Presépio de Alpalhão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Adoração dos Pastores (c. 1539), de Gregório Lopes, no MNAA.

Presépio de Alpalhão é um auto popular de carácter religioso da freguesia de Alpalhão no concelho de Nisa. Era representado na noite de Natal, antes da Missa do Galo, de porta a porta. Teve origem no século XVIII e ainda era encenado em 1965, ano em que foi pela primeira vez estudado pelo etnomusicólogo Michel Giacometti. Contudo, quando este regressou à terra, por volta de 1971 para a gravação de um episódio televisivo de "Povo que Canta", o auto já não era representado regularmente, encontrando-se em situação de definhamento.[1] A peça tinha apenas 5 personagens, todas atribuídas a atores do sexo masculino: Nossa Senhora, São José (com uma cesta com uma figura do Menino Jesus) e três pastores: Lourenço, Pascuela e Nambre (ou Naimbre). Era composta por partes recitadas e canto.[1]

De todo o auto é particularmente relevante a cantiga "Pastores do verde prado":

Pastores do verde prado,
Recordai, por vosso bem;
Vinde ver Cristo que é nado
Num presépio em Belém.[2]

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • 1998Portuguese Folk Music - Vol. 4: Alentejo. Strauss. Faixa 16: "Pastores do Verde Prado".
  • 2012Canções de Natal Portuguesas. Pequenos Cantores do Conservatório de Lisboa. Numerica. Faixa 2: "Pastores do Verde Prado".
  • 2013Renascer. Verde Maio. Ovação. Faixa 4: "Natal de Alpalhão".

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Michel Giacometti; Tradisom (1971). «Alguns fragmentos de um inquérito musical em Alpalhão» (pdf). Povo que Canta. Consultado em 30 de dezembro de 2015  [ligação inativa]
  2. Vasconcelos, José Leite de; A. Machado Guerreiro (1976). Teatro Popular Português. 1 1 ed. Coimbra: Universidade de Coimbra