Protofascismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Protofascismo refere-se às ideologias e movimentos culturais predecessores diretos que influenciaram e formaram a base do fascismo.[1][2] Uma figura protofascista proeminente é Gabriele D'Annunzio, o nacionalista italiano cuja política influenciou Benito Mussolini e o fascismo italiano.[1] Movimentos políticos protofascistas incluem a Associação Nacionalista Italiana (Associazione Nazionalista Italiana, ANI), a Associação Nacional Alemã de Empregados Comerciais (Deutschnationaler Handlungsgehilfen-Verband, DHV) e o Partido Popular Nacional Alemão ( Deutschnationale Volkspartei, DNVP).[2]

Outras pessoas que foram rotuladas como protofascistas porque compartilharam uma base ideológica com o fascismo incluem:

  • Thomas Carlyle (1795–1881)[3]
  • Charles Maurras (1868–1952)[carece de fontes?]
  • Ion Dragoumis (1878 – 1920)[4][5]
  • Patrick Pearse (1879–1916)[6]
  • Edgar Julius Jung (1894–1934)[carece de fontes?]
  • D. H. Lawrence (1885-1930) – o filósofo inglês Bertrand Russell caracterizou Lawrence como um "fascista protoalemão".[7] Essa caracterização é útil como ponto de demarcação entre fascismo e protofascismo. O fascismo tem a uniformidade totalitária como seu paradigma, mas Russell está se referindo a Lawrence como um "profeta inconformista" lutando com a alienação individual, procurando a identidade compartilhada de sangue e solo ancestral para uma reconexão, ou seja, uma evolução do movimento Völkisch alemão do século XIX.[8][9]
  • Giuseppe Mazzini (1805–1872) – o famoso patriota genovês influenciou fortemente o fascismo italiano, especialmente em seus primeiros anos. Em particular, o fascismo herdou de Mazzini o irredentismo fervoroso, o conceito de colaboração de classes, a vocação pedagógica e o espírito de solidariedade. O próprio Mussolini era um grande admirador de Mazzini, e muitos expoentes fascistas como Italo Balbo, Giovanni Gentile, Giuseppe Bottai e Dino Grandi eram mazzinianos.[10]
  • Giuseppe Garibaldi (1807–1882) – o célebre Herói Nacional Italiano foi constantemente elogiado pelo fascismo italiano, que viu no Herói dos Dois Mundos (Garibaldi) o patriota italiano por excelência. A figura de Garibaldi era popular principalmente no campo militar e elogiada pelos feitos heroicos realizados, seu espírito voluntarista e revolucionário, o vínculo com sua pátria e a estreita ligação com a classe trabalhadora. Os camisas-negras (MVSN) se consideravam herdeiros dignos dos camisas-vermelhas de Garibaldi e o mesmo epíteto "Duce" dado a Mussolini durante o regime fascista foi usado pelos camisas-vermelhas em referência ao seu líder Garibaldi.[carece de fontes?]
  • Francisco Crispi (1818–1901) – O conhecido estadista siciliano foi admirado pelo ditador Mussolini e considerado por muitos estudiosos como um precursor do regime fascista italiano devido às suas políticas autoritárias, ao caráter nacionalista, à reputação de homem forte e à política colonial agressiva implementada durante seu governo.[11][12]

Referências

  1. a b Spackman, Barbara: Fascist Virilities: Rhetoric, Ideology, and Social Fantasy in Italy, p. 78.
  2. a b Peter Davies, Derek Lynch. The Routledge Companion to Fascism and the Far Right London, England, UK; New York, New York, USA: Routledge. p. 94.
  3. Ulrich Broich, H. T. Dickinson, Eckhart Hellmuth, Martin Schmidt: Reactions to Revolutions: The 1790s and Their Aftermath, p. 255
  4. John Mazis, A Man For All Seasons: The Uncompromising Life of Ion Dragoumis
  5. «Γιάννης Μάζης: "Ο Δραγούμης δεν έχω καμία αμφιβολία ότι ήταν ένας πρωτοφασίστας"». Εθνικόν Κράτος (em grego). 4 de junho de 2017. Consultado em 23 de outubro de 2018 
  6. «Patrick Pearse: proto-fascist eccentric or visionary?». History Ireland (Podcast). Consultado em 10 de março de 2019 
  7. Bertrand Russell. The Autobiography of Bertrand Russell 1872-1914 (Little, Brown and company, 1951) page 112
  8. Ferretter, Luke (2015). «"A Prison for the Infinite": D. H. Lawrence and Bertrand Russell on the War». Études Lawrenciennes (46). doi:10.4000/lawrence.226Acessível livremente 
  9. Kurlander, Eric (2002). «The Rise of Völkisch-Nationalism and the Decline of German Liberalism: A Comparison of Liberal Political Cultures in Schleswig-Holstein and Silesia 1912-1924». European Review of History: Revue européenne d'histoire. 9 (1): 23–36. ISSN 1350-7486. doi:10.1080/13507480120116182 
  10. Simon Levis Sullam: Giuseppe Mazzini and the Origins of Fascism
  11. Nation-building in 19th-century Italy: the case of Francesco Crispi, Christopher Duggan, History Today, February 1, 2002
  12. The Randolph Churchill of Italy, by David Gilmour, The Spectator, June 1, 2002 (Review of Francesco Crispi, 1818-1901: From Nation to Nationalism, by Christopher Duggan)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre a política da Itália é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.