Programa Alimentar Mundial – Wikipédia, a enciclopédia livre

Programa Alimentar Mundial
Programa Alimentar Mundial
Logotipo do Programa Alimentar Mundial.
Tipo Programa das Nações Unidas
Acrônimo WFP, PAM, PMA
Comando Estados Unidos Cindy McCain
Status Ativa
Fundação 1961
Sede Roma,  Itália
Website www.wfp.org
Organização das Nações Unidas

O Programa Alimentar Mundial, Programa Mundial de Alimentos ou Programa Alimentos para o Mundo[1] é a maior agência humanitária do mundo, que fornece em média, a cada ano, alimentos a 90 milhões de pessoas em 80 países, incluindo 58 milhões de crianças.[2] A PMA é a filial de auxílio alimentar da Organização das Nações Unidas. De sua sede em Roma e de escritórios em mais de 80 países ao redor do mundo, as ações da PMA ajudam pessoas incapazes de produzir ou obter alimento suficiente para si e para suas famílias. Venceu o Prémio Nobel da Paz em 2020, "pela sua contribuição para melhorar as condições de paz em áreas afetadas por conflitos e por atuar como uma força motriz nos esforços para prevenir a utilização da fome como arma de guerra e conflito".[3]

Introdução[editar | editar código-fonte]

A PMA inicialmente foi concebida na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) de 1961, quando o diretor dos programas de alimentação para a paz dos Estados Unidos, George McGovern, propôs estabelecer um programa de ajuda alimentar multilateral.[4] A PMA foi estabelecida formalmente em 1963 pelo FAO e pela assembleia geral da ONU pelo período experimental de três anos. Em 1965, o programa foi estendido de forma contínua.

Organização[editar | editar código-fonte]

A PMA é governada por seu comitê executivo que consiste em 36 estados membros. David Beasley é o diretor executivo atual, apontado conjuntamente pelo secretário geral da ONU e pelo diretor geral do FAO para um mandato de cinco anos. Ela lidera o secretariado da PMA [1].

A PMA tem uma equipe de 10.587 funcionários (2006), sendo 92% diretamente responsáveis pelas operações.[2]

Objetivos e estratégias[editar | editar código-fonte]

Avião C-130 Hercules da ONU transportando alimentos do PMA para a região de Rumbak, no Sudão.

A PMA tem por intuito erradicar a fome e a desnutrição, com o objetivo final de eliminar a própria necessidade de ajuda alimentícia. As principais estratégias por atrás das atividades da PMA, conforme indicado em sua missão, é fornecer ajuda alimentar para:

  1. Salvar vidas em campos de refugiados e outras situações emergenciais;
  2. Melhorar a alimentação e a qualidade de vida dos povos mais vulneráveis em movimentos críticos de suas vidas;
  3. Ajudar no desenvolvimento de recursos próprios e promoção de auto-sustentabilidade de povos e de comunidades pobres, particularmente com os programas de trabalho intensivo.

A ajuda alimentar promovida pela PMA também é direcionada à luta contra deficiências em micronutrientes, à redução da mortalidade infantil, a melhorias na saúde de gestantes e ao combate a doenças, como a AIDS. Programas de "Alimento-para-trabalho" ajudam promover a estabilidade ambiental, econômica e a produção agrícola.

Atividades[editar | editar código-fonte]

Em 2006, a PMA distribuiu 4 milhões de toneladas de alimentos a 87,8 milhões de pessoas em 78 países; 63,4 milhões dos beneficiados foram ajudados em operações de emergência, incluindo vítimas de conflitos, desastres naturais e dificuldades econômicas em países como Quênia, Líbano e Sudão. As despesas diretas alcançaram U$$ 2,9 bilhões, com a maior parte do dinheiro sendo gasto em Operações de Emergência e nos Casos de Necessidade Imediata. A maior operação da PMA em 2006 ocorreu no Sudão, onde o programa alcançou 6,4 milhões de pessoas. Em segundo e em terceiro lugar estão, respectivamente as operações na Etiópia e no Quênia.

A PMA foca sua ajuda nas mulheres e crianças, com o objetivo de erradicar a fome infantil. Em 2005, o auxílio alimentar foi fornecido a 58,2 milhões de crianças, 30% menores de cinco anos. Em 2006, a PMA ajudou a 58,8 milhões de crianças famintas. A merenda escolar e/ou os programas de alimentação domiciliar em 71 países ajudam a estudantes focar em seus estudos e incentivam os pais a enviar as crianças, especialmente as meninas, à escola.

Patrocinadores[editar | editar código-fonte]

As operações da PMA são financiadas por doações dos governos do mundo, empresas e doações anônimas. Em 2006, o programa recebeu US$ 2,9 bilhões nas contribuições. Todas as doações são voluntárias. Os custos administrativos da organização são somente 7% - um do mais baixos e melhor cotados entre as agências humanitárias. Em 6 de novembro de 2006, Josette Sheeran Shiner foi nomeada para substituir James T. Morris como diretora executiva da PMA pelo secretário geral da ONU e pelo diretor geral de FAO em abril de 2007. Previamente, Sheeran serviu como secretária para assuntos econômicos, empresariais e agrícolas do Departamento de Estado dos EUA foi também editora do chefe de jornal Washington Times.

Parceiros Oficiais[editar | editar código-fonte]

A PMA possui um número de parceiros oficiais para coordenar e cooperar em situações emergenciais e em projetos de desenvolvimento. Estes parceiros incluem agências governamentais tais como DFID, ECO, EUROPEAID e USAID; organizações não-governamentais como Hungrykids.org, Catholic Relief Services, Save the Children, conselho norueguês de refugiados; como também parceiros corporativos como TNT, Citigroup e The Boston Consulting Group. [3]

Esforços[editar | editar código-fonte]

Em 2004, a PMA solicitou a Universidade Auburn a tarefa de conduzir o primeiro trabalho estudantil sobre os esforços na Guerra contra a Fome. Auburn fundou o "Comitê de 19", que conduziu não somente eventos de conscientização da fome no campus e na comunidade, mas também desenvolveu um projeto modelo de "Guerra contra a Fome" para ser usados em campus em todo país.

A PMA lançou um evento global para apoio e arrecadação de recursos chamado "Walk the World". Em um único dia de cada ano, centenas de milhares de pessoas dentro de cada zona horária (fuso horário) ao redor do mundo caminha para protestar para o fim da fome infantil. Em 2005, mais de 200 mil pessoas caminharam em 296 localidades distintas. Em 2006, havia 760 mil participantes em 118 países ao redor do mundo. Este evento é parte da campanha para conseguir os objetivos de desenvolvimento do milênio, especificamente reduzir a metade o número de pessoas que sofrem de fome e pobreza até 2015.

Em 2006, o "Comitê dos 19" recepcionou o Encontro "Guerra contra a Fome", no qual compareceram representantes de 29 universidades.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

  1. Página Web oficial em português do Programa Alimentar Mundial
  2. «UN Agencies raised human rights awareness through photo exhibit». Daily Star Egypt. 3 de fevereiro de 2007. Consultado em 3 de fevereiro de 2007 
  3. Bandeira, Mariana (9 de outubro de 2020). «Programa Alimentar Mundial vence Prémio Nobel da Paz». O Jornal Económico. Consultado em 9 de outubro de 2020 
  4. «History: 1961». World Food Programme. Consultado em 1 de fevereiro de 2007. Arquivado do original em 14 de fevereiro de 2007 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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