Margarethe von Trotta – Wikipédia, a enciclopédia livre

Margarethe von Trotta
Margarethe von Trotta
Nascimento 21 de fevereiro de 1942 (82 anos)
Berlim, Alemanha Nazista
Nacionalidade alemã
Cidadania Alemanha
Cônjuge Jürgen Moeller de 1964-1968
Volker Schlöndorff de 1971-1991
Filho(a)(s) Felix Moeller
Alma mater
Ocupação Diretora, roteirista e atriz
Prêmios
  • Oficial da Legião de Honra
  • Cavaleiro das Artes e das Letras
  • Leo-Baeck-Medal (2012)
  • Konrad Wolf Prize (1993)
  • Helmut Käutner Prize (2017)
  • Cruz de Oficial da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha (1998)
  • European Film Academy Lifetime Achievement Award (35th European Film Awards, 2022)
  • Herbert Strate Award (2013)
Empregador(a) European Graduate School
Movimento estético Novo Cinema Alemão

Margarethe Von Trotta (Berlim, 21 de fevereiro de 1942) é uma diretora, roteirista e atriz de cinema alemã. É considerada como a líder do movimento do novo cinema alemão.[1] Seu extenso trabalho foi premiado várias vezes em festivais internacionais.[2] Foi casada com Volker Schlöndorff, com quem sentia que tinha um trabalho secundário. Posteriormente, ela se estabeleceu em uma carreira solo de grande sucesso, tornando-se a diretora alemã de maior projeção nacional do pós-guerra. Vários aspectos de seu trabalho foram comparados com o de Ingmar Bergman.[3]

Margarethe é considerada a diretora mais feminista da atualidade, pois seu principal objetivo em seus filmes é o de criar e demonstrar novas representações da mulher contemporânea.[4] Rejeitando o rótulo de que faz filmes "para mulheres", suas obras costumam focar nas relações entre e sobre mulheres, como amigas, melhores amigas, filhas, irmãs e mães, bem como as relações delas com os homens.[3][4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascida em Berlim, em 1942, no auge da Segunda Guerra Mundial, era filha do pintor Alfred Roloff com Elisabeth von Trotta. Passou a infância em Düsseldorf e no começo dos anos 1960, Margarethe mudou-se para Paris, onde começou a trabalhar na indústria do cinema, colaborando com roteiros e co-dirigindo curtas.[3] Ainda jovem atuou como atriz, aparecendo em filmes de Rainer Werner Fassbinder and Volker Schlöndorff. Enfrentou bastante preconceito da época, que não imaginava que mulheres poderiam e queriam dirigir filmes e que pudessem fazer filmes sérios.[5][6]

Em 1964, casou-se com Jürgen Moeller, com quem teve um filho, Felix Moeller, diretor alemão de documentários. Eles se divorciaram em 1968 e no ano seguinte ela se casou com o diretor alemão Volker Schlöndorff. Juntos trabalharam em diversos filmes, nos turbulentos anos 1970 na Alemanha, documentado por Felix em seu documentário de 2018 Sympathisanten: Unser Deutscher Herbst. O casal se divorciou em 1991.[5][6]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 1970, Margarethe começou a escrever ensaios e enredos. No mesmo ano trabalhou pela primeira vez como diretora (com Volker Schlöndorff). Ficou famosa como diretora em 1975, quando co-dirigiu “The Lost Honour of Katharina Blum” com Schlöndorff. “The Second Awakening of Christa Klages” (1977) foi o primeiro filme que dirigiu sozinha. Em 1979, dirigiu “Sisters or the Balance of Happiness”. Em 1981, alcançou renome internacional com “Die bleierne Zeit” (“The German Sisters or Marianne and Juliane”), com o qual venceu o Leão de Ouro do Festival de Veneza de 1981.[5][6]

Margarethe Von Trotta fez um filme sobre Rosa Luxemburgo com Barbara Sukowa no papel do título em 1985. Em 1989, von Trotta co-produziu “Felix” com Helke Sander, Helma Sanders-Brahms, and Christel Buschmann.[5][6]

Atualmente ela mora em Paris. Seu filme The Promise (1994) foi aclamado pela crítica. Seu mais recente filme é Hannah Arendt, de 2013.[5][6]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Margarethe von Trotta». European Graduate School. Consultado em 9 de novembro de 2019. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  2. «Archived copy». Consultado em 7 de maio de 2012. Arquivado do original em 10 janeiro de 2012 
  3. a b c Rueschmann, Eva (2000). Sisters on Screen: Siblings in Contemporary Cinema. Filadélfia: Temple UP. p. 147-75. ISBN 978-1566397476 
  4. a b Margret Eifler (ed.). «"Margarethe Von Trotta as Filmmaker: Biographical Retrospectives». German Quarterly. Consultado em 9 de novembro de 2014 
  5. a b c d e Lívia Perez (ed.). «O Cinema de Margarethe von Trotta». Doctela. Consultado em 9 de novembro de 2018 
  6. a b c d e Ela Bittencourt (ed.). «40 Years of Margarethe von Trotta's Fiercely Feminist Films». Hyperallergic. Consultado em 9 de novembro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]