Pimenteiras do Oeste – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pimenteiras do Oeste
  Município do Brasil  
Vista Aérea de Pimenteiras do Oeste
Vista Aérea de Pimenteiras do Oeste
Vista Aérea de Pimenteiras do Oeste
Símbolos
Bandeira de Pimenteiras do Oeste
Bandeira
Brasão de armas de Pimenteiras do Oeste
Brasão de armas
Hino
Lema Governar e prosperar
Gentílico pimenteirense
Localização
Localização de Pimenteiras do Oeste em Rondônia
Localização de Pimenteiras do Oeste em Rondônia
Localização de Pimenteiras do Oeste em Rondônia
Pimenteiras do Oeste está localizado em: Brasil
Pimenteiras do Oeste
Localização de Pimenteiras do Oeste no Brasil
Mapa
Mapa de Pimenteiras do Oeste
Coordenadas 13° 28' 57" S 61° 02' 48" O
País Brasil
Unidade federativa Rondônia
Municípios limítrofes Parecis (N), Cerejeiras, Chupinguaia e Corumbiara (L), Alto Alegre dos Parecis (O).
Distância até a capital 610 km
História
Fundação 27 de dezembro de 1995 (28 anos)
Administração
Prefeito(a) Valéria Aparecida Marcelino Garcia (UNIÃO[1], 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 6 014,726 km²
População total (est. IBGE/2018[3]) 2 191 hab.
Densidade 0,4 hab./km²
Clima equatorial (Am)
Altitude 185 m
Fuso horário Hora do Amazonas (UTC−4)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[4]) 0,715 alto
PIB (IBGE/2008[5]) R$ 59 425,783 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5]) R$ 24 485,28

Pimenteiras do Oeste é um município brasileiro do estado de Rondônia.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Localiza-se a uma latitude 13º28'57" sul e a uma longitude 61º02'48" oeste, estando a uma altitude de 185 metros. Sua população estimada em 2018 pelo IBGE foi de 2.191 habitantes.

Possui uma área de 6.015 km².

História[editar | editar código-fonte]

A localidade de Pimenteiras foi elevada à categoria de distrito do Município de Cerejeiras no dia 10 de agosto de 1983, através do decreto nº 1.396 e reafirmado pela lei nº 005, de 21 de novembro do mesmo ano.

Através da lei nº 645, de 27 de dezembro de 1995, assinada pelo Governador Valdir Raupp de Matos, o distrito obteve sua emancipação com o nome de Pimenteiras do Oeste, porque a lei não permite a criação de um novo município com o nome de outro já existente.

Ocupação[editar | editar código-fonte]

O processo de ocupação do espaço natural onde hoje se localiza o Município de Pimenteiras do Oeste, originou-se da fuga dos escravos procedentes de Vila Bela da Santíssima Trindade do Estado de Mato Grosso. Os escravos fugindo de Vila Bela, dirigiam-se para o Norte, seguindo o curso do Rio Guaporé. Embora haja referências quanto a este processo que teria se iniciado no séculos XVII e XVIII, o que nos parece mais certo é que a fundação de quilombos ocorreu durante o primeiro Ciclo da Borracha, entre 1877 a 1914. A área da fazenda Santas Cruz constituiu uma expressão dessa realidade e tornou-se o germe do povoado e, hoje, município. Na localidade de Laranjeiras, até hoje existente como um povoado e que abriga cerca de 70 moradores, tivemos outro núcleo de ocupação que, segundo informações foi fundado pelo seringueiro veneziano Américo Casara.

Do que foi exposto até aqui, podemos afirmar que a matriz de onde se originou o processo de ocupação da área foi Vila Bela da Santíssima Trindade; o deslocamento dos negros fugitivos consolidou-se com o povoado da Fazenda Santa Cruz, em consequência do Primeiro Ciclo da Borracha. Francisco Matias, pesquisador da História Política de Rondônia, afirma: "O lote Pimenteiras, contíguo ao lote Barranco Vermelho, situado no pontal do Rio Cabixi com o Rio Guaporé, foi doado à firma exploradora de borracha silvestre Stofen, Sechemak, Muller & Cia, no dia 25 de janeiro de 1913. A 3 de abril de 1929, foi doado a João Nepomuceno Ceballo pelo governo do Estado de Mato Grosso. Essa doação contudo foi retificada pela Secretaria de Terras e Obras Públicas de Mato Grosso que expediu certidão em 10 de fevereiro de 1943, confirmando a posse à firma alemã Stofen, Sechemak, Muller & Cia"

Com o declínio do Ciclo da Borracha, Pimenteiras passou a viver basicamente da pesca nos rios Guaporé e Cabixi. A região estava muito isolada. O acesso só era possível por barco ou via área. Em 13 de setembro de 1943 ocorreu a criação do Território Federal do Guaporé, em terras desmembradas do Mato Grosso e Amazonas. O lote Pimenteiras que pertencia ao Estado de Mato Grosso passou a integrar o Território Federal do Guaporé, posteriormente denominado Rondônia.

No início da década de 80 o governo do Território Federal de Rondônia decidiu construir a rodovia estadual RO-399, ligando o município de Vilhena a Colorado do Oeste. Essa estrada penetrou mais para o interior e, no dia 24 de outubro de 1980, o governador Jorge Teixeira de Oliveira inaugurou a primeira penetração da BR-364 no vale do Guaporé, cujo ponto final fica hoje na cidade de Pimenteiras. Os moradores remanescentes da Fazenda Santa Cruz foram transferidos para o local onde hoje está localizado o sítio urbano de Pimenteiras.

Educação[editar | editar código-fonte]

Ensino básico, fundamental e médio
  • Escola Inácio de Castro (Público)
  • Escola Municipal Paulo Freire (Público)

Festival de Praia[editar | editar código-fonte]

XXIII Festival de Praia, considerado o principal evento do Cone Sul de Rondônia
Banhistas do Festival no rio Guaporé

Considerado o maior do Cone Sul[necessário esclarecer] do estado de Rondônia, o evento ocorre as margens do Rio Guaporé. Realizado sempre no mês de setembro, o Festival de Praia atrai milhares de pessoas de todo o estado. O maior evento de praia de água doce da região, além de ser um momento de diversão, é uma oportunidade de crescimento econômico do comércio local.

Dentre as várias atrações realizadas nos quatro dias de festas estão: desfile da Garota Verão, torneio de vôlei e futebol feminino e masculino, e ginástica aeróbica para os interessados, além dos shows ao vivo na noite do evento com bandas regionais e nacionais. O Festival de Praia de Pimenteiras do Oeste está[quando?] em sua 23ª edição sendo o último realizado entre os dias 6 e 9 de setembro de 2012.

Referências

  1. «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  2. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. «IBGE Cidades.». Estimativa populacional de 2018. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2018. Consultado em 9 de julho de 2019 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]