Nossa Senhora de Međugorje – Wikipédia, a enciclopédia livre

Nossa Senhora de Međugorje
Nossa Senhora de Međugorje
Estátua de Nossa Senhora de Međugorje, Rainha da Paz.
Rainha da Paz
Venerada pela Igreja Católica (informalmente)
Principal igreja Igreja de São Tiago em Međugorje, na Bósnia e Herzegovina.
Festa litúrgica 25 de Junho
"Rezai ao Espírito Santo para que desça sobre cada um de vós. As pessoas rezam de um modo errado: pedem [apenas] graças materiais. Poucos pedem o Dom do Espírito Santo. Mas aqueles que recebem o Espírito Santo, recebem tudo".
Nossa Senhora Rainha da Paz

Nossa Senhora de Međugorje, também conhecida como Rainha da Paz, é a invocação dada à aparição da Virgem Maria relatada pela primeira vez a 24 de Junho de 1981 por seis crianças de origem croata da vila de Međugorje, na Bósnia e Herzegovina, à época República Socialista Federativa da Jugoslávia.[1]

As aparições[editar | editar código-fonte]

Estátua de Nossa Senhora de Međugorje, Rainha da Paz, no local da primeira aparição.
A colina das aparições (ou Monte Podbrdo), à noite

No dia 24 de Junho de 1981, Mirjana Dragicevic e Ivanka Ivankovic relataram ter recebido uma aparição da Virgem Maria na vila de Međugorje. No dia seguinte, outras quatro crianças (Marija Pavlovic, Jakov Colo, Vicka Ivankovic e Ivan Dragicevic) também relataram ter observado a mesma aparição. Nos anos seguintes, os seis videntes continuaram sempre a relatar aparições da Virgem Maria diariamente, e isto à medida que Međugorje se tornava num famoso local de peregrinação cristã.

Veneração[editar | editar código-fonte]

Estátua de Nossa Senhora, Rainha da Paz, em frente ao Santuário de Međugorje.

Estima-se que dois milhões de pessoas viajem anualmente à vila de Međugorje, em busca do conforto espiritual e das graças de Nossa Senhora, intitulada Rainha da Paz. No Brasil, a fé na Virgem da Bósnia já é compartilhada por cerca de um milhão de fiéis.[1] De Portugal e de Espanha partem também, anualmente, dezenas de peregrinações para prestar devoção a Nossa Senhora de Međugorje.

Controvérsias e posição da Santa Sé[editar | editar código-fonte]

No início de 2008, o Papa Bento XVI ordenou que o líder espiritual das aparições, o padre franciscano Tomislav Vlasic fosse confinado em um mosteiro da Ligúria, na Itália e proibido de exercer suas funções eclesiásticas até que se concluisse a análise do processo contra ele. Vlasic foi acusado de "manipulação de consciências", heresia, "doutrina dúbia" e imoralidade sexual, crimes que são previstos pelo código canônico. Seis anos depois de sua ordenação sacerdotal, em 1976, ele teria engravidado uma freira chamada Rufina. O padre então a convenceu a ir para a Alemanha, evitando assim o escândalo. Rufina partiu com a promessa do padre de que se juntaria a ela assim que abandonasse o sacerdócio, o que nunca aconteceu. Segundo especialistas do Vaticano, se a Santa Sé colocou sob suspeita a idoneidade do padre Vlasic, estaria também colocando sob suspeita a veracidade das aparições de Međugorje.[1]

Segundo declarações do então porta-voz da Santa Sé Federico Lombardi, o Vaticano manteria uma posição reservada sobre o assunto, não aprovando nem desaprovando as aparições em Medjugorje.[1]

Referências

  1. a b c d LOPES, Adriana Dias (10 de dezembro de 2008). «A Virgem sob suspeita». Revista Veja. Consultado em 25 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2008 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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