Otto von Bismarck – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Otto von Bismarck
Otto von Bismarck
Otto von Bismarck
1.º Chanceler da Alemanha
Período 21 de março de 1871
a 20 de março de 1890
Monarca Guilherme I (1871–1888)
Frederico III (1888)
Guilherme II (1888–1890)
Sucessor(a) Leo von Caprivi
9.º Ministro-Presidente da Prússia
Período 9 de novembro de 1873
a 20 de março de 1890
Monarca Guilherme I (1873–1888)
Frederico III (1888)
Guilherme II (1888–1890)
Antecessor(a) Albrecht von Roon
Sucessor(a) Leo von Caprivi
Período 23 de setembro de 1862
a 1 de janeiro de 1873
Monarca Guilherme I
Antecessor(a) Adolf zu Hohenlohe-Ingelfingen
Sucessor(a) Albrecht von Roon
Chanceler da Confederação da Alemanha do Norte
Período 1 de julho de 1867
a 21 de março de 1871
Presidente Guilherme I
Antecessor(a) Posto estabelecido
Sucessor(a) Posto abolido
Dados pessoais
Nascimento 1 de abril de 1815
Schönhausen, Prússia
Morte 30 de julho de 1898 (83 anos)
Aumühle, Schleswig-Holstein, Império Alemão
Progenitores Mãe: Wilhelmine Luise Mencken
Pai: Karl Wilhelm von Bismarck
Esposa Johanna von Puttkamer (1847–1894)
Filhos(as) Marie
Herbert
Wilhelm
Partido Sem partido
Religião Luteranismo
Assinatura Assinatura de Otto von Bismarck

Otto Eduard Leopold von Bismarck-Schönhausen, Príncipe de Bismarck, Duque de Lauenburg (Schönhausen, 1 de abril de 1815Aumühle, 30 de julho de 1898) foi um nobre, diplomata e político prussiano e uma personalidade internacional de destaque do século XIX.

Otto von Bismarck, o chanceler de ferro, foi o estadista mais importante da Alemanha do século XIX. Coube a ele lançar as bases do Segundo Império, ou 2º Reich (1871-1918), que levou os países germânicos a conhecer pela primeira vez na sua história a existência de um Estado nacional único. Para unificar a Alemanha, Bismarck desprezou os recursos do liberalismo político, preferindo a política da força,[1] assim como tomou firmes atitudes anticlericais contra a Igreja católica numa política que ficou conhecida por Kulturkampf (luta pela cultura).

Política[editar | editar código-fonte]

Enquanto primeiro-ministro do reino da Prússia (1862-1890), unificou a Alemanha, depois de uma série de guerras, tornando-se o primeiro chanceler (1871-1890) do Império Alemão.

De início extremamente conservador, aristocrata e monarquista, Bismarck lutou contra o crescente movimento social democrata na década de 1880 ao tornar ilegais várias organizações e ao instituir, de forma pragmática, a lei de acidentes de trabalho, o reconhecimento dos sindicatos, o seguro de doença, acidente ou invalidez entre outras, convencido de que só com a ação do Estado na resolução destes problemas se poderia fazer frente às novas ideias políticas. Tornou-se conhecido como o "Chanceler de Ferro" (Eiserner Kanzler).

A política de Bismarck pautou-se pelo nacionalismo e pelo militarismo. As guerras contra a Dinamarca, Império Austríaco e depois contra a França asseguraram a unificação da Alemanha em torno de um regime militarista. Alguns historiadores observam que devido ao regime autoritário de Bismarck a democracia alemã posteriormente na república de Weimar falharia, iniciando-se o regime nazista.

Infância[editar | editar código-fonte]

Otto von Bismarck nasceu em 1 de abril de 1815 na propriedade de sua família abastada, situada na Prússia, tendo sido o quarto filho de seu pai, Karl Wilhelm Ferdinand von Bismarck, um proprietário imobiliário junker e ex-oficial prussiano,[2] e sua mãe, Wilhelmine Luise Mencken, uma filha bem-educada de um alto funcionário do governo em Berlim. O nome e a família de Bismarck estavam entre os mais antigos da região.[3] A. J. P. Taylor mais tarde comentou sobre a importância desta dupla herança: apesar de Bismarck parecer fisicamente com seu pai e aparentar ser um junker prussiano para o mundo exterior — uma imagem que muitas vezes ele incentivou vestindo uniforme militar, mesmo que não fosse um oficial regular — ele também foi mais cosmopolita e altamente educado do que era normal para os homens de tal formação. Falava e escrevia fluentemente inglês,[4] francês[4] e russo.[5] Quando jovem, costumava citar Shakespeare ou Byron em cartas a sua esposa.

A juventude[editar | editar código-fonte]

Bismarck com 21 anos de idade (1836)

Bismarck foi educado nas escolas secundárias Friedrich-Wilhelm e Graues Kloster. De 1832 a 1833, estudou Direito na Universidade de Göttingen,[6] onde foi um membro da Corps Hannovera Göttingen, uma corporação de estudantes, antes de se matricular na Universidade Humboldt de Berlim (1833-35).

Embora em Göttingen, Bismarck tornou-se amigo ao longo da vida de um estudante norte-americano, John Lothrop Motley, que descreveu Bismarck como Otto v. Rabenmark em sua novela a Esperança de Morton, ou as Memórias de um Provincial (1839). Motley se tornou um eminente historiador e diplomata.

Bismarck desejava se tornar um diplomata, mas começou a sua formação prática como um advogado em Aachen e Potsdam e logo renunciou, após ter colocado sua carreira em risco por cortejar sem prévio consentimento duas moças inglesas, primeiro Laura Russell, sobrinha do Duque de Cleveland, e em seguida Isabella Loraine-Smith, filha de um rico clérigo. Bismarck não conseguiu se casar com qualquer uma delas. Também serviu no exército durante um ano e tornou-se um oficial da Landwehr (reserva), antes de retornar para administrar as propriedades da família em Schönhausen após a morte de sua mãe, quando ele estava com vinte e poucos anos.

Primeiro-ministro[editar | editar código-fonte]

Otto von Bismarck como Primeiro-Ministro do reino da Prússia

Depois de estudar Direito nas universidades de Göttingen e de Berlim, trabalhou por pouco tempo como administrador judicial em Aachen. Em 1847 conquistou uma cadeira no Landtag da Prússia onde gravitou no grupo ultraconservador liderado pelos irmãos Gerlach.[7] Três anos mais tarde, participou como representante da Prússia na Dieta de Frankfurt, onde se destacou por suas ideias conservadoras e antiaustríacas. Depois foi sucessivamente embaixador em São Petersburgo e Paris,[8] onde conheceu o imperador Napoleão III. Retornou a Berlim em 1862 e foi nomeado por Guilherme I primeiro-ministro da Prússia, posto no qual se dedicou por inteiro à tarefa de forjar a unificação alemã. Guilherme I preparava-se para abdicar em 1862 e voltou-se para Bismarck como sua última esperança de manter a supremacia junker.[9]

Quando foi primeiro-ministro do reino da Prússia, unificou a Alemanha.

A Unificação[editar | editar código-fonte]

Bismarck soube conciliar o interesse da crescente burguesia industrial com os junkers. Sua estratégia pautou-se em explorar o nacionalismo alemão para isolar e excluir a Áustria da Confederação Germânica por meio da estratégia de envolvimento em guerras.

Em 1864, reivindicando a anexação dos ducados de Holstein e Slevig, de colonização germânica, mas sob domínio dinamarquês, Prússia e Áustria se uniram contra a Dinamarca, dividindo os territórios anexados. Holstein ficou sob administração austríaca e Slevig, prussiana.

Na sequência, em 1866, Bismarck provocou uma nova situação bélica, desta vez contra a Áustria, ao criticar o tratamento austríaco dado à população germânica de Holstein. A Guerra Austro-Prussiana (1866) ou Guerra das Sete Semanas foi articulada diplomaticamente por Bismarck junto à Itália e à França de Napoleão III. À Itália interessava a derrota da Áustria, para que pudesse anexar o território de Venécia, que estava sob domínio austríaco na península Itálica. A França prometeu neutralidade em troca de compensações territoriais.

Quadro de Wilhelm Camphausen (1818–85) mostrando Napoleão III e o Príncipe de Bismarck na manhã seguinte à Batalha de Sedan
Napoleão III — derrotado e feito prisioneiro — e Bismarck após a Batalha de Sedan, último conflito no processo de unificação alemã

Derrotada, a Áustria saiu da Confederação Germânica, sendo então dissolvida. Em substituição à Confederação Germânica, foi criada a Confederação da Alemanha do Norte, sob a presidência de rei Guilherme I. Porém, a unificação alemã não estava completa. Quatro estados do sul permaneciam independentes e não reconheciam a autoridade prussiana. A França, por sua vez, não admitia a unificação alemã por temer a emergência de uma nova e forte nação nas suas fronteiras, além do que exigia compensações territoriais pela sua neutralidade durante a Guerra Austro-Prussiana.

Bismarck, habilmente, buscou aliança com os quatro Estados do Sul em caso de agressão francesa em busca das compensações territoriais reivindicadas.

Em 1869, o trono espanhol ficou vago, e deveria ser ocupado por Leopoldo de Hohenzollern, primo de Guilherme I, o “Despacho de Ems”, divulgado pela imprensa, com a nítida intenção de intrigar todos os estados germânicos contra a França e concluir a unificação alemã.

A declaração de guerra francesa confirmou as intenções de Bismarck. Os estados do sul uniram-se aos estados da Confederação da Alemanha do Norte na luta contra a França.

Na Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), Napoleão III foi derrubado e aprisionado em 1870, na Batalha de Sedan, seguido da completa derrota francesa em janeiro de 1871 quando Thiers, governante francês, assinou o armistício.

Em maio de 1871, foi assinado o tratado de Frankfurt. A França perdeu os territórios de Alsácia-Lorena para os prussianos e assumiu o pagamento de uma indenização no valor de 5 bilhões de francos. Humilhantemente, ainda assistiu à coroação de Guilherme I como Kaiser alemão na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes.

Chanceler[editar | editar código-fonte]

Bismarck tornou-se Chanceler da Alemanha em 1873

Em 21 de março de 1871, Bismarck, considerado um herói, foi nomeado príncipe e chanceler imperial do Reich.[10] Contudo, manteve suas funções preliminares, como as de Primeiro-ministro e Ministro das Relações Exteriores, além de ser promovido a Tenente-general. Em virtude disso, Bismarck detinha quase todo o controle tanto na política doméstica quanto na externa.

No seu célebre discurso de 14 de maio de 1872 perante o Reichstag, para demonstrar bem a pujança e independência da Nação Alemã, afirmou perante os parlamentares: "Seien Sie außer Sorge, nach Kanossa gehen wir nicht, weder körperlich noch geistig" ("Não tenham receio, não iremos a Canossa nem de corpo nem de alma!"; recordando a humilhação sofrida pelo imperador germânico Henrique IV, em 1077, quando teve que ir, descalço e apenas com um cilício, em pleno inverno, pedir perdão ao Papa Gregório VII por não se haver submetido a autoridade papal, no castelo de Canossa, na Itália).

Iniciou várias reformas administrativas internas, criou uma moeda comum para todo o Estado, instituiu um banco central e promulgou um código civil e um código comercial comuns a toda a Alemanha.

Em política externa, presidiu o Congresso de Berlim de 1878, no qual actuou como mediador entre as grandes potências. Nesse mesmo ano, uma aliança com a Áustria-Hungria marcou uma nova etapa de conservadorismo na política de Bismarck, que se reflectiu internamente através da sua política antisocialista. Contudo, na intenção de contestar as críticas social-democratas, instituiu um sistema de previdência social — o primeiro da história contemporânea — que lhe atraiu o apoio de amplos sectores operários.[11] Na política externa, a sua actividade centrou-se na criação de um complexo sistema de alianças, destinado a conseguir o isolamento internacional da França e a realçar o papel da Alemanha.

Declínio e últimos anos[editar | editar código-fonte]

Bismarck no seu leito de morte (Friedrichsruh, 2 de agosto de 1898), desenho de Emanuel Grosser

Em 1890, o seu poder começou a declinar em virtude de crescentes divergências com o novo kaiser, Guilherme II, que o levaram a demitir-se do cargo de chanceler em 18 de março.

Na última etapa da vida, afastado de toda actividade política, Bismarck dedicou-se à redacção das suas Memórias.[12] Morreu em Friedrichsruhe, perto de Hamburgo, em 30 de julho de 1898. Bismarck não viu a publicação dos dois primeiros volumes de "Pensamentos e reminiscências" (Gedanken und Erinnerungen) em 1898, uma vez que insistiu que deveriam ser divulgados somente postumamente.[13]

Encontra-se sepultado no Bismarck Mausoleum zu Friedrichsruh, Friedrichsruhe na Alemanha.[14]

Títulos, estilos e honrarias[editar | editar código-fonte]

Títulos e estilos[editar | editar código-fonte]

  • 1 abril 1815 – 1865: Junker Otto von Bismarck
  • 1865–1871: Ilustríssimo O Conde de Bismarck-Schönhausen
  • 1871–1890: Sua Alteza Sereníssima O Príncipe de Bismarck
  • 1890 – 30 julho 1898: Sua Alteza Sereníssima O Príncipe de Bismarck, Duque de Lauenburg

Bismarck foi criado Graf von Bismarck-Schönhausen ("Conde de Bismarck-Schönhausen") em 1865; seu título condal é utilizado por todos os seus herdeiros, em linha masculina. Em 1871, ele recebeu o recém-criado título de Fürst von Bismarck ("Príncipe de Bismarck") com o título de Durchlaucht ("Alteza Sereníssima"); este título Principesco só é herdado pelo mais velho de seus herdeiros.

Duque de Lauenburg[editar | editar código-fonte]

Em 1890, Bismarck conseguiu o título de Herzog von Lauenburg ("Duque de Lauenburg"); O ducado era um dos territórios que a Prússia tomou do Rei da Dinamarca em 1864.

Foi a ambição de Bismarck ser mediatizado entre as Casas da Alemanha. Ele tentou persuadir o kaiser Guilherme I que ele deveria ser dotado com o ducado soberano de Lauenburg, em recompensa por seus serviços à família imperial e ao Império Alemão. Isto estava no entendimento de que Bismarck iria imediatamente restaurar o Ducado para a Prússia; Tudo o que ele queria era o status e os privilégios de uma família mediatizada para si e seus descendentes. Esta nova ideia foi rejeitada pelo imperador conservador, que pensou que tinha dado ao chanceler recompensas suficientes. Há razões para acreditar que ele informou Guilherme II de seus desejos. Depois de ter sido forçado pelo soberano a renunciar, recebeu o título puramente honorífico de "Duque de Lauenburg", sem o próprio ducado e a soberania que teria transformado sua família em uma Casa mediatizada. Bismarck considerava isso uma zombaria para sua ambição, e ele não considerava mais cruel do que esta ação do imperador.[15]

Após a morte de Bismarck em 1898 seu ducado, mantido apenas para sua própria vida, tornou-se extinto.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Otto von Bismarck - Biografia». UOL - Educação. Consultado em 1 de março de 2012 
  2. Steinberg, Jonathan (2011). Bismarck: A Life (em inglês). Oxford: Oxford University Press. p. 13. 592 páginas. ISBN 0-19978252-0 
  3. Headlam, James Wycliffe (2004). Bismarck and the Foundation of the German Empire. Boston, Massachusetts: IndyPublish. p. 1. 302 páginas. ISBN 1-41423271-3 
  4. a b Crankshaw, Edward (1995). Bismarck (em inglês). [S.l.]: Penguin. p. 1-30. 451 páginas. ISBN 0-14006344-7 
  5. Taylor, A.J.P. (1967). Bismarck, The Man and the Statesman (em inglês). [S.l.]: Vintage. p. 44. 288 páginas. ISBN 0-39470387-1 
  6. Eyck, Erich (1964). Bismarck and the German Empire. New York: W. W. Norton. p. 13. 328 páginas. ISBN 0-393-00235-7 
  7. Williamson, D. G. (1998). Bismarck and Germany 1862-1890 (em inglês) 2ª ed. London/New York: Longman. p. 5. 142 páginas. ISBN 978-0-582-29321-2 
  8. Bismarck, Otto von (2005). Bismarck. The Man & the Stateman (em inglês). 2. New York: Cosimo Classics. p. 5. ISBN 1-59605-184-1 
  9. Editores da Newsweek e cartógrafos da C.S.Hammond (1961). The Five Worlds of Our Lives. [S.l.]: Hammond/Newsweek. p. 23. 319 páginas. Library of Congress Card Number 60-13943 
  10. Abrams, Lynn (2006). Bismarck and the German Empire. 1871-1918 2ª ed. [S.l.]: Routledge. p. 26-27. 112 páginas. ISBN 0-415-36309-8 
  11. Buckler, McKay Hill (1995). A History of Western Society. Volume C: From the Revolutionary Era to the Present. 3 5ª ed. Boston: Houghton Mifflin Company. p. 851. 1075 páginas. ISBN 0-395-70846-X 
  12. Bismarck, Otto von (1921). Gedanken und Erinnerungen (em alemão). [S.l.]: J. 398 páginas. ISBN 5-41149422-2 
  13. Gerwarth, Robert (2005). The Bismarck Mith. Weimar Germany and the Legacy of the Iron Chancellor (em inglês). Oxford: Oxford University Press. p. 18. 216 páginas. ISBN 978-0-19-928184-8 
  14. Otto von Bismarck (em inglês) no Find a Grave
  15. «The "Mediatized" – or the "High Nobility" of Europe; Consisting of Something Like Fifty families Which Enjoyed-Petty Sovereignty Before the Holy Roman Empire's Overthrow, They Still Exercise Certain Special Privileges Mixed with Unusual Restrictions.». The New York Times. 27 de setembro de 1908 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fritz Stern: Ouro e Ferro. Bismarck e seu banqueiro Bleichröder (Gold und Eisen. Bismarck und sein Bankier Bleichröder), Frankfurt am Main/Berlin (Ullstein Verlag) 1978
  • Crankshaw, Edward. Bismarck. The Viking Press. (1981).
  • Taylor, A. J. P. Bismarck: the Man and the Statesman. Alfred A Knopf, New York, (1969).
  • Steinberg, Jonathan (2015). Bismarck: uma vida. Barueri-SP: Amarilys. 710 páginas. ISBN 9788520439951 

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