Mary Ward (cientista) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mary Ward
Mary Ward (cientista)
Nome completo Mary Ward
Nascimento 27 de abril de 1827
Ballylin, Irlanda
Morte 31 de agosto de 1869 (42 anos)
Parsonstown, atual Birr, Irlanda
Nacionalidade Anglo-irlandesa
Cônjuge Henry William Crosbie Ward (1854-1869)
Ocupação Cientista
Magnum opus Rascunhos de microscopia

Mary Ward (Ballylin, 27 de abril de 1827 ― Parsonstown, 31 de agosto de 1869) foi uma cientista anglo-irlandesa,[1] sendo a primeira pessoa morta num acidente automobilístico no mundo.[2]

Vida e obra[editar | editar código-fonte]

Mary Ward, nascida Mary King, em Ballylin, Irlanda, em 27 de abril de 1827,[3] e cresceu juntamente a outras cinco irmãs. Casou-se, em 6 de dezembro de 1854, com Henry William Crosbie Ward (Visconde de Bangor), passando a adotar o sobrenome do marido.

Sempre demonstrou interesses por ciências, mas por ser mulher tinha sua dificuldade aumentada. Graças ao primo, William Parsons, teve acesso a vários cientistas. Ao lado da Rainha Vitória e de Mary Sommerville, Mary Ward foi uma das únicas três mulheres na lista de discussões da Royal Astronomical Society.

Publicações[editar | editar código-fonte]

Escreveu seu primeiro livro, Sketches with the microscope, e fez 250 cópias do mesmo, privadamente, e várias centenas de panfletos foram distribuídos para anunciá-lo. O livro foi reeditado oito vezes entre 1858 e 1880. Ela escreveu dois outros livros, um dos quais era um guia para iniciantes em astronomia, e diversos artigos. Ela ilustrou todo o seu próprio trabalho e muitos livros e artigos por outros cientistas.

Morte[editar | editar código-fonte]

Mary Ward é conhecida como a primeira vítima fatal de um acidente de carro. Seu primo, William Parsons, havia construído um carro movido a vapor. Pensava-se na época que o transporte a vapor seria mais desenvolvido num futuro próximo, mas isso não foi verdade para os carros, que à época eram muito pesados e causavam danos às ruas. Em 1865, a Lei da Bandeira Vermelha impôs um limite de velocidade de 4 mph (6.4 km/h) no interior e 2 mph (3.2 km/h) na cidade. Terminava assim a popularidade dos automóveis. Mas alguns entusiastas ainda tinham um, muitas vezes caseiros, como o veículo de Parsons.

Em 31 de agosto de 1869, Mary Ward e seu marido Henry viajavam com os filhos de William Parsons, Richard Clare Parsons e o futuro pioneiro da construção de turbina a vapor, Charles Algernon Parsons, além de Richard Biggs, no carro a vapor construído por William. Mary foi jogada para fora do carro em uma curva da estrada em Parsonstown, atual Birr.[2] Ela caiu sob a roda do veículo e morreu quase que instantaneamente. Quando um médico que morava perto do local do acidente chegou dentro de instantes, ele a encontrou sem vida, machucada e com sangramento nas orelhas. Constatou, então, que a lesão fatal foi causada por um pescoço quebrado.

Homenagem[editar | editar código-fonte]

O microscópio de Mary Ward, seus acessórios, slides e livros estão em exposição na casa de seu marido, no Castelo Ward, Condado de Down. A casa de William Parsons no Castelo de Birr, Condado de Offaly, também é aberta ao público.

Referências

  1. Turner, Gerard L'Estrange. «Ward [née King], Mary [pseud. the Hon. Mrs Ward] (1827–1869), microscopist and author». Oxford Dictionary of National Biography. Oxford University Press. Consultado em 9 de março de 2017 
  2. a b «Appalling Accident: Sudden Death of the Hon. Mrs. Ward». King's County Chronicle. 1 de setembro de 1869  em «Mary Ward 1827-1869». Offaly Historical & Archaeological Society. 9 de fevereiro de 2007. Consultado em 3 de março de 2013. Arquivado do original em 1 de fevereiro de 2010 
  3. McKenna Lawlor, Susan (2013). Whatever Shines Should be Observed: [quicquid nitet notandum]. [S.l.]: Springer. 19 páginas