Medeiros e Albuquerque – Wikipédia, a enciclopédia livre

Medeiros e Albuquerque Academia Brasileira de Letras
Medeiros e Albuquerque
Nascimento 4 de setembro de 1867
Recife
Morte 9 de junho de 1934 (66 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Cidadania Brasil
Ocupação Funcionário público, jornalista, professor, político, contista, poeta, orador, romancista, teatrólogo, ensaísta e memorialista
Prêmios
  • Comendador da Ordem Militar de Cristo
  • Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
Obras destacadas Quando eu era vivo (1942)

José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque ComCComSE (Recife, 4 de setembro de 1867Rio de Janeiro, 9 de junho de 1934) foi um funcionário público, jornalista, professor, político, contista, poeta, orador, romancista, literato, teatrólogo, ensaísta e memorialista brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Joaquim José de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque.

É o autor da letra do Hino da Proclamação da República. Na imprensa, escreveu também sob os pseudônimos Armando Quevedo, Atásius Noll, J. dos Santos, Max, Rifiúfio Singapura. Membro da Academia das Ciências de Lisboa.

A 7 de Junho de 1922 foi feito Comendador da Ordem Militar de Cristo de Portugal e a 19 de Abril de 1940 foi feito Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal.[1]

Obra[editar | editar código-fonte]

Em 1924, Medeiros e Albuquerque publicou um interessante livro intitulado "Tests". Com o subtítulo de "Introdução ao estudo dos meios científicos de julgar a inteligência e a aplicação dos alunos", a pequena obra pretendia trazer para o cenário brasileiro, principalmente para o ensino de psicologia nas escolas normais, o movimento que crescia nos Estados Unidos com relação ao uso de testes psicológicos. O livro de Medeiros e Albuquerque, muito bem referendado bibliograficamente dentro de sua época, introduz o leitor nos testes de inteligência (individuais e coletivos) e discute a utilização do emprego de testes como forma de avaliação aprendizagem. O próprio autor sugere que seu livro seja a primeira publicação brasileira sobre assunto.

Pedagogium[editar | editar código-fonte]

Sabe-se, por exemplo, que em 1897, Medeiros e Albuquerque criou, no Pedagogium , um laboratório de Psicologia Pedagógica, mas que foi combatido e acusado por essas "inovações fantásticas", das quais nada sobrou (Claparède). Também no Rio de Janeiro, Maurício de Medeiros teria instalado e dirigido um pequeno laboratório de Psicologia Experimental na Clinica Psiquiátrica do Hospício Nacional . (Cabral , 1950; Lourenço Filho, 1955; Pessotti, 1975).

De acordo com Schwartzman (1979), o Pedagogium foi criado em 1890, por Benjamin Constant e tinha a finalidade de servir como órgão central de coordenação das atividades pedagógicas do pais. A proposta de criação do Pedagogium remonta ao ano de 1883, quando Antonio Herculano de Souza Bandeira, Inspetor Geral da Instrução Pública na capital do império, propõe, num Congresso de Instrução, falando da organização das escolas normais, que para os professores sem preparo técnico, se criará um estabelecimento especial como o Pedagogium de Viena, onde os atuais professores não vitalícios e os adjuntos, serão obrigados a completar e aperfeiçoar os seus conhecimentos (Moacyr, 1938). Esperava-se que funcionasse como centro de pesquisas educacionais e museu pedagógico mas teve curta duração (Romanelli, 1980). Conforme Lourenço Filho (1955), o laboratório de psicologia que Medeiros e Albuquerque criou no Pedagogium, que foi entregue à Manuel Bonfim. Esse laboratório funcionou por mais de quinze anos, produzindo pesquisas, algumas das quais publicadas na revista Educação e Pediatria.

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Pecados (1889)
  • Canções da decadência (1889)
  • Um homem prático (1898)
  • Mãe Tapuia (1900)
  • Poesias 1893-1901 (1904)
  • Contos escolhidos (1907)
  • Em voz alta (1909)
  • O escândalo (1910)
  • O silêncio é de ouro (1912)
  • Pontos de vista (1913)
  • O regime presidencial no Brasil (1914)
  • Marta (1920)
  • Páginas de crítica (1920)
  • Mistério, (co-autor) (1921)
  • O Hipnotismo (1921)
  • Fim (1921)[2]
  • Graves e fúteis (1922)
  • Teatro meu... e dos outros (1923)
  • Poemas sem versos (1924)
  • O assassinato do general (1926)
  • Por alheias terras... (1931)
  • O umbigo de Adão (1932)
  • Se eu fosse Sherlock Holmes (1932)
  • Parlamentarismo e presidencialismo (1932)
  • Quando eu falava de amor (1933)
  • Minha vida: da infância à mocidade 1867-1934 (2 vols.) (1933/1934)
  • Laura (1933)
  • Surpresas (1934)
  • Segredo conjugal, (co-autor) (1934)
  • Homens e coisas da Academia (1934)
  • Quando eu era vivo... 1867 a 1934 (edição póstuma) (1942).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • AMENDOLA, Marcia Ferreira. ‘”Panorama da História dos Testes Psicológicos no Brasi’”l. Disponível em *[www.canalpsi.psc.br/artigos/artigo12.htm]
  • Medeiros e Albuquerque. ‘” Tests’”. Francisco Alves, (RJ,1924)
  • Rogério Centofanti. ‘” Radecki e a Psicologia no Brasil’” Disponível em: *[1]

Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]

Em 1896 e 1897 compareceu às sessões preliminares de instalação da Academia Brasileira de Letras. É o fundador da cadeira 22, que tem como patrono José Bonifácio, o Moço.

Referências

  1. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Medeiros e Albuquerque". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de março de 2016 
  2. LIvro: edição de Monteiro Lobato & C. - Editores (data na ilustração da capa)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
José Bonifácio, o Moço
(patrono)
ABL - fundador da cadeira 22
1897 — 1934
Sucedido por
Miguel Osório de Almeida
Precedido por
Afrânio Peixoto
Presidente da Academia Brasileira de Letras
1923
Sucedido por
Afrânio Peixoto