Metro Transportes do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre

MTS - Metro Transportes do Sul, S.A.

Veículos da MTS em Cacilhas
Informações
Local border link=AlmadaAlmada
border link=SeixalSeixal
País Portugal Portugal
Tipo de transporte Ferroviário (metropolitano ligeiro)
Número de linhas 3
Número de estações 19
Website www.mts.pt
Funcionamento
Início de funcionamento 2007
Operadora(s) MTS - Metro Transportes do Sul, S.A.
Dados técnicos
Extensão do sistema 13,5 km
Bitola 1435 mm
Metro Transportes do Sul
 
Unknown route-map component "dKBHFa-L lime" Unknown route-map component "dKBHFa-R cerulean"
 Cacilhas Terminal Rodoviário
Universidade 
Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "KBHFa lime" Unknown route-map component "cd" Unknown route-map component "dBHF-L lime" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 25 de Abril
Monte de Caparica 
Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "BHF lime" Unknown route-map component "cd" Unknown route-map component "dBHF-L lime" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 Gil Vicente
Fomega 
Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "BHF lime" Unknown route-map component "cd" Unknown route-map component "dBHF-L lime" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 S. J. Batista
Boa Esperança 
Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "BHF lime" Unknown route-map component "cd" Unknown route-map component "dBHF-L lime" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 Almada
Terminal Rodoviário Pragal 
Unknown route-map component "dKBHFa-L carrot" Unknown route-map component "dBHF-R lime" Unknown route-map component "dBHF-L lime" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 B. Gonçalves
Ramalha 
Unknown route-map component "v-STRlg lime" + Unknown route-map component "vSTRlf- carrot"
Unknown route-map component "mvBHFq_carrot+lime"
Unknown route-map component "vSTRrg- lime" + Unknown route-map component "v-STR cerulean" + Unknown route-map component "vSTR+rf- carrot"
 
 
Unknown route-map component "dBHF-L carrot" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 Cv. Piedade
 
Unknown route-map component "dBHF-L carrot" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 Pq. Paz
Legenda: 
Unknown route-map component "dBHF-L carrot" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 Ant.º Gedeão
Linha 1 
Unknown route-map component "BHFq cerulean" + Unknown route-map component "num1m"
Unknown route-map component "dBHF-L carrot" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 Laranjeiro
Linha 2 
Unknown route-map component "BHFq carrot" + Unknown route-map component "num2m"
Unknown route-map component "dBHF-L carrot" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 Santo Amaro
Linha 3 
Unknown route-map component "BHFq lime" + Unknown route-map component "num3m"
Unknown route-map component "dBHF-L carrot" Unknown route-map component "dBHF-R cerulean"
 Casa do Povo
 
Unknown route-map component "dKBHFe-L carrot" Unknown route-map component "dKBHFe-R cerulean"
 Corroios Terminal Rodoviário
[]      fonte: diagrama oficial
Mapa da Rede

Veículo C003 do MST com destino a Cacilhas na 3.

A Metro Transportes do Sul (mais conhecida por MTS), é a empresa que explora o sistema de transportes públicos fornecido através do denominado metro ligeiro de superfície (Metro Sul do Tejo, MST), nos concelhos de Almada e Seixal, em Portugal. O primeiro troço foi inaugurado em 2007 e a rede atual está em funcionamento desde finais de 2008.

História[editar | editar código-fonte]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ramal do Seixal
Cais de Cacilhas em 1950.

Os primeiros planos para uma ligação ferroviária circular na margem sul da foz do Tejo, intercetando rotas (fluviais e ferroviárias) oriundas da capital, datam da década de 1930. O pouco que foi posto em prática, integrado na rede ferroviária, teve vida breve — o Ramal do Seixal, descativado e demolido em 1970.[1]

MST/MTS[editar | editar código-fonte]

Datam de 1985 as primeiras posições públicas da Câmara Municipal de Almada conducentes ao sistema actual, tendo sido assinado dez anos mais tarde entre o Governo e as autarquias envolvidas (já então incluindo não apenas Almada e Seixal, mas também Barreiro e Moita) um Protocolo para o desenvolvimento do metropolitano ligeiro na margem sul do Tejo,[2] nos Paços do Concelho do Barreiro, a 18 de Abril de 1995. O anteprojeto havia sido elaborado por um consórcio liderado pela empresa francesa Semaly-HP-Pret.[3]

O projeto original é o que está ainda em vigor, tendo sido incorporadas apenas alterações de pormenor no traçado, e o calendário de obras e inaugurações sucessivamente dilatado. As três linhas finalmente construídas em 2007-2008 (rede actual) constam do traçado proposto em 1995, com entradas ao serviço previstas para 1997-1999 no eixo Barreiro-Almada-Pragal. Os atrasos sucedem-se e a obra arranca finalmente apenas em 2002, após novo protocolo assinado em 1999.[3]

Terminal de Cacilhas em 2008, pouco antes da sua entrada ao serviço.

A empresa que ganhou o concurso internacional para exploração do MST por 30 anos foi a Sociedade Concessionária MTS – Metro, Transportes do Sul, SA, cujo principal acionista é o Grupo Barraqueiro / Arriva (que controla também os comboios Fertagus).

O troço entre Corroios e Cova da Piedade foi inaugurado em 30 de Abril de 2007 entrando ao serviço da população em 1 de Maio de 2007. Em 15 de Dezembro de 2007 foi inaugurado o troço entre Cova da Piedade e Universidade. Em 26 de Novembro de 2008, foi inaugurado ao público o troço até Cacilhas.

Publicidade in situ ao primeiro troço, aquando da sua inauguração.

As 2ª e 3ª fases de construção, que preveem o alargamento pelo concelho do Seixal e a ligação aos da Moita (na Baixa da Banheira) e do Barreiro, mantém-se previstas mas suspensas desde 2008. Em 11 de julho de 2017 a Câmara Municipal do Seixal, juntamente com as juntas de freguesia de Amora e Corroios, e a Comissão de Utentes dos Transportes do Concelho do Seixal, organizou uma ação de sensibilização e protesto na EN10.[4]

Em dados de 2015, este sistema de transporte custou 125,5 milhões de euros desde 2005 e a concessão traz encargos anuais de oito milhões de euros.[5]

O veículo C012 esteve envolvido com uma furgonete e um automóvel ligeiro num acidente com descarrilamento na manhã de 28 de Maio de 2019, na Avenida 23 de Julho, ao Laranjeiro, registando-se seis feridos ligeiros; as causas da ocorrência foram dadas a investigar ao Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários.[6]

Características da via[editar | editar código-fonte]

Aspecto da linha junto à paragem Universidade, no separador central da rodovia.

As vias do MST correm em separado do trânsito rodoviário, ainda que quase sempre em paralelo com a rodovia — tanto lateral como centralmente. Têm apenas cruzamentos de nível com o tráfego rodoviário, com prioridade para os veículos do metro ligeiro; o sistema integrado de localização do veículo permite que este tenha prioridade nos cruzamentos de nível com as ruas ao sinalizar-se a semáforos programados para o efeito[carece de fontes?].

Paragem Boa Esperança (linha 3, em 2020: Carris em via dupla, paralelos à rodovia e dela segregados.

Toda a rede apresenta um par de vias paralelas, permitindo dupla circulação — que é habitualmente efetuada pela direita. Além do parque de manobras no depósito em Corroios, existem dois pontos da rede com mais que duas vias paralelas (Pragal e Corroios-Estação), vários aparelhos de mudança de via isolados, e um segmento de via única sem saída na direção da expansão proposta em Corroios.

As vias são encastradas no pavimento e têm a face interior dos carris (aonde encaixam as golas das rodas) a uma distância de 1435 mm (bitola internacional, idêntica à dos metropolitanos de Lisboa e do Porto).

Toda a rede é provida de alimentação elétrica feita, como habitual neste tipo de transporte, por cabo metálico nu suspenso sobre a via de fiação esticada isolada em de postes erigidos para o efeito, a 750 V em corrente contínua.[7]

As plataformas contam com uma altura bastante reduzida, tornando o seu acesso fácil e sem necessidade de grandes infraestruturas.[carece de fontes?]

Linhas[editar | editar código-fonte]

Diagrama
Universidade
Trafaria
(proj.[3])
Costa da Caparica
(proj.) ∥ Atlântico
Minicomboio
F.te Telha (dem.)
Universidade
(prev. “U. da Caparica” [8])
EN377-1
× EN377-1
∥ Al. Timor Lorosae
Monte da Caparica
× Tv. Granja ∥ Al. Timor Lorosae
∥ Al. Timor Lorosae
× Av. Torr. Silva
Fomega
Fomega
× Av. Torr. Silva
∥ Av. Torr. Silva
Boa Esperança
Boa Esperança
∥ Av. Torr. Silva
× Av. Torr. Silva, R. S. Lourenço P.
× Av. Cardoso Pires
Pragal Terminal Rodoviário
Pragal Terminal Rodoviário
Linha do Sul
× Av. Jorge Peixinho
× A2
Ramalha
Ramalha
Cacilhas Terminal Rodoviário
(proj.[3])
25 de Abril
25 de Abril
(prev. “Canecão” [8])
Gil Vicente
Gil Vicente
CCILALMD
S. J. Baptista
S. J. Baptista
(prev. “Fórum Cultural” [8])
Almada
Almada
prev. “C.M.Almada” [8])
Bento Gonçalves
Bento Gonçalves
(prev. “Mendes Pinto” [8])
Cova da Piedade
× acesso IC20
∥ acesso IC20
(viaduto comum)
× Av. Hq. Barbeitos
∥ Av. 23 Julho
(proj.[3])
∥ Av. 23 Julho = EN10
Parque da Paz
├ R. M.ª Lamas
× R. M. Noronha ∥ Av. 23 Julho = EN10
António Gedeão
António Gedeão
(prev. “Alfeite[8])
Bento Gonçalves
(prev.[8])├ R. Álamos
├ R. J. C. Melo
Laranjeiro
Laranjeiro
∥ R. 38
× R. Borges Rego
× Pç. Lopes Graça ├ R. D. Duarte
∥ Av. 23 Julho = EN10
∥ Av. 23 Julho = EN10 × R. M. Portugal
∥ R. Artur Semedo ⇡ALMSXL
Miratejo
Miratejo
(prev.[8]) ∥ Av. 25 Abril = EN10
∥ R. Luís Piçarra
Santo Amaro
Santo Amaro
× Av. Arsenal Alfeite
× R. C. Povo
Casa do Povo
Casa do Povo
× R. C. Povo
├ R. Leiria ∥ Av. 25 Abril = EN10
├ Av. 25 Abril = EN10
EN10 (proj. 1995[3])
× jardim
× R. Lisboa
┤ Av. V. Milhaços
∥∥ R. Mário Castrim
∥ R. Estação ×├ R. Mário Castrim
Linha do Sul
Corroios Terminal Rodoviário
Corroios Terminal Rodoviário
Linha do Sul
Tunes
× R. Mário Castrim
× Av. 25 Abril = EN10
EN10 (proj. 1995[3])
ciclovia
┤ R. Bento Gonçalves
┤ R. Bento Gonçalves
PMO MTS
PMO MTS
acesso PMO MTS
∥ Av. 25 Abril = EN10ciclovia
Talaminho
(proj.[8])
(proj.2001[8])
Foros de Amora
(proj.[8])
Cruz de Pau
(proj.[8])
(proj.2001[8])
Paivas
(proj.[8])
Amora
(proj.[8])
Correr de Água
(proj.[8])
Fogueteiro
(proj.[8])
Fogueteiro C.F.
(proj.[8])
Torre da Marinha
(proj.[8])
Arlindo Vicente
(proj.[8])
Arrentela
(proj.[8])
Cavaquinhas
(proj.[8])
Centro Cívico / Mundet
(proj.[8])
(proj.2001[8])
(proj.2001[8])
Seixal
(proj.[8])
Estaleiros / Seixal T.Fl.
(proj.[8])
(proj.2001[8])
× Rio Judeu (proj.) ⇡SXLBRR
Barreiro T.Fl.
(proj.[8])
Linha do Alentejo
Barreiro
(proj.[8])
Seixalinho
(proj.[8])
Lavradio
(proj.[8])
BRRMTA
Moita
(proj.)
Cores das linhas:
Linha e
cor atual
usadas anteriormente
[9] [8] (wp)
1: azul vermelha verde azul
2: amarela azul laranja vermelha
3: verde verde azul amarela
Ver artigos principais: Linha 1 (MTS), Linha 2 (MTS) e Linha 3 (MTS)

O MST tem três “linhas” de exploração comercial (azul = 1, amarela = 2, e verde = 3) circulando numa rede em forma de "Y" com um triângulo central e três braços estendendo-se respetivamente para sul (Corroios), oeste (Caparica), e nordeste (Cacilhas); cada linha usa, total ou parcialmente, dois dos três braços desta topologia. Apresenta esta rede um total de 19 paragens e uma extensão total de 13,5 km.[10]:

Todas as paragens da rede (com exceção de Bento Gonçalves) têm correspondência com paragens de autocarro da Carris Metropolitana, havendo pontos intermodais em Cacilhas, com o transporte fluvial (Terminal Fluvial de Cacilhas), em Corroios, com o transporte ferroviário (Estação Ferroviária de Corroios), e no Pragal, também com o transporte ferroviário (Estação Ferroviária do Pragal).[11]

Existem planos de prolongamento da rede, nomeadamente do Seixal a outros concelhos da Margem Sul.[12]

Frota[editar | editar código-fonte]

Veículo do MST na paragem Laranjeiro, equipada com sinalização passiva de passagem para peões.

Os 24 veículos do “metro ligeiro” MST foram numerados de C001 a C024. A libré dos veículos é azul escuro e branco, cores dominantes também no logótipo da empresa.

São elétricos articulados de quatro segmentos, do modelo Combino Plus fabricado pela Siemens (maior que os articulados da Carris de Lisboa, também Siemens, e menor que os eurotrams do Metro do Porto). A sua velocidade máxima é 70 km/h.

Transportam entre 225 e 300 pessoas, 74 das quais sentadas; têm espaços reservados para cadeiras de rodas e carrinhos de bebé e dispõem de ar condicionado. O piso é 100% rebaixado, com uma altura de 30 cm acima do solo ao longo de todo o veículo.

Referências

  1. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1101). 19 páginas. 1933. Consultado em 2 de Maio de 2010  (sobre a ligação Cacilhas-Caparica)
  2. fac simile
  3. a b c d e f g António VITORINO: “Metro vai chegar à Margem Sul” Sul Expresso 1995.03.29 (ver fac simile; mapa; enquadramento)
  4. CMS: “Seixal - Construção da 2.ª e 3.ª fases do Metro Sul do Tejo Ligará os quatro concelhos: Almada, Seixal, Barreiro e MoitaRostos 2017.07.07
  5. «Concessões na Fertagus e Metro Sul do Tejo já custaram 202,5 milhões ao Estado» 
  6. João TAVARES: “Colisão de metro e carros fere seis” Correio da Manhã (2019.05.29): p.13
  7. Der weltweite Markt für Light-Rail-Vehicles : Märkte – Beschaffungen – Hersteller – Trends Arquivado em 4 de outubro de 2013, no Wayback Machine.: 8. SCI Verkehr GmbH: Köln, 2008.09
  8. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag Mapa-diagrama disponibilizado no sítio oficial da C. M. Seixal em documento pdf Arquivado em 25 de maio de 2013, no Wayback Machine. modificado a 2008.02.28, com dados pré-inauguração (cores de linhas e nomes de estações).
  9. Mapa do projeto original: [1] [2] [3]
  10. Metro em pleno. Comunicado da C.M.A. à imprensa; 2008.12.05 (original arquivado).
  11. Diagrama da rede no sítio oficial Arquivado em 28 de dezembro de 2008, no Wayback Machine.
  12. Rito, Francisco Alves. «Costa anuncia expansão do Metro Sul do Tejo e duas novas pontes». PÚBLICO. Consultado em 30 de março de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Metro Transportes do Sul