evolutivas fundamentais na uso da mão: uma redução na escalada arbórea e a fabricação e uso de ferramentas de pedra.[2] Entretanto, outra pesquisa sugere que as mãos humanas podem ser mais primitivas do que chimpanzé. Proporções mão humana mudaram pouco desde os do último ancestral comum (LCA) entre chimpanzés e humanos. Estes resultados indicam que a estrutura da mão humana moderna é em grande parte naturalmente primitiva, em vez do resultado de pressões selectivas no contexto do uso de ferramentas de pedra.[3]

Foto de uma criança - Palma

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Ossos da Mão - Carpo, Metacarpo, Falanges e Outros - Anatomia». Anatomia Humana. Consultado em 16 de maio de 2021 
  2. Early human ancestors used their hands like modern humans from "Science News" em 22 de janeiro de 2015 - (1.M. M. Skinner, N. B. Stephens, Z. J. Tsegai, A. C. Foote, N. H. Nguyen, T. Gross, D. H. Pahr, J.-J. Hublin, T. L. Kivell. Human-like hand use in Australopithecus africanus. Science, 2015; 347 (6220): 395 DOI: 10.1126/science.1261735 )
  3. Human hands may be more primitive than chimp's publicado na "Science News" em 14 de julho de 2015 (Stony Brook University) - 1.Sergio Almécija, Jeroen B. Smaers & William L. Jungers. The evolution of human and ape hand proportions. Nature, 2015 DOI: 10.1038/ncomms8717
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