Manequim – Wikipédia, a enciclopédia livre

Um par de manequins, numa vitrine.
 Nota: Para outros significados, veja Manequim (desambiguação).

Manequim é um boneco que representa a figura humana (masculina ou feminina), utilizado em trabalhos artísticos, como modelo, científicos, como substituto do objeto real, e ainda e mais frequentemente como objeto auxiliar de costura e na exposição em lojas. Vale observar que os manequins não se limitam a estarem na vitrine, uma vez que também estão nos espaços internos das lojas, reforçando a exposição das roupas com outros modelos e combinações de peças do vestuário.

Um manequim simples, sem cabeça.

O manequim também é usado como bonecos em tamanho real com vias aéreas simuladas usadas no ensino de primeiros socorros e habilidades avançadas como intubação endotraqueal; e para modelar o comportamento do corpo humano em simulações de computadores. Durante a década de 1950, os manequins foram usados ​​em testes nucleares para ajudar a mostrar os efeitos das armas nucleares em humanos.[1][2][3]

Mannequin vem da palavra francesa mannequin, que adquiriu o significado de "modelo articulado de um artista", que por sua vez veio da palavra flamenga manneken, que significa "homenzinho, estatueta",[4] referindo-se à prática da Idade Média tardia em Flandres, a exibição pública de roupas femininas foi realizada por pajens masculinos (meninos).

Manequins em uma loja de roupas no Canadá
Manequins na loja Chanel, 31 Rue Cambon, Paris
Uma figura leiga de Albrecht Dürer no Museu do Prado

Costura[editar | editar código-fonte]

Os manequins foram criados para auxiliar costureiras e alfaiates durante a confecção das roupas, possibilitando-lhes aferir as mesmas como se já estivessem sendo vestidas.

Essa finalidade facilita o trabalho de verificar aquilo que no jargão da moda chama-se caimento.

Manequim para loja[editar | editar código-fonte]

O tipo de manequim usado em lojas é variado. Podem ser simples, com ou sem cabeça, com traços detalhados e reais, sentados ou em pé. Especialistas afirmam que um bom manequim pode render lucros para o lojista.[5]

Manequins para loja são considerados o mais importante elemento do visual merchandising no varejo da moda. Além de fazerem as lojas venderem mais roupas, os manequins também fazem com que as vendas sejam mais rápidas, o que justifica sua importância.[6]

História[editar | editar código-fonte]

Os manequins de loja são derivados de formas de vestido usadas por casas de moda para a confecção de vestidos. O uso de manequins teve origem no século XVI, quando "manequins de modista" em miniatura eram usados ​​para demonstrar a moda aos clientes.[7] Manequins de vime em escala real começaram a ser usados ​​em meados do século XVIII. Manequins de arame foram fabricados em Paris a partir de 1835.[7]

Uso militar[editar | editar código-fonte]

Um manequim do lado de fora de uma loja no norte da Índia.

O uso militar de manequins é registrado entre os antigos chineses, como na Batalha de Yongqiu. O exército Tang sitiado baixou espantalhos pelas paredes de seus castelos para atrair o fogo das flechas inimigas. Dessa forma, eles renovaram seus suprimentos de flechas. Manequins também foram usados ​​nas trincheiras na Primeira Guerra Mundial para atrair atiradores inimigos para longe dos soldados.[8]

Um relatório da CIA descreve o uso de um manequim ("Jack-in-the-Box") como uma medida de contra- vigilância, com o objetivo de tornar mais difícil para a contraespionagem do país anfitrião rastrear o movimento de agentes da CIA se passando por diplomatas. Um "Jack-in-the-Box" - um manequim representando a metade superior de um humano - substituiria rapidamente um agente da CIA depois que ele deixasse o carro dirigido por outro agente e fosse embora, para que qualquer oficial de contraespionagem monitorando o carro do agente pudesse acredito que ele ainda estava no carro.[9]

Referências

  1. 1902 Pall Mall Mag. XXVII. 119 Another salon ornamented with tall mirrors in which were reflected the slender elegant figures of several mannequins, most of them exceedingly pretty and all arrayed in magnificent dresses... 1939 M. B. Picken Lang. Fashion 97/2 Mannequin model of human figure for display of garments, hats, furs, etc.
  2. «Nuclear Test Mannequins». Seattle Times Trinity Web. Seattle Times Company. 1995. Cópia arquivada em 15 de janeiro de 2012 
  3. Trivedi, Bijal P. (15 de julho de 2002). «Archaeologists Explore Cold War Nuclear Test Site». National Geographic News. Cópia arquivada em 18 de agosto de 2017 
  4. «mannequin». The American Heritage Dictionary of the English Language. Houghton Mifflin Company. 2004. Consultado em 7 de agosto de 2009 
  5. Afonso Ferreira (19 de março de 2012). «Manequins atraem olhar do consumidor e refletem conceito de loja». UOL. Consultado em 10 de maio de 2012 
  6. «Importância do Manequim». Manequim para Loja - Manequins e Cia. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  7. a b Steele, Valerie (ed.). Encyclopedia of Clothing and Fashion. Vol. 2. Detroit: Charles Scribner's Sons, 2005. p. 377
  8. «Archived copy». Consultado em 27 de outubro de 2012. Cópia arquivada em 27 de outubro de 2012 
  9. Royden, Barry G. (2003), «Tolkachev, A Worthy Successor to Penkovsky. An Exceptional Espionage Operation», Studies in Intelligence, 47 (3) 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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