Os Pastores da Noite – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura pelo filme de 1975, dirigido por Marcel Camus e estrelado por Antonio Pitanga, veja Os Pastores da Noite (filme). Se procura pela minissérie de 2002, veja Pastores da Noite.
Os Pastores da Noite
Autor(es) Jorge Amado
Idioma Português
País  Brasil
Gênero Literatura do Brasil, Romance
Localização espacial Bahia de Todos os Santos
Arte de capa Aldemir Martins
Editora Martins
Formato 21 cm
Lançamento 1964
Páginas 320
Cronologia
Os velhos marinheiros ou o capitão de longo curso
Dona Flor e Seus Dois Maridos

Os Pastores da Noite é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, membro da Academia Brasileira de Letras, publicado em 1964. A história se passa na Bahia de Todos os Santos.
Escrito entre 1963 e 1964, Os Pastores da Noite reúne três narrativas diferentes onde os mesmos personagens se movem autónomos, e as histórias se podem ler independentemente. O cenário são as ruas antigas e as ladeiras de Salvador, o porto, os terreiros do candomblé e as rodas de capoeira, por onde diversos personagens e existências se vão cruzando, com as suas alegrias e angústias de vida. São criaturas da noite baiana, desamparadas e genuínas, descritas com paixão e vigor.[1]

Narrativas[editar | editar código-fonte]

Personagens[editar | editar código-fonte]

  • Cabo Martim - Martim José da Fonseca, o melhor jogador de cartas de baralho marcados com fama de mulherengo, recém-casado com Marialva
  • Otália - prostituta de 16 anos recém-chegada ao castelo de Tibéria vindo de Bomfim, torna-se infeliz quando tem as malas roubadas
  • Jesuíno Galo Doido - o velho de cabeleira grisalha, muito amante da cachaça. É orixá de candomblé.
  • Marialva - perturbante esposa de Martim, de grande beleza, faz tudo para o manter longe das más companhias. Tem um sinal preto no ombro.
  • Dalva - amorosa amante do cabo Martim
  • Pé-de-Vento - sempre acompanhado por uma ratinha branca amestrada, muito amante das mulatas legítimas
  • Negro Massu - sujeito musculoso, levava a vida fazendo pequenos fretes
  • Eduardo Ipicilone -
  • Curió - sedutor camelô profissional, é irmão de santo de Martim, seu amigo de peito, se apaixona fácil. Tem olho pisado.
  • Tibéria - mulata gorda de 60 anos, governa um negócio de prostituição no castelo como se fosse uma mãezinha
  • Madame Beatriz - cartomante farsante
  • Zico Cravo na Lapela - pai de muitos filhos pequenos.
  • Dona Filó - vive da exploração dos 8 filhos de pais diferentes, desdentada, o retrato da pobreza.
  • Jacó Galup - jornalista do jornal Gazeta de Salvador
  • José Perez ou Pepe das Oitocentas - galego proprietário do Mata Gato
  • Airton Melo - diretor do jornal Gazeta de Salvador
  • Albuquerque - chefe da polícia que quer perseguir o jogo
  • Otávio Lima - industrial e rei do jogo no Estado
  • Alonso - dono do botequim

Tradução[editar | editar código-fonte]

O livro foi traduzido para o francês pelo escritor belga Conrad Detrez.

Adaptações[editar | editar código-fonte]

Um dos seus trechos - "Compadre de Ogum" - ganhou existência independente e foi adaptado para televisão e como parte de Os Pastores da Noite para o cinema.[2]

Referências

  1. Amado, Jorge (1999). Os Pastores da Noite/Dona Flor e seus dois maridos. Publicações Dom Quixote, contra-capa.
  2. Companhia das Letras O compadre de Ogum
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