Porto Acre – Wikipédia, a enciclopédia livre


Porto Acre
  Município do Brasil  
Casarão com arquitetura Neogótica Rural, típica na região, Porto Acre, Brasil.
Casarão com arquitetura Neogótica Rural, típica na região, Porto Acre, Brasil.
Casarão com arquitetura Neogótica Rural, típica na região, Porto Acre, Brasil.
Símbolos
Bandeira de Porto Acre
Bandeira
Brasão de armas de Porto Acre
Brasão de armas
Hino
Gentílico portoacrense
Localização
Localização de Porto Acre no Acre
Localização de Porto Acre no Acre
Localização de Porto Acre no Acre
Porto Acre está localizado em: Brasil
Porto Acre
Localização de Porto Acre no Brasil
Mapa
Mapa de Porto Acre
Coordenadas 9° 35' 16" S 67° 31' 58" O
País Brasil
Unidade federativa Acre
Municípios limítrofes Boca do Acre (AM), Bujari e Rio Branco.
Distância até a capital 58 km
História
Fundação 3 de janeiro de 1899 (125 anos)
Administração
Prefeito(a) Bené Nascimento (PP, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 2,604,417 km²
População total (estimativa IBGE/2021[1]) 19 141 hab.
Densidade 7 350,6 hab./km²
Clima Quente, com períodos chuvosos.
Fuso horário Hora do Acre (UTC-5)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,576 baixo
PIB (IBGE/2008[3]) R$ 142 834,426 mil
PIB per capita (IBGE/2008[3]) R$ 9 982,14

Porto Acre é um município brasileiro localizado no nordeste do estado do Acre.

História[editar | editar código-fonte]

Porto Acre foi fundada em 3 de janeiro de 1899 pelo advogado boliviano, José Paravicini, com o nome de "Puerto Alonso", como uma pequena homenagem e reconhecimento ao então presidente da Bolivia, Severo Fernández Alonso Caballero. Nesta época, a cidade era sede do consulado do Brasil na região e permaneceu nessa situação até o fim do século XIX fazia parte do território boliviano, cuja soberania era reconhecida pelo Brasil.[4]

Essa situação mudou em 1899 quando Luis Gálvez Rodríguez de Arias expulsou os bolivianos e declarou independência à República do Acre. Ele renomeou Puerto Alonso para Cidade do Acre e essa se tornou a capital do novo país. A então República do Acre criou uma bandeira, cunhou sua própria moeda, redigiu uma constituição, nomeou ministros e formou um exército. No entanto, Galvez foi deposto e preso depois de alguns meses pelo presidente brasileiro Campos Sales e os bolivianos voltaram a recuperar o controle de seu território.[4]

No início de 1902, José Plácido de Castro aceitou um convite para liderar uma revolta contra a Bolívia. Ele pegou um barco pelo Rio Acre, ostensivamente para realizar levantamentos de terra no sul do Acre, mas ao mesmo tempo, carregado de armas e munições. Ele parou brevemente em Puerto Alonso para encontrar o governador boliviano Lino Romero e avaliar seu futuro oponente. No sul do Acre, ele comandou os seringueiros e outros habitantes para a revolta. Ele então retornou ao Brasil, passando por fora de Puerto Alonso para evitar alertar os bolivianos.

Plácido capturou Xapuri em 6 de agosto de 1902 e no dia seguinte proclamou que o Acre era independente. Em 14 de outubro de 1902, os rebeldes capturaram algumas das defesas externas de Puerto Alonso e o lançamento armado boliviano de Rio Afua, que eles renomearam de Independencia. Plácido de Castro cercou a cidade em 8 de janeiro de 1903 e lançou um ataque em 15 de janeiro de 1903. Seus homens começaram a cavar trincheiras em zigue-zague nas linhas bolivianas, e eventualmente, com suas forças exaustas e quase sem munição, Romero se rendeu em 24 de janeiro de 1903, e Plácido nomeia o local de "Cidade de Acre" até ser retomada a denominação anterior de "Porto Acre".[4]

Portanto, além de capital do novo país, durante a Revolução Acriana (1899-1903), Porto Acre acabou se tornando um local importantes batalhas.

O Município de Porto Acre foi criado pela Lei estadual nº 1.030, de 28 de abril de 1992, a partir do desmembramento do território do município de Rio Branco. Ele foi instalado em 1º de janeiro de 1993.[4]

A partir da década de 2010, Porto Acre passou a sofrer com movimentos autonomistas de criação de um outro município que compreenderia a atual Vila do V, parte da zona rural de Porto Acre, onde a agropecuária é um setor forte e onde boa parte da população vive. Com a emancipação desse novo município,[5] Porto Acre perderia boa parte de seu território e arrecadação.

Geografia[editar | editar código-fonte]

O município de Porto Acre ocupa a décima sétima posição em área territorial com uma área de cerca de 2.604,417 km²[1]. Ele se limita ao norte com o Amazonas, ao sul com os municípios de Bujari e Rio Branco, a leste com o município de Rio Branco e a oeste com o município de Bujari.

Demografia[editar | editar código-fonte]

Sua população em 2021 era de 19 141 habitantes, o que implica em uma densidade demográfica de 5,71 hab./km².[1] O município ocupa o décimo primeiro lugar em população.

Religião[editar | editar código-fonte]

A população do Município de Porto Acre com base no critério da religião, segundo o censo do IBGE de 2010,[6] está distribuída desta forma:

Religião %
Catolicismo 53,1
Protestantismo 30,1
Outras 2,7
Sem religião 14,1

Assentamentos[editar | editar código-fonte]

O maior Programa de Assentamento Dirigido (PAD) de Porto Acre é o PAD Humaitá, com 900 famílias e 61 hectares. Os outros PAD são:

  • PA Caquetá
  • PA Porto Acre
  • PA Alonso (parte)
  • PA Espinhara II (parte)
  • PA Tocantins (parte)
  • PAE Barreiro
  • PAD Humaitá (parte)
  • PDS Nova Esperança
  • PE Polo Leiteiro de Porto Acre
Porto Acre
Rodovia AC-010 Porto Acre-Rio Branco, Brasil
Delegacia de Polícia Civil de Porto Acre, Acre, Brasil
Rodoviária de Porto Acre, Brasil
PAD Humaitá (Vila do INCRA), Porto Acre, Acre
Porto Acre, Acre, Brasil

Organização politico-administrativa[editar | editar código-fonte]

O município de Porto Acre possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um prefeito eleito por sufrágio universal, auxiliado diretamente por secretários municipais nomeados por ele, e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Porto Acre, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por vereadores também eleitos por sufrágio universal.[7]

Atuais autoridades municipais de Porto Acre[editar | editar código-fonte]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Saúde[editar | editar código-fonte]

O município de Porto Acre possui uma taxa de mortalidade infantil de 19,39 óbitos por mil nascidos vivos, de acordo com dados de 2020 do IBGE.[1]

Em 2009, este município possuía 6 estabelecimentos de saúde[9]. De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (MS), o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) deste município é de alta vulnerabilidade, indicador criado pelo IPEA e utilizado pelo MS na alocação de profissionais do Programa Mais Médicos.[10]

Transportes[editar | editar código-fonte]

O principal acesso ao município é por via terrestre, pela rodovia estadual AC-010, que liga a capital Rio Branco à sede do município, num trajeto de cerca de 58 km. Outro meio de chegar à sede do município é por meio fluvial, pelo rio Acre, que corta o município.

Referências

  1. a b c d e IBGE. «Porto Acre» (html). Consultado em 26 de maio de 2023 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 29 de agosto de 2013 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  4. a b c d IBGE. «História & Fotos» (html). IBGE Cidades. Consultado em 26 de maio de 2023 
  5. «Ganha força o movimento pela emancipação política da vila Santa Luzia». Site do Senador Tião Viana. 19 de dezembro de 2007. Consultado em 9 de agosto de 2010 [ligação inativa]
  6. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ac/porto-acre/pesquisa/23/22107?detalhes=true
  7. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
  8. a b c «Prefeito e vereadores de Bujari tomam posse; veja lista de eleitos». G1. 1 de janeiro de 2021. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  9. IBGE. «Panorama» (html). IBGE Cidades. Consultado em 26 de maio de 2023 
  10. «EDITAL Nº 5, DE 19 DE MAIO DE 2023» (PDF). Ministério da Saúde. 19 de maio de 2023. Consultado em 26 de maio de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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