Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista)
Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista)
Líder Manuel Martins
Fundação 1970
Sede Portugal Portugal
Ideologia Comunismo
Marxismo-Leninismo
Maoísmo
Anti-imperialismo
Espectro político Extrema-esquerda
Publicação Unidade Popular
Antecessor CMLP
FAP
Cores Vermelho

O Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista), PCP(m-l) foi um pequeno grupo político de extrema-esquerda criado em 1970, a partir do Comité Marxista-Leninista Português, que havia sido fundado em 1964 por Francisco Martins Rodrigues.

O partido foi-se gradualmente dividindo entre uma ala no exílio, liderada por Heduíno Gomes[1], também conhecido por Eduíno Vilar[2], e uma ala no interior de Portugal, liderada por Carlos Janeiro, conhecido pelo pseudónimo de Mendes[3].

A partir de Maio de 1974, a cisão entre as duas facções consumou-se, com ambas a intitularem-se "PCP(m-l)". A facção Vilar acabou por ficar com a sigla,[necessário esclarecer] tendo criado a Aliança Operário-Camponesa como "frente eleitoral" para se apresentar às eleições de 1975 (a AOC foi proibida de se apresentar a essas eleições; nas seguintes, tanto a AOC como o PCP(m-l) concorreram). A facção oposta deu origem ao Partido de Unidade Popular.

A principal diferença entre o novo partido de Heduíno Gomes[4] e o original de Martins Rodrigues tinha a ver com o estatuto do inimigo principal de cada um deles: enquanto este manteve sempre que os principais inimigos do povo eram «os monopólios e o imperialismo norte-americano», já o partido de Vilar elegeu o PCP, o «Social-fascismo de Cunhal» e o «Social-imperialismo russo» como alvos primordiais. (Heduíno Gomes abandonou o partido nos anos 1980, tendo-se dedicado à atividade empresarial na área da música, e é hoje um destacado militante do PSD, conotado com a facção mais conservadora deste partido.)

Resultados em eleições
(o ano liga à página da eleição)
Ano Coligação Tipo de Eleição Votos % Posição Mandatos
1976
PCP(m-l)
Legislativas
15 830
0,29%
12.º
-
1976
PCP(m-l)
Autárquicas (Câmara Municipal)
15 276
0,37%
7.º
-

[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Media RTP: Heduíno Gomes da CMLP ao PCP(m-l) - Em 1970, na sequência do chamado V Congresso, nasce o PCP(m-l) que termina 10 anos depois.
  2. Media RTP: Heduíno Gomes, ou o "Renegado Vilar" - Heduíno Gomes ainda hoje é tratado por “Vilar” o último pseudónimo que usou.
  3. Cardina, Miguel (2011). «2. Refundar o partido: da FAP e CMLP ao PCP(m-l)». Margem de Certa Maneira. O maoismo em Portugal 1964-1974. Lisboa: Tinta da China. p. 53-74. ISBN 978-989-671-105-4 
  4. Media RTP: O Partido Comunista de Heduíno Gomes - Heduíno Gomes via no PCP (m-l) uma nova tentativa de comunismo no sentido teórico do termo porque não se revia nos outros movimentos que existiam à esquerda.
  5. «Resultados eleitorais». CNE. Consultado em 22 de fevereiro de 2011 
Ícone de esboço Este artigo sobre a política de Portugal é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.