Plínio Pacheco – Wikipédia, a enciclopédia livre

Estátua em pedra e concreto retratando Plínio Pacheco dirigindo uma cena da peça A Paixão de Cristo, no teatro ao ar livre em Nova Jerusalém, Pernambuco

Plínio Pacheco (Santa Maria, 30 de outubro de 1926Brejo da Madre de Deus, 22 de agosto de 2002) foi um jornalista e diretor teatral brasileiro.[1]

Casado com a atriz Diva Mendonça, filha do criador do espetáculo da Paixão de Cristo em Fazenda Nova Epaminondas Mendonça, Plínio Pacheco idealizou e construiu o teatro a céu aberto chamado Nova Jerusalém, maior teatro ao ar livre do mundo localizado em Brejo da Madre de Deus, no estado brasileiro de Pernambuco.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Gaúcho de Santa Maria, Plínio Pacheco tinha formação em comunicação pela Força Aérea Brasileira (FAB), mas gostava de dizer que era jornalista. Chegou à Fazenda Nova em 1956, a convite do então diretor e ator Luiz Mendonça, que na época, interpretava o papel de Jesus no espetáculo da Paixão de Cristo. A peça era representada nas ruas da pequena vila, distrito do município de Brejo da Madre de Deus, com a participação de camponeses, de pequenos comerciantes locais e também de alguns atores e técnicos que atuavam nos teatros de Recife.[2]

Plínio conheceu Diva Mendonça, filha mais nova de Epaminondas Mendonça, criador do espetáculo nas ruas da vila. Plínio e Diva casaram-se, e com o tempo, foram se envolvendo cada vez mais com a produção e coordenação da encenação da Paixão de Cristo.[3]

Em 1962, Plínio Pacheco teve uma ideia. Na verdade, um grande sonho, um sonho de pedra. Plínio vislumbrou a construção de uma réplica de Jerusalém em pleno coração do agreste pernambucano. O lugar, assim como a antiga Judeia, possuía muitas rochas, vegetação rasteira, clima semi-árido e o espaço de terra escolhido para se levantar a cidade-teatro era emoldurado por montanhas.[4]

Em 1963, os cenários começaram a ser erguidos num espaço de 100 mil metros quadrados, equivalente a 1/3 da área murada da Jerusalém da época de Jesus. Plínio Pacheco não só idealizou e construiu a obra em pedra e concreto, mas, também, uma obra literária.[5]

Em 1967, escreveu o texto da peça teatral “Jesus” que seria encenado pela primeira vez em 1968 em Nova Jerusalém já com seus palácios e muralhas iniciados. 45 anos depois, a cidade-teatro, que a cada ano ganha novas intervenções para melhorar as condições de encenação do espetáculo e o conforto do público, já recebeu mais de 2,5 milhões de pessoas, vindas dos quatro cantos da terra para assistir ao mega-espetáculo da Paixão de Cristo.[6][7]

Referências

  1. a b «Cultura e Cidadania: Meio século de Paixão – Por Paulo Nailson | Jornal de Caruaru». www.jornaldecaruaru.com.br. Consultado em 24 de março de 2016 
  2. «O Nordeste.com – Enciclopédia Nordeste - Pl%C3%ADnio Pacheco». www.onordeste.com. Consultado em 24 de março de 2016 
  3. «Morre aos 72 anos a atriz e produtora teatral Diva Pacheco, em Caruaru, PE». Pernambuco. Consultado em 24 de março de 2016 
  4. «Paixão de Cristo de Nova Jerusalém nasceu de um sonho de pedra». Pernambuco. Consultado em 24 de março de 2016 
  5. «Morre o produtor teatral Plínio Pacheco - Cultura - Estadão». Estadão. Consultado em 24 de março de 2016 
  6. «Comunidade Ícaros - Gente Que Faz Diferente - Plinio Pacheco - Paixão Pela Arte». www.sonhadores.com. Consultado em 24 de março de 2016. Arquivado do original em 3 de abril de 2015 
  7. «Paixão de Cristo em Nova Jerusalém - Pernambuco». Vá Conferir. Consultado em 24 de março de 2016. Arquivado do original em 4 de abril de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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