Marco Emílio Lépido (cônsul em 232 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Marco Emílio Lépido (desambiguação).
Marco Emílio Lépido
Cônsul da República Romana
Consulado 232 a.C.
221 a.C. (suf.)
Morte 216 a.C.[1]
  Batalha de Canas

Marco Emílio Lépido (m. 216 a.C.; em latim: Marcus Aemilius Lepidus) foi um político da família Lépido da gente Emília da República Romana eleito cônsul em 232 a.C. com Marco Publício Maleolo. Foi nomeado cônsul sufecto em 221 a.C.. Era neto de Marco Emílio Lépido, cônsul em 285 a.C., e Marco Emílio Lépido, pretor em 218 a.C., era seu filho.

Consulado (232 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Marco Emílio foi eleito cônsul em 232 a.C. com Marco Publício Maleolo[2] durante o período de transição entre a Primeira e a Segunda Guerra Púnica. No mesmo ano foi áugure.[1] Durante seu consulado, os romanos colonizaram o território ao sul de Arímino (moderna Rimini), até então território dos gauleses na Gália Cisalpina, conquistado depois de terem derrotado os sênones.[3] Políbio cita a Lex Flaminia, uma lei agrária proposta pelo tribuno da plebe Caio Flamínio, que propunha a distribuição das terras entre as famílias de agricultores romanos.[4] Segundo Cícero,[5] este evento ocorreu durante o consulado de Espúrio Carvílio Máximo Ruga, quatro anos depois (228 a.C.).

No mesmo ano, a Sardenha, recém conquistada por seu predecessor, Mânio Pompônio Matão, se revoltou. Os dois cônsules, no retorno de uma campanha militar na qual amealharam um rico butim saqueado na região, foram atacados pelos corsos, que capturaram o tesouro.[6]

Anos finais e morte[editar | editar código-fonte]

Provavelmente em 221 a.C., foi nomeado cônsul sufecto[7] e morreu em 216 a.C. na Batalha de Canas.[1] Para celebrar sua morte, seus três filhos, Lúcio, Quinto e Marco, organizaram imponentes jogos gladiatoriais,[8] nos quais se enfrentaram vinte e dois pares de gladiadores.

Árvore genealógica[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Fábio Máximo

com Mânio Pompônio Matão

Marco Emílio Lépido
232 a.C.

com Marco Publício Maleolo

Sucedido por:
Marco Pompônio Matão

com Caio Papírio Masão

Precedido por:
Cneu Cornélio Cipião Calvo

com Marco Cláudio Marcelo

Públio Cornélio Cipião Asina
221 a.C.

com Marco Minúcio Rufo
com Marco Emílio Lépido (suf.)

Sucedido por:
Marco Valério Levino

com Quinto Múcio Cévola


Referências

  1. a b c Lívio, Ab urbe condita XXIII, 30.15.
  2. Lívio, Ab urbe condita XXII, 35.1
  3. Políbio, Histórias II, 21, 7
  4. Osvaldo Sacchi, Il mito del pius agricola [...] Arquivado em 7 de março de 2007, no Wayback Machine., pag. 21.
  5. Cícero, Cato, 4
  6. Dião Cássio, História Romana, Frag. 12, 18
  7. Broughton 1951, p. 225.
  8. Lívio, Ab urbe condita XXIII 30.16.
  9. Michael Harlan, Roman Republican Moneyers and their Coins 63 BC - 49 BC, Londra, Seaby, 1995, pag. 3.
  10. Ronald Syme, L'aristocrazia augustea, Rizzoli Libri, Milano, 1993, ISBN 978-8817116077, tavola IV.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas