Mar da China Meridional – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mar da China Meridional
Localização
Localização
Q881, Q865, Q833, Q424, Q148, Q928, Q921 e Q252
Parte de
Coordenadas
Dimensões
Superfície
3 500 000 km2
Profundidade média
5 559 m
Hidrografia
Tipo
Países da
bacia hidrográfica
Afluentes
Abra River (en)
Baram River (en)
Rio Bassac
Batang Hari (en)
Cả River (en)
Rio Dong Nai
Rio Kapuas
Kelantan River (en)
Rio Ma
Rio Mekong
Pahang River (en)
Rio das Pérolas
Batang Rajakng (en)
Saigon River (en)
Sarawak River (en)
Sungai Belait (en)
Ben Hai River (en)
Sungai Padas (en)
Amburayan River (en)
Co Chien River (en)
Donggang River (en)
Golok River (en)
Rio Han (Vietnã)
Igan River (en)
Indragiri River (en)
Kemena River (en)
Lancang River (d)
Lingshui River (en)
Rio Musi
Rio Nhat Le
Padsan River (en)
Rio Perfume
Q15290987
Sha Tau Kok River (en)
Sungai Landak (d)
Taiyang River (en)
Wanquan River (en)
História
Evento chave
Mapa
Mar da China Meridional
Localização dos arquipélagos principais no mar da China Meridional.

O mar da China Meridional ou mar do Sul da China (em inglês: South China Sea; em pinyin: Nan Hai) é um mar marginal e semifechado parte do oceano Pacífico, que compreende a área que vai desde Singapura até ao estreito de Taiwan, em um total de cerca de 3 500 000 km². As minúsculas ilhas do Mar da China Meridional formam um arquipélago de centenas de ilhotas.[1] Possui mais de 15 mil ilhas, atóis, cais, bancos de areia, recifes e baixios. Na maioria desocupados.[2]

Várias nações, em especial as Filipinas, levantam objecções ao nome mar da China Meridional com o argumento de que ele implica a soberania chinesa sobre o mar, que é por disputada esses países. Assim, o governo do país passou a chamá-lo exclusivamente de Mar das Filipinas do Oeste ou apenas Mar das Filipinas. Algumas nomenclaturas usam a expressão "Mar do Sul da China" para se referir a esta parte asiática do oceano Pacífico.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Seu nome se origina nas expedições coloniais européias, principalmente portuguesas, em busca de controlar as rotas comerciais na região. Na cultura chinesa, o termo usado era 'Mar Meridional', já no período da Dinastia Zhou. No período de 771-476 a.C. o termo 'Mar do Sul' era usado para descrever as experidções ao Estado de Chu. Nas Filipinas é historicamente conhecido como Mar das Filipinas. Já no Vietnã é chamado de Mar do Leste.[2]

Exploração de recursos naturais[editar | editar código-fonte]

Vietnã, Malásia e Brunei sustentaram de início os maiores esforços de exploração de petróleo na região. A china, porém, tem tomado seu lugar como maior exploradora de combustiveis fósseis no mar.[2]

Rotas comercial[editar | editar código-fonte]

A região possui algumas da rotas mais importantes do comércio global. Mais da metade da frota do comércio maritimo passa pelos estreitos de Málaca, Sunda e Lombok. Praticamente um terço do petróleo não refinado global depende dessa rota, como também mais da metade da produção global de gás natural liquefeito.[2]

Geografia[editar | editar código-fonte]

O International Hydrographic Bureau define este mar como estendendo-se numa direcção sudoeste-nordeste, limitado a sul pelo paralelo 3 S entre o sul de Samatra e Calimantã (estreito de Carimata), e limitado a norte pelo estreito de Taiwan entre a parte norte de Taiwan até à costa de Fuquiém na China continental. O golfo da Tailândia cobre a parte ocidental do mar da China Meridional.

Estados e territórios banhados pelo mar da China Meridional são a República Popular da China, Hong Kong, Macau, República da China (Taiwan), Filipinas, Malásia, Brunei, Indonésia, Singapura, Tailândia, Camboja e Vietname.[4]

Geologia[editar | editar código-fonte]

Geologicamente é uma porção alagada da plataforma continental asiática, formado há cerca de 45 milhões de anos. Recebe sendimentos de rios da região, principalmente o Mekong, Pérola e o Rio Vermelho, o que origina os depósitos de gás natural e petróleo em seu leito.[2]

Ilhas[editar | editar código-fonte]

Neste mar há diversos arquipélagos e muitas das ilhas pertencem ao arquipélago das ilhas Spratly, espalhadas por uma área de 810 por 900 km com 175 ilhas, sendo a maior Taiping (Itu Aba) com 1,3 km de comprimento e 3,8 m de altitude máxima.

Rios[editar | editar código-fonte]

Entre os rios que desaguam neste mar encontram-se:

Disputa territorial[editar | editar código-fonte]

O mar da China Meridional tem sido objeto de reivindicações de posse desde a Linha das nove raias elaborada pela Republica da China pré-revolucionária, no governo do Kuomintang, sob o auxílio técnico dos Estados Unidos da América - reivindicava assim a soberania das ilhas de Paracels, Pratas e Spratly. A disputa, porém, tem se intensificado a partir do governo de Xi Jinping, incluindo reivindicações contraditórias por parte da Brunei, República Popular da China, República da China, Malásia, Filipinas e Vietnã. Tem sido motivo de uma crescente tensão regional, com manobras militares marititimas rotineiras buscando afirmar a soberania sobre a região, principalmente por parte da República Popular da China. A disputa também é parte de um quadro global de disputa pela hegemônia entre a China e Estados Unidos da América.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «A crescente tensão no Mar da China Meridional - Poder Naval - A informação naval comentada e discutida». Poder Naval - A informação naval comentada e discutida. 14 de fevereiro de 2017 
  2. a b c d e Aguilar, Sérgio Luiz Cruz, and Renato Matheus Mendes Fakhoury. "Mar do Sul da China: um histórico de disputas." Revista de História Regional 24.2 (2019).
  3. Sputnik. «China encerra questão do mar do Sul da China com EUA». br.sputniknews.com. Consultado em 9 de novembro de 2018 
  4. «A geopolítica dos mares chineses: Considerações sobre as disputas nos mares da China Meridional e da China Oriental, por William Fujii». Revista Mundorama. 28 de dezembro de 2014 
  5. PAUTASSO, Diego; DORIA, Gaio. A China e as disputas no Mar do Sul: o entrelaçamento entre dimensões regional e global. Revista de Estudos Internacionais, v. 8, n. 2, p. 18-32, 2016.
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