Racismo nos Estados Unidos – Wikipédia, a enciclopédia livre

O racismo e a discriminação étnica nos Estados Unidos têm sido um grande problema desde a época colonialescravista do país. Privilégios e direitos legais ou socialmente sancionados eram dados aos estadunidenses brancos, mas não eram concedidos aos nativos americanos, afro-americanos,[1] asiático-americanos e aos latinos.

Aos estadunidenses europeus (especialmente aos WASP) foram concedidos privilégios exclusivos em matéria de educação, imigração, direito ao voto, cidadania, aquisição de terra e processo penal por um longo período de tempo, estendendo-se desde o século XVII até a década de 1960. No entanto, imigrantes europeus que não eram protestantes, especialmente irlandeses, poloneses e italianos, mas também em menor número eslavos, húngaros e franceses, também sofriam ataques xenófobos e discriminação ou exclusão étnica na sociedade estadunidense, além de não serem considerados totalmente brancos.

Além disso, grupos do Oriente Médio, como judeus e árabes, enfrentaram contínua discriminação nos Estados Unidos e, como resultado disto, algumas pessoas pertencentes a esses grupos não se identificam como brancos. Pessoas do Sudeste Asiático e do Leste da Ásia, da mesma forma enfrentaram o racismo no país.

Entre as principais instituições racial e etnicamente estruturadas estavam a escravidão, as guerras indígenas, as reservas indígenas, a segregação, escolas residenciais para os nativos Americanos e campos de internamento.[2]

A discriminação racial formal foi praticamente banida em meados do século XX e passou a ser percebida como socialmente inaceitável e/ou moralmente repugnante. No entanto, as políticas raciais continuam sendo um fenômeno de grandes proporções, e o racismo continua a ser refletido na desigualdade social, desigualdade econômica,[3][4] na estratificação racial do mercado de trabalho, na habitação, na educação, em empréstimos e no governo.

Na visão das Rede de Direitos Humanos dos Estados Unidos, uma rede de dezenas de organizações de direitos humanos  e direitos civis do país, "a discriminação permeia todos os aspectos da vida nos Estados Unidos e se estende a todas as comunidades de cor".[5]

Embora a natureza das opiniões defendidas pelos estadunidense médios tenha mudado muito ao longo das últimas décadas, pesquisas feitas por organizações como ABC News descobriram que, até recentemente, grande parte dos habitantes do país admitiam pontos de vista discriminatórios; por exemplo, um artigo de 2007 feito pela ABC afirmou que cerca de um em cada dez estadunidenses confessaram preconceitos contra hispano-americanos e cerca de um em cada quatro deles o fizeram em relação a árabe-americanos.[6] Os Estados Unidos apesar de toda a sua história de racismo, foram o primeiro país a organizar um tribunal condenando o racismo.[7]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Gordon, um escravo açoitado, numa foto de 1863.[8]
Linchamento de Laura e Lawrence Nelson (1911). Mãe e filho enforcados numa ponte.
Cruz sendo queimada por membros da Ku Klux Klan em 1921.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. “The Harlem ‘Hate-Gang’ Scare”, Malcolm X Speaks, New York, Pathfinder, 1989, p. 68-69. Answer to a question during the question period at the Militant Labor Forum held in New York on May 29, 1964.
  2. Internment camps are particularly associated with World War II, but also occurred during World War I. Most significant was the Japanese American internment of 120,000 Japanese Americans during World War II.
  3. In his 2009 visit to the US, the [UN] Special Rapporteur on Racism noted that "Socio-economic indicators show that poverty and race and ethnicity continue to overlap in the United States.
  4. Henry, P. J., David O. Sears.
  5. U.S. Human Rights Network (agosto de 2010). «The United States of America: Summary Submission to the UN Universal Periodic Review». Universal Periodic Review Joint Reports: United States of America. [S.l.: s.n.] p. 8 
  6. «Aquí Se Habla Español – and Two-Thirds Don't Mind» (PDF). ABC News. 8 de outubro de 2007. Consultado em 20 de dezembro de 2013 
  7. Henry, Korn (2017). «International Military Tribunals' Genesis, WWII Experience, and Future Relevance» (PDF). Semantic Scholar. Consultado em 3 de outubro de 2019 
  8. Miriam Forman-Brunell, Leslie Paris (2010) "The Girls' History and Culture Reader: The Nineteenth Century". University of Illinois Press. p.136. ISBN 978-0-252-07765-4. "Recognized as a searing indictment of slavery, Gordon's portrait was presented as the latest evidence in the abolitionist campaign. ... Abolitionist leaders such as William Lloyd Garrison referred to it repeatedly in their work."
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