Movimento ao Socialismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Movimento ao Socialismo
Movimiento al Socialismo - Instrumento Político por la Soberanía de los Pueblos
Movimento ao Socialismo
Presidente Evo Morales
Fundação 23 de julho de 1997
Sede La Paz,  Bolívia
Ideologia Socialismo[1]
Socialismo do século XXI[2]
Indigenismo[3]
Anti-imperialismo[3]
Anticapitalismo[4]
Espectro político Esquerda à extrema-esquerda[5][6][7]
Afiliação internacional Foro de São Paulo
Aliança Progressista
Câmara dos Deputados
75 / 130
Senado
21 / 36
Cores       Azul

O Movimento ao Socialismo — Instrumento Político para a Soberania dos Povos (em espanhol: Movimiento al Socialismo - Instrumento Político por la Soberanía de los Pueblos, abreviado MAS-IPSP), ou simplesmente Movimento ao Socialismo (MAS), é um partido político socialista boliviano.[8]

Histórico[editar | editar código-fonte]

O MAS tem suas origens na organização dos cocaleros da região do Chapare, sob a liderança de Evo Morales. Em 1995, diversas organizações camponesas se uniram na Assembléia pela Soberania dos Povos (ASP). Sem conseguir o número de asinaturas necessário para a formalização do partido, o grupo de Morales acabou se filiando à Izquierda Unida (IU) para as eleições de 1997. Eleito deputado, Morales deixou a IU em 1999 e assumiu o comando do Movimiento al Socialismo-Unzanguista (MAS-U),[9] sigla que havia sido fundada pelo empresário David Añez Pedraza em 1987.[10][11]

Nas eleições legislativas de 2002, a candidatura de Morales à presidência da Bolívia ficou em segundo lugar, perdendo para Gonzalo Sánchez de Lozada. No mesmo ano o jovem partido obteve 27 das 130 cadeiras do Parlamento. Dois anos depois, nas eleições municipais de 2004, os candidatos a prefeito do MAS venceram em dois terços dos municípios da zona rural. Nas eleições presidenciais de 2005, Morales elegeu-se presidente.[12]

Resultados eleitorais[editar | editar código-fonte]

Eleições gerais[editar | editar código-fonte]

Data CI. Candidato

apoiado

Votos % +/- Deputados +/- Senadores +/- Status
2002 2.º Evo Morales 581 884
20,9 / 100,0
27 / 130
8 / 27
Oposição
2005 1.º Evo Morales 1 544 374
53,7 / 100,0
Aumento32,8%
72 / 130
Aumento45
12 / 27
Aumento4 Governo
2009 1.º Evo Morales 2 943 209
64,2 / 100,0
Aumento10,5%
88 / 130
Aumento16
26 / 36
Aumento14 Governo
2014 1.º Evo Morales 3 173 304
61,4 / 100,0
Baixa2,8%
88 / 130
Estável
25 / 36
Baixa1 Governo
2019 1.º Evo Morales 2 889 359
47,08 / 100,0
Baixa14,32%
67 / 130
Baixa21
21 / 36
Baixa4 Anulada
2020 1.º Luis Arce 3 393 978
55,10 / 100,0
Aumento8,02%
75 / 130
Aumento8
21 / 36
Estável Governo

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. Anria, Santiago (2021). Rosenblatt, Fernando; Vommaro, Gabriel; Luna, Juan Pablo; Rodríguez, Rafael Piñeiro, eds. «Bolivia's Movement toward Socialism: A Political Party Based on and Anchored in Social Movements». Cambridge: Cambridge University Press: 70–92. ISBN 978-1-316-51318-7. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  2. «Evo Morales participó en 2006 en el Programa de Transición al Socialismo del Siglo XXI. Superar el capitalismo con el Socialismo del Siglo XXI | La Época- Con sentido de momento histórico». web.archive.org. 31 de outubro de 2019. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  3. a b Quiroga, María Virginia (2012). «A identidade política do MAS-IPSP na Bolívia: Tradições, demandas e antagonismos». Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília (ICS-UnB). Pós - Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais. 11. Consultado em 8 de novembro de 2022 
  4. «Estatuto Orgánico del MAS-IPSP». MAS-IPSP (em espanhol). Consultado em 11 de agosto de 2023 
  5. «The Far-Left Wins Back Power in Bolivia. What Does That Mean for the Country's Future?». Time (em inglês). 20 de outubro de 2020. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  6. «Bolivia's Morales positioning himself as victim to run in 2025 elections -observers | The Rio Times». web.archive.org. 1 de agosto de 2021. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  7. https://www.facebook.com/FRANCE24.English (10 de março de 2009). «Morales expels US diplomat for 'conspiring'». France 24 (em inglês). Consultado em 11 de agosto de 2023 
  8. LEVITSKY, Steven; ROBERTS, Kenneth M. The Resurgence of the Latin American Left. JHU Press, 2013. Página 239 (em inglês)
  9. VIANA, João Paulo Saraiva Leão; MIGUEL, Vinícius Raduan. Bolívia: ascensão indígena ao poder e o Movimento ao Socialismo (MAS). Página 96
  10. Fallece fundador y presidente vitalicio del partido de Evo Morales. El País, 20 de outubro de 2010
  11. CORONADO, Cristian. Pasado, presente y futuro de los partidos étnicos en Bolivia. Rev Cien Cult [online]. 2011, n.26 (em espanhol)
  12. EITZINGER, Manuel. Evo Morales y su Movimiento al Socialismo: ¿Populismo étnico, nacionalismo reformado?. GR Historia del populismo latinoamericano en el siglo XX – Teoría y práctica. Página 4 (em espanhol)