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Machinengewehr 42

MG42
Tipo Metralhadora de uso geral
Local de origem  Alemanha
História operacional
Em serviço 1942–presente
Guerras Segunda Guerra Mundial
Guerra do Ultramar
Guerra Civil Iugoslava
Guerra Civil Síria[1]
Histórico de produção
Criador Metall und Lackierwarenfabrik Johannes Großfuß AG
Data de criação 1939
Período de
produção
1942–1945
Variantes MG42, MG42V, MG1 (MG42/59), MG2 e MG3
Especificações
Peso 11,57kg (descarregada)
Comprimento 1 220 mm
Comprimento 
do cano
533 mm
Calibre 7,92×57 mm Mauser
Ação Ação de recuo
Velocidade de saída 740 m/s
Alcance efetivo 200 – 2 000 m
3 500 m com um tripé e mira telescópica
Sistema de suprimento Fita de munições

A MG 42 (abreviação da língua alemã: Maschinengewehr 42) é uma metralhadora de calibre 7.92 x 57 mm desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial pela Alemanha com a intenção de substituir a MG34, com processo de fabricação mais simples.[2] Seu batismo de fogo ocorreu na União Soviética e no norte da África, sendo um sucesso absoluto. Previa-se que ela iria substituir a MG 34, porém acabou complementando-a, por não atingir a escala de produção esperada. Durante a campanha da FEB na Itália, a MG 42 foi apelidada de "Lurdinha" pelos pracinhas brasileiros devido à rápida cadência de tiro, que lembrava o jeito de falar da noiva ciumenta de um deles (outra versão diz que o apelido se deve ao fato de que a namorada de um dos soldados era costureira e o som da MG 42 se assemelhava ao de uma máquina de costura).[3][4]

Em 1958 foi desenvolvida uma versão da MG 42 para munições de 7,62 mm, adoptadas como padrão pela NATO. A nova versão foi denominada MG 42/59 ou MG 1, dando origem às variantes MG 2 e MG 3.[5]

Variantes[editar | editar código-fonte]

MG 39: protótipo desenvolvido em 1939, a partir da MG34;
MG 42: redesignação da MG39, ao entrar ao serviço do Exército Alemão em 1942;
MG 42V (ou MG45): variante experimental da MG42 com um mecanismo de operação diferente e utilizando metal de pior qualidade, com vista a suprir a falta de materiais;
MG 42/59 (ou MG1): variante da MG42 desenvolvida pela Rheinmetall, com uma nova câmara para uso da munição 7.62 x 51mm NATO;
MG 1A1: como a MG1, mas com as miras calibradas para a nova munição. A maioria das MG1 existentes foram transformadas nesta versão;
MG 1A2: variante aperfeiçoada da MG1A1;
MG 1A3: variante aperfeiçoada da MG1A2;
MG 1A4: variante adaptada para uso fixo montada em veículos blindados;
MG 1A5: variante resultante da conversão de MG1A3 no padrão MG1A4;
MG 2: designação atribuída às antigas MG42 convertidas para uso da munição 7.62 x 51 mm NATO;
MG 3: variante da MG1A3 com uma mira AA instalada;
MG 3E: variante experimental da MG3, com uma redução de peso em 1,3 kg;
MG 3A1: variante da MG3 para uso fixo montada em veículos blindados.

Uso em Portugal[editar | editar código-fonte]

Em 1962, a MG 42/59 de 7,62 mm começou a substituir as antigas metralhadoras ligeiras Dreyse m/937 como arma de apoio directo dos Pelotões de Infantaria do Exército Português. Em 1968, as MG 42 começaram a ser complementadas pelas HK-21. O objectivo seria a substituição completa das MG 42 pelas HK-21. No entanto as MG 42 foram sempre mais apreciadas pelos militares portugueses e acabaram por se manter em serviço até à actualidade. Pelas suas características muito próximas à mais recente MG 3, as MG 42 continuam atualmente a ser utilizadas em treino e formação, em especial, nas Tropas Paraquedistas.[6] Em 2019, começaram a ser substituídas pelas FN Minimi mk3.[7]

Utilizadores[editar | editar código-fonte]

Um soldado alemão com uma MG42 em 1944.
Um paraquedista alemão com sua MG 42.
Militares alemães armados com uma metralhadora MG42 lutando na França, em 1944.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • MG3 (a versão moderna da arma)

Referências

  1. «Syrian Civil War: WWII weapons used» (em inglês). WWII After WWII. 27 de junho de 2017 
  2. "Maschinengewehr Modell 42 (MG42)". Página acessada em 7 de julho de 2015.
  3. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43398292
  4. http://rubi.casaruibarbosa.gov.br/bitstream/20.500.11997/3875/1/Di%2bi%CC%81rio%20Carioca%20-%20DE%20-%2019441945.pdf
  5. "Machine Gun 42". Página acessada em 7 de julho de 2015.
  6. «EXERCÍCIO "BELEROFONTE 191", TESTA PRONTIDÃO NO EXÉRCITO | Operacional». Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  7. a b «Novas armas do Exército Português» (PDF) 
  8. https://wwiiafterwwii.wordpress.com/2015/06/14/rearming-austria-wwii-weapons/
  9. https://wwiiafterwwii.wordpress.com/2015/09/27/stg-44-in-africa-after-wwii/
  10. http://www.alamy.com/stock-photo-a-us-marine-takes-aim-with-a-german-made-mg42-machine-gun-in-ar-ramadi-69738020.html
  11. http://www.mg42.us/viewtopic.php?t=725
  12. https://wwiiafterwwii.wordpress.com/2016/10/16/wwii-weapons-in-the-ayatollahs-iran/
  13. https://sites.google.com/site/worldinventory/wiw_africa/wiw_af_libya
  14. https://www.nbcnews.com/storyline/missing-nigeria-schoolgirls/seven-things-know-about-nigeria-n101626
  15. Afonso, Aniceto and Gomes, Carlos de Matos, Guerra Colonial (2000), pp. 183-184, ISBN 972-46-1192-2
  16. https://www.liveleak.com/view?i=5e1_1432856871
  17. https://wwiiafterwwii.wordpress.com/2015/07/10/wwii-german-weapons-during-the-vietnam-war/
  18. https://wwiiafterwwii.wordpress.com/2016/04/10/wwii-equipment-of-the-bundesgrenzschutz/
  19. Shepherd, Christian. «Machine Gun 42». Tactical-life.com. Consultado em 8 de dezembro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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