Reino da Dinamarca e Noruega – Wikipédia, a enciclopédia livre



Kongeriget Danmark–Norge
Reino da Dinamarca e Noruega

1524 – 1814
 

Flag Brasão
Bandeira Brasão de armas
Localização de Dinamarca e Noruega
Localização de Dinamarca e Noruega
Dinamarca e Noruega c. 1780
Continente Europa
Região Escandinávia
País Dinamarca, Noruega, Islândia, Groenlândia
Capital Copenhague
Língua oficial Dinamarquês, norueguês e alemão
Religião Luteranismo
Governo Monarquia absoluta
Monarcas
 • 1524–1533 Frederico I
 • 1588–1648 Cristiano IV
 • 1648–1670 Frederico III
 • 1808–1814 Frederico VI
Período histórico Século XVI ao XIX
 • 6 de junho de 1553 Gustavo Vasa eleito rei da Suécia
 • 1524 Fim da União de Kalmar
 • 13 de agosto de 1645 Paz de Brömsebro
 • 26 de fevereiro de 1658 Tratado de Roskilde
 • 14 de outubro de 1660 Abolição do Riksråd dinamarquês
 • 14 de novembro de 1665 Confirmação do absolutismo
 • 14 de janeiro de 1814 Tratado de Kiel
 • setembro de 1814 – junho de 1815 Congresso de Viena
Área
 • 1780 487 476 km2
População
 • 1645 est. 1 315 000 
 • 1801 est. 1 859 000 
Moeda Rigsdaler

O Reino da Dinamarca e Noruega ou Dinamarca-Noruega (em dinamarquês e norueguês: Danmark-Norge) foi um antigo país europeu cujo território incluía a Dinamarca e a Noruega, bem como as dependências da Islândia, Groenlândia e as Ilhas Faroe durante o período que todos eles formaram um só estado político unificado até 1814.

A expressão Reino da Dinamarca é por vezes usado para incluir ambos os países durante o período 1536–1814, uma vez que o poder político e económico emanava de Copenhaga, na Dinamarca. O termo cobre a "parte real" dos Oldenburgos tal como existia em 1460, excluindo a "parte ducal" de Schleswig e Holstein. O estado era administrado em duas línguas oficiais, o dinamarquês e o alemão.

História[editar | editar código-fonte]

Na sequência da secessão definitiva da Suécia da União de Kalmar em 1521, instalou-se uma guerra civil seguida da Reforma Protestante na Dinamarca e na Noruega.[1][2] Após uma acalmia, o Rigsraad (Conselho Superior) da Dinamarca ficou enfraquecido, e finalmente abolido em 1660 quando Dinamarca e Noruega se tornaram estados absolutistas e monarquias hereditárias.[3]

Estas mudanças foram confirmadas na Lex Regia, assinada em 14 de novembro de 1665, que estipulava que todo o poder assentasse nas mãos do Rei, o único responsável perante Deus.[3] O equivalente Riksraad norueguês reuniu-se pela última vez em 1537. A Noruega conservou leis separadas e algumas instituições, como o chanceler real, a cunhagem de moeda e um exército próprios.

Após as Guerras Napoleónicas e a terrível Guerra dos Canhoeiros (1807-1814), a Dinamarca-Noruega foi derrotada e teve de ceder território na Noruega ao rei da Suécia pelo Tratado de Kiel. As possessões ultramarinas norueguesas foram mantidas pela Dinamarca. Os noruegueses opuseram-se a este tratado, e uma assembleia constitucional declarou a independência norueguesa em 17 de maio de 1814, elegendo o príncipe Cristiano Frederico como rei da Noruega independente. Todavia, após a invasão pela Suécia, a Noruega foi obrigada a aceitar uma união pessoal mas reteve a sua constituição liberal e instituições separadas, excepto em relação à política com o estrangeiro. Esta União Sueco-Norueguesa durou quase um século, e foi dissolvida em 1905.

Referências

  1. Hadenius, Stig; Nilsson, Torbjörn; Åselius, Gunnar (1996). «Befrielsekriget 1520-23». Sveriges historia. Vad varje svensk bör veta. Estocolmo: Bonnier Alba. p. 99 
  2. Sundberg, Ulf. «Befrielsekriget 1521-1523 - Svenskt Militärhistoriskt Bibliotek». Svenskt Militärhistoriskt Bibliotek (em sueco). Consultado em 15 de maio de 2020. Arquivado do original em 16 de setembro de 2011 
  3. a b Reeh, Niels (2016). Secularization Revisited - Teaching of Religion and the State of Denmark: 1721-2006 (em inglês). Berlim: Springer. pp. 84–85 
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