Paulina de Württemberg (1877–1965) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Paulina de Wied
Princesa de Wied
Princesa de Württemberg
Paulina de Württemberg (1877–1965)
Nascimento 19 de dezembro de 1877
  Estugarda, Alemanha
Morte 7 de maio de 1965 (87 anos)
  Ludwigsburgo, Alemanha
Nome completo  
em alemão: Pauline Olga Helene Emma von Württemberg
Cônjuge Guilherme Frederico de Wied
Descendência Hermano de Wied
Dietrich de Wied
Pai Guilherme II de Württemberg
Mãe Maria de Waldeck e Pyrmont

Paulina Olga Helena Ema de Württemberg (Estugarda, 19 de dezembro de 1877 - Ludwigsburgo, 7 de maio de 1965) foi a única filha do rei Guilherme II de Württemberg e esposa do príncipe Guilherme Frederico de Wied. Foi a última princesa de Württemberg, bem como o último membro da casa real que nasceu quando esta ainda era reinante a morrer.

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Paulina nasceu em Estugarda, no reino de Württemberg e foi a primeira filha do rei Guilherme II de Württemberg com a sua primeira esposa, a princesa Maria de Waldeck e Pyrmont, filha do príncipe Jorge Vítor de Waldeck e Pyrmont e da princesa Helena de Nassau. Era prima direita de vários membros importantes da realeza incluindo a rainha Guilhermina dos Países Baixos, a princesa Alice, Condessa de Athlone, o duque Carlos Eduardo de Saxe-Coburgo-Gota, o príncipe-herdeiro Josias de Waldeck e Pyrmont e o príncipe Jorge Luís de Erbach-Schönberg.

Segunda Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

A princesa Paulina de Württemberg foi acusada pelo tribunal do governo militar dos Estados Unidos de ter escondido dois Nazis importantes desde Outubro de 1945. A princesa de setenta anos admitiu ter refugiado deliberadamente Frau Gertrud Scoltz-Klink e o seu marido, o antigo major general August Heissmayer das SS. A princesa, segundo uma reportagem do New York Times, reconheceu que sabia que Fray Scholtz-Klink era conhecido como chefe de todas as organizações femininas dos Nazis, mas negou que sabia da posição de Heissmayer nas SS. A princesa Paulina e a sua enfermeira, que também foi acusada, foram libertadas por pagarem a sua própria fiança. A princesa foi julgada em Ludwigsburg a 23 de Março de 1948 e informou o seu interrogador americano que foi directora da Cruz Vermelha Alemã nas regiões do Reno, Hesse, Nassau e Vestefália e tinha conhecido Frau Schlotz-Klinik durante o regime Nazi nas suas respectivas funções como líderes de organizações importantes. Frau Schlotz-Klink e o marido foram interrogados num posto de polícia em Tübingen, em francês, e admitiram imediatamente que procuraram refúgio na casa da princesa Paulina quando chegaram aquela região em 1945. Disseram que a princesa Paulina lhes tinha dito que um alemão nunca devia recusar dar-lhes abrigo. A princesa Paulina fez preparativos para o casal viver calmamente na aldeia de Bebenhausen onde foram encontrados pelas autoridades francesas, americanas e alemãs. Frau Schlotz-Klink disse às autoridades que não sabia se Adolf Hitler estava vivo ou morto, mas enquanto viver nos corações dos seus seguidores, não poderá morrer.

Casamento e família[editar | editar código-fonte]

A princesa Paulina casou-se a 29 de outubro de 1898 em Estugarda com o príncipe Guilherme Frederico de Wied, filho do príncipe Guilherme de Wied e da princesa Maria dos Países Baixos.[1] O casal teve dois filhos:

  1. Hermano de Wied (18 de agosto de 1899 - 5 de novembro de 1941), casado com a condessa Maria Antónia de Stolberg-Wernigerode; com descendência;
  2. Dietrich de Wied (30 de outubro de 1901 - 8 de junho de 1976), casado com a condessa Antoinette Julia Grote; com descendência.

Genealogia[editar | editar código-fonte]

Os antepassados de Paulina de Württemberg em três gerações
Paulina de Württemberg Pai:
Guilherme II de Württemberg
Avô paterno:
Frederico de Württemberg
Bisavô paterno:
Paulo de Württemberg
Bisavó paterna:
Carlota de Saxe-Hildburghausen
Avó paterna:
Catarina Frederica de Württemberg
Bisavô paterno:
Guilherme I de Württemberg
Bisavó paterna:
Paulina Teresa de Württemberg
Mãe:
Maria de Waldeck e Pyrmont
Avô materno:
Jorge Vítor de Waldeck e Pyrmont
Bisavô materno:
Jorge II de Waldeck e Pyrmont
Bisavó materna:
Ema de Anhalt-Bernburg-Schaumburg-Hoym
Avó materna:
Helena de Nassau
Bisavô materno:
Guilherme, Duque de Nassau
Bisavó materna:
Paulina de Württemberg

Referências

  1. C. Arnold McNaughton, The Book of Kings: A Royal Genealogy, in 3 volumes (London, U.K.: Garnstone Press, 1973), volume 1, page 226.