Preconceito linguístico – Wikipédia, a enciclopédia livre

Entende-se como preconceito linguístico ou glotofobia[1] o julgamento depreciativo contra determinadas variedades linguísticas. Segundo a linguista Marta Scherre, o "julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e, consequentemente, humilhante da fala do outro ou da própria fala" geralmente atinge as variedades associadas a grupos de menor prestígio social.[2]

O preconceito linguístico tem como consequências, a acentuação dos demais preconceitos a ele relacionados, como o preconceito cultural, o racismo, a homofobia etc. Ao ser constrangido, devido ao fato de sua fala não estar de acordo com a norma culta da língua, o falante pode apresentar características como medo e inferioridade.

Variação linguística e preconceito[editar | editar código-fonte]

Existem quatro modalidades que explicam as variantes linguísticas:

  1. Variação histórica (palavras e expressões que caíram em desuso com o passar do tempo);
  2. Variação geográfica (diferenças de vocabulário, pronúncia de sons e construções sintáticas em regiões falantes do mesmo idioma);
  3. Variação social (o desempenho linguístico do falante provém do meio em que vive, sua classe social, faixa etária, sexo e grau de escolaridade);
  4. Variação estilística (cada indivíduo possui uma forma e estilo de falar próprio, adequando-o de acordo com a situação em que se encontra)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ribeiro, Jocenilson (6 de dezembro de 2021). «Da xenofobia à glotofobia: a estrangeiridade como um problema discursivo». Revista da ABRALIN: 331–356. ISSN 0102-7158. doi:10.25189/rabralin.v20i3.1991. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  2. «O preconceito linguístico deveria ser crime»  por Marta Scherre. Galileu,.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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