M Parnaíba (U-17) – Wikipédia, a enciclopédia livre

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M Parnaíba
 Brasil
Operador Marinha do Brasil
Fabricante Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Homônimo Parnaíba e Rio Parnaíba
Batimento de quilha 11 de junho de 1936
Lançamento 2 de setembro de 1937
Comissionamento 9 de março de 1938
Porto de registro Rio de Janeiro
Número de registro U-17
Estado Em serviço
Emblema do navio
Características gerais
Tipo de navio Monitor
Deslocamento 620 t (padrão)
720 t (carregado)
Maquinário Motor a diesel
Comprimento 55 m
Boca 10,1 m
Calado 1,6 m
Propulsão 2 hélices
Velocidade 12 nós
Autonomia 1 350 milhas náuticas a 10 nós
(2 170 km a 19 km/h)
Armamento 1 canhão de 76 mm
2 canhões de 40 mm
6 canhões de 20 mm
2 morteiros de 81 mm
Tripulação 74 tripulantes[1]

O M Parnaíba (U-17) é um monitor fluvial operado pela Marinha do Brasil, construído pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e incorporado à armada em Novembro de 1938, tendo participado da Segunda Guerra Mundial como navio de escolta. É o navio de guerra mais antigo do mundo cumprindo função militar.[2][3] Seu nome homenageia o Rio Parnaíba, importante rio perene entre os estados do Maranhão e Piauí.[4]

Segunda Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

Entre 19 de abril de 1943 e 20 de dezembro de 1944, o Parnaíba ficou incorporado à Força Subordinada ao Comando Naval do Leste, sediado na cidade de Salvador na Bahia. Participou de comboios escoltando navios além de patrulhar o o porto, executou também operações antissubmarino com lançamento de bombas de profundidade. Em 1944 ficou subordinado ao Estado-Maior da Armada e em 25 de maio de 1945, com uma folha de serviços de 24 dias de mar após 3 570 milhas navegadas, o navio foi reincorporado à Flotilha de Mato Grosso, no porto de Ladário no Mato Grosso do Sul, onde permanece até os dias atuais.[5]

Modernização[editar | editar código-fonte]

Foi modernizado em 1998 na Base Fluvial de Ladário, recebeu na ocasião incrementos operacionais que lhe conferiram maior mobilidade e autonomia. Em sua modernização, o Parnaíba recebeu um convôo, sendo o único meio do 6º Distrito Naval (região do Pantanal) a possuir este recurso.[5][6] A partir de sua modernização, o 4º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-4) recebeu helicópteros IH-6B Bell Jet Ranger III em substituição aos UH-12 Helibrás Esquilo Monoturbina, por serem mais adaptados as pequenas dimensões da plataforma, em 2010 os UH-12 Esquilo voltou a ser utilizado pelo 4º Esquadrão.[7]

Entre outras atualizações, recebeu uma nova propulsão, substituindo as caldeiras a vapor por motores a diesel. Isto aumentou consideravelmente seu raio de ação e autonomia. Nos sistemas de combate, os canhões de quarenta milímetros Bofors L/60 foram substituídos pelos L/70.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Monitor Classe Parnaíba». Marinha do Brasil. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020 
  2. «M Parnaíba U 17». Navio de Guerra Brasileiros. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020 
  3. «One of the World's Oldest Military Ships Is Sailing Down a River in Brazil» (em inglês). War is Boring. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020 
  4. Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959
  5. a b c Revista Maritima Brasileira. «Monitor "PARNAÍBA" volta ao mar após 62 anos». Base Militar Web Magazine. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 17 de setembro de 2011 
  6. Diário Corumbaense (11 de novembro de 2017). «Monitor Parnaíba completa 80 anos como marco da construção naval do Brasil». Poder Naval. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020 
  7. «HU-61 - Esquadrão Gavião». SPOTTER - Comando da Marinha. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
  • Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.199-200.
  • NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 443, mai. 1980; n.º 454, abr. 1981; n.º 458, ago. 1981; n.º 459, set. 1981; n.º 497, nov. 1984; n.º 499, jan. 1985; n.º 507, nov. 1985; n.º 519, nov. 1986; n.º 527, jul. 1987; n.º 531, nov. 1987; n.º 534, fev. 1988; n.º 686, jun. 1999; n.º 711, jul. 2001.
  • Revista Tecnologia & Defesa, n.º 7, 1983.
  • Wertheim, Eric (2007). Naval Institute Guide to Combat Fleets of the World: Their Ships, Aircraft, and Systems. Naval Institute Press. ISBN 1-59114-955-X. (em inglês)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]