Manuel Soares Monge – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com o município de Manuel Monge, na Venezuela.
Manuel Soares Monge
Governador Civil de Beja
Período 2005 - 2011
Antecessor(a) João Paulo Assunção Ramoa
Sucessor(a) (Cargo extinto)
Dados pessoais
Nascimento 18 de fevereiro de 1938
Vila Nova de São Bento, Serpa
Nacionalidade Portugal Portugal
Prémio(s) Ordem Militar de Avis
Ordem Militar de Cristo
Ocupação Político, militar e diplomata
Serviço militar
Patente General

Manuel Soares Monge (Serpa, Vila Nova de São Bento, 18 de Fevereiro de 1938) é um militar e político português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascimento[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 18 de Fevereiro de 1938, na freguesia de Vila Nova de São Bento, no concelho de Serpa.[1]

Carreira militar e política[editar | editar código-fonte]

Desde muito novo que se mostrou interessado pela carreira das armas, tendo passado pela Academia Militar, alcançando o posto de oficial de cavalaria.[1] Combateu durante a Guerra Colonial ao longo de cerca de doze anos.[1] Durante aquele conflito, fez quatro comissões de serviço na África: duas em Angola e as duas últimas na Guiné.[carece de fontes?] Foi mobilizado para Angola já a guerra ia assanhada no Norte.[carece de fontes?] A partir de 1968, António de Spínola, nomeado comandante-chefe da Guiné, escolhe os melhores oficiais para conduzir a nova estratégia na província, então à beira da derrota militar. Manuel Monge é um dos eleitos. Ainda capitão, colocado no inferno do Sul, é-lhe atribuída missão quase impossível: defender o aquartelamento de Gadamael. Manuel Monge ganhou a batalha.[carece de fontes?]

Participou na tentativa falhada de revolução em 16 de Março de 1974, e depois na Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo sido membro do Movimento dos Capitães e da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas.[2] Nessa altura, tinha a patente de major.[1] Foi o assessor militar de António de Spínola e Mário Soares na Presidência da República,[1] Esteve no Quartel da Cavalaria de Santa Margarida entre 1980 e 1982, à frente do comando do Esquadrão de Reconhecimento.[carece de fontes?] Foi o responsável pelo pelouro das relações com Macau, tendo igualmente servido naquele território, no posto de secretário-adjunto do Governo.[2] Em Setembro de 1996, tornou-se secretário-adjunto para a Segurança, substituindo Lajes Ribeiro, tendo nessa altura o posto de brigadeiro.[2] Alcançou depois o posto de general.[1]

Em Março de 2005, foi eleito pelo governo, então liderado por José Sócrates, para o posto de Governador Civil.[1] Foi o único dos dezoito nomeados para o posto de governador civil naquele período que era politicamente independente.[3] Em Novembro de 2009, o Ministério da Administração Interna anunciou a renomeação de Manuel Monge como Governador Civil.[1] Inicialmente, mostrou-se relutante ao continuar no seu posto, alegando que precisava de descansar e passar mais tempo com a família, embora tenha aceitado devido a pressões do governo, principalmente do Ministro Rui Pereira.[1] Exerceu o cargo até Julho de 2011, data em que o Governo exonerou todos os governadores civis.[2] Naquele posto, destacou-se por ter promovido o distrito, e ter impulsionado especialmente a importante exposição agrícola Ovibeja.[2]

Em Maio de 2011, Manuel Soares Monge recebeu a Delegação Empresarial de Macau, que se deslocou à cidade de Beja para participar na Ovibeja.[4]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis em 6 de Janeiro de 1992, tendo sido elevado ao grau de Grã-Cruz em 20 de Setembro de 2001; com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo em 13 de Fevereiro de 1996; e com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade a 5 de julho de 2023.[5]

Referências

  1. a b c d e f g h i «Manuel Monge continua governador civil de Beja». Correio Alentejo. 5 de Novembro de 2009. Consultado em 30 de Setembro de 2019 
  2. a b c d e «De Fonte Limpa». Jornal Tribuna de Macau. 22 de Fevereiro de 2019. Consultado em 30 de Setembro de 2019 
  3. «Só um independente entre 18 novos governadores civis». Diário de Notícias. 1 de Abril de 2005. Consultado em 30 de Setembro de 2019 
  4. «Visita da Delegação Empresarial de Macau a Beja, Portugal». Governo de Macau. 14 de Maio de 2011. Consultado em 30 de Setembro de 2019 
  5. «Entidades Nacionais com Ordens Portuguesas». Ordens Honoríficas Portuguesas. Presidência da República Portuguesa. Consultado em 17 de agosto de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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