Museu Nacional da Coreia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Museu Nacional da Coreia
Museu Nacional da Coreia
Tipo museu nacional
Inauguração 1945 (79 anos)
Visitantes 3 354 161, 1 262 562
http://www.museum.go.kr/site/eng/home, http://www.museum.go.kr/site/jpn/home, http://www.museum.go.kr/site/chn/home Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 37° 31' 26" N 126° 58' 49" E
Mapa
Localização Yongsan-gu - Coreia do Sul


Bodhisattva contemplativo, século VII, Tesouro Nacional da Coreia nº 83 e uma das peças mais apreciadas pelo público.
Yi Hancheol e Yu Sook: Retrato de Heungseon Daewongun, 1869.

O Museu Nacional da Coreia é o principal museu de arte e história da Coreia do Sul. Está localizado em Seul, no Parque da Família Yongsan. Seu acervo é formado por mais de 190 mil peças, e sua sede monumental, projetada por Chang-Il Kim em uma arquitetura moderna, mas inspirada nas antigas fortalezas coreanas, o torna o maior museu da Ásia e o sexto maior museu do mundo em área construída, tendo sido projetado para resistir a fogo e terremotos de magnitude 6 na escala Richter. Toda a sua museografia também é desenhada para resistir a abalos sísmicos, evitando danos às peças expostas.

História[editar | editar código-fonte]

O Museu nasceu com a instalação em 1908 das coleções da Casa Imperial no Palácio Changgyeonggung, por ordem de Sunjong, o último imperador da dinastia Joseon, constituindo o primeiro museu a ser fundado na Coreia. Contando com o patrocínio imperial, o museu pôde iniciar uma série de aquisições de arte budista. O museu abriu ao público em 1909, ao mesmo tempo em que um jardim zoológico e um jardim botânico eram inaugurados no parque.

Durante a ocupação japonesa o museu foi rebatizado Museu da Casa Real Yi, e o governo japonês organizou a Feira de Produtos no Palácio Gyeongbokgung, que posteriormente viria a ser a sede do Museu do Governo Geral Japonês, com peças de arte e arqueologia, ocupando não só o Palácio Gyeongbokgung mas também uma série de outras alas e galerias anexas, e incorporando outras coleções históricas e artísticas da Coreia, sendo usado principalmente como parte da propaganda do governo de ocupação e não como centro de cultura.

Depois da II Guerra Mundial a coleção reunida pelo governo japonês foi reorganizada, assumindo o nome de Museu Nacional da Coreia, abrindo ao público ainda em 1945. No ano seguinte iniciou um programa de escavações arqueológicas, enquanto a Coleção da Casa Real Yi abria com o nome de Museu Deoksugung. Durante a Guerra da Coreia as 20 mil peças da sua coleção foram transferias para Busan a fim de garantir sua preservação, voltando a Seul em 1953 e sendo instaladas nos palácios Gyeongbokgung e Deoksugung, e para lá foram levados também os acervos do Museu Nacional do Folclore e do Museu Municipal Incheon.

Na década de 1960 o Museu Nacional iniciou um programa de itinerância de parte de sua coleção por várias capitais europeias e os Estados Unidos, com grande sucesso, o que contribuiu para aumentar o prestígio da instituição e fortalecê-la para um período de novo crescimento, principalmente após a devolução de um grande número de objetos confiscados pelo governo japonês e removidos do país, e com o acréscimo da coleção depositada no Museu Deoksugung.

Em uma fase de expansão, com a criação de novos laboratórios, programas de pesquisas, expedições de prospecção arqueológica e atividades multidisciplinares, na década de 1970 o museu inaugurou uma nova sede no complexo do Palácio Gyeongbokgung. A crescente importância do Museu Nacional nesta fase influenciou a criação de diversos outros museus regionais.

Em 1986 o Museu Nacional mudou-se para o antigo edifício do governo colonial japonês, Jungangcheong, possibilitando uma expansão e reorganização de suas coleções, bem como uma modernização em seus equipamentos e a criação de diversos outros programas educativos e científicos. A esta altura o Museu Nacional já possuía mais de 190 mil obras. Ali permaneceu até a demolição do edifício em 1995 e a construção da sede atual, reabrindo em 2005.

Vista parcial da sede atual do museu.

Organização[editar | editar código-fonte]

A sede atual do Museu Nacional tem uma organização simbólica: a ala leste representa o passado, e a ala oeste significa o futuro. Seu primeiro piso abriga a Galeria Arqueológica, com cerca de 4 mil artefatos que datam desde o Paleolítico até à era Balhae, e a Galeria Histórica, com importante documentação e mapas, distribuídos em salas temáticas que formam um grande painel sobre a vida da Coreia.

O segundo pavimento é o local de exibição de peças de arte, organizadas nas salas de Pintura, Caligrafia, Pintura Budista e Arte em Madeira, e das doações, com mais de mil itens em caráter de miscelânea.

O terceiro piso tem uma outra Galeria de Arte, dedicada à escultura budista da Coreia e artes aplicadas, com as salas dedicadas ao Celadon, Metais, Porcelana Branca, Escultura Budista e Cerâmica Buncheong. No mesmo piso está instalada a Galeria de Arte Asiática, estabelecendo paralelos entre a arte de outros países do Oriente, incluindo exemplos da influência ocidental recebida através da Rota da Seda, e a arte produzida na Coreia. O Museu também reserva espaços para exposições temporárias de obras classificadas como Tesouro Nacional provenientes de museus regionais e da Coreia do Norte.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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