Plioceno – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sistema/Período Série/Época Andar/Estágio Idade (Ma)
Quaternário Pleistoceno Gelasiano mais recente
Neogeno Plioceno Placenciano 2.58–3.600
Zancliano 3.600–5.333
Mioceno Messiniano 5.333–7.246
Tortoniano 7.246–11.63
Serravaliano 11.63–13.82
Languiano 13.82–15.97
Burdigaliano 15.97–20.44
Aquitaniano 20.44–23.03
Paleogeno Oligoceno Catiano mais antigo
Subdivisão do Neogeno de acordo com a Tabela Cronoestratigráfica Internacional versão 2015/1 da Comissão Internacional sobre Estratigrafia.

Plioceno ou pliocénico[1] é a última época do antigo período Terciário (atual Neogeno) da era Cenozoica. Está compreendido entre há cerca de 5 e 2 milhões de anos. Divide-se nas idades Zancleana, Piacenziana e Gelasiana, da mais antiga para a mais recente. O primeiro a nomear esta época foi Charles Lyell, que usou as palavras gregas pleion ("mais") e xaeno ("novo") para se referir aos fósseis de animais essencialmente modernos desta época.

Hagerman Fossil Beds National Monument, um dos sítios fossilíferos do Plioceno.

Acontecimentos[editar | editar código-fonte]

O Plioceno é uma época relativamente recente, nele o clima e a vegetação eram muito similares aos atuais, sendo que, se pudéssemos retornar até ele, dificilmente veríamos diferenças com o mundo atual. Os continentes se localizavam a no máximo 70 km das posições atuais. Com a formação do Istmo do Panamá, há 3 milhões de anos, tem início o chamado Grande Intercâmbio Americano, assim como o cessamento da troca de correntes entre os oceanos Atlântico e Pacífico, o que resultou em um esfriamento das águas do primeiro, que contribuiu para o aumento das calotas polares, tanto do Ártico como da Antártida, e diminuiu o nível dos oceanos. Alguns especialistas acreditam que esta também foi a causa do início das glaciações (Idades do Gelo) do Pleistoceno, que marcam o fim do Plioceno e o início desta nova época. No Velho Mundo, a aproximação da África e Eurásia cria o mar Mediterrâneo.

O clima mais seco e frio, as florestas tropicais continuaram a diminuir, dando espaço para pastagens e savanas nas zonas tropicais (até mesmo a atual região da Amazônia estava coberta por uma savana nesta época), além do surgimento das estepes e dos primeiros grandes desertos.

De certa forma, o Plioceno pode ser considerado a uma fase de transição entre o Mioceno mais quente e o Pleistoceno com suas glaciações.

Fóssil de Anadara, molusco bivalve do Plioceno.

Fauna[editar | editar código-fonte]

A fauna pliocênica já em demasiado idêntica a atual, com a proliferação de muitos gêneros e famílias que sobreviveram até a atualidade e dos ancestrais diretos da fauna atual. Possivelmente o maior destaque desta época seja o desenvolvimento dos hominídeos, os ancestrais dos seres humanos, no leste da África..

Nas Américas, merece destaque o Grande Intercâmbio Americano, onde diversas espécies migraram de um continente para outro, causando consideráveis mudanças nas biotas. Embora tenha existido uma considerável superioridade da fauna do norte adentrando o continente do sul, houve alguns casos de animais sulistas que conseguiram atingir e se adaptar as condições da América do Norte (como tatus, Gambá, preguiças-gigantes e até algumas das aves do terror).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Mioceno
Plioceno
5 – 2
milhões de anos atrás
Sucedido por
Pleistoceno

Referências

  1. Correia, Paulo (2020). «Unidades Geocronológicas e Cronostratigráficas» (PDF). A Folha - Boletim da Língua Portuguesa nas Instituições Europeias (62): 23