Papa Gregório IX – Wikipédia, a enciclopédia livre

Gregório IX
Papa da Igreja Católica
178° Papa da Igreja Católica
Info/Papa
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Roma
Eleição 19 de março de 1227
Entronização 21 de março de 1227
Fim do pontificado 22 de agosto de 1241
(14 anos, 156 dias)
Predecessor Honório III
Sucessor Celestino IV
Ordenação e nomeação
Nomeado arcebispo 19 de março de 1227
Cardinalato
Criação dezembro de 1198
por Papa Inocêncio III
Ordem Cardeal-diácono (1198-1206)
Cardeal-bispo (1206-1227)
Título Santo Eustáquio (1198-1206)
Óstia (1206-1227)
Papado
Brasão
Consistório Consistórios de Gregório IX
Dados pessoais
Nascimento Anagni,Itália
1145
Morte Roma, Itália
22 de agosto de 1241 (96 anos)
Nacionalidade italiano
Nome de nascimento Ugolino Conti
Sepultura Basílica de São Pedro
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de papas

Gregório IX (Anagni, 1145Roma, 22 de agosto de 1241), nascido Ugolino di Anagni, foi Papa de 1227 a 1241.

Filho do conde de Segni e sobrinho[1] do Papa Inocêncio III, estudou direito em Paris e Bolonha. Feito cardeal em 1198, tornou-se cardeal-bispo de Óstia em 1206. Foi um importante incentivador dos dominicanos e dos franciscanos, tendo sido amigo pessoal do próprio São Francisco de Assis.

Organizou a Inquisição Pontifícia com o objectivo de reprimir as heresias, com a promulgação da bula Licet ad capiendos em 20 de abril de 1233, dirigida aos dominicanos, que passaram a liderar o trabalho de investigação, julgamento, condenação ou absolvição dos hereges. Canonizou S. Francisco de Assis dois anos após sua morte, S. Domingos de Gusmão e Santo António de Lisboa.

Internamente encarregou Raimundo de Penaforte da elaboração de uma coletânea geral de leis em 1230, que vigorou como peça principal do direito canônico até 1918.

Está sepultado na Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano.

Brasão[editar | editar código-fonte]

  • Descrição: Escudo eclesiástico de goles com uma águia de asas abaixadas, xadrezada de sable e jalde, armada, bicada e coroada do último — armas dos Condes de Segni. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argento, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes. Timbre: a tiara papal de prata, com uma única coroa de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.
  • Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Nele estão representadas as armas familiares do pontífice, os Condes de Segni, que já são representadas nas armas de seu tio Inocêncio III e estarão presentes nos brasões dos papas: Alexandre IV e Inocêncio XIII. O campo de goles (vermelho), simboliza o fogo da caridade inflamada no coração do Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente do governo supremo da Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Vigário de Cristo deve dispensar a todos os homens. A águia é símbolo de poder, generosidade e liberdade, e sua cor, sable (preto), representa: sabedoria, ciência, honestidade e firmeza. O xadrezado é uma das nobres e antigas figuras da armaria não sendo dado senão a valentes e esforçados guerreiros, por sinal de seu valor e ousadia. (Asêncio, 45), é também emblema da milícia e modelo de estratégia militar, porque representa convencionalmente um campo de batalha. (Asêncio, 45) — como num jogo de xadrez, em que duas pessoas fazem mover, num tabuleiro, diferentes peças cujo objetivo é a tomada do rei do parceiro contrário e a defesa do seu, representa o exército em mordem de batalha, estando composto de quadros que simbolizam os batalhões e esquadrões. (Baron — Playbe, 256); e por seu metal e cor tem significado próprio, sendo que jalde (ouro) simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortino e sable (preto), representa: sabedoria, ciência, honestidade e firmeza. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro , relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal, usada como timbre, recorda, pela simbologia da coroa, a Jurisdição (o poder régio ou temporal) do papa sobre os territórios da Igreja.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. FISCHER-WOLLPERT, Rudolf. Os Papas e o Papado. Trad.: Antônio Estevão Allgayer. Petrópolis: Editora Vozes, pág. 94.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Iben Fonnesberg‐Schmidt, The Popes and the Baltic Crusades 1147–1254 (Leiden, Brill. 2007) (The Northern World, 26).

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Honório III

Papa

178.º
Sucedido por
Celestino IV