Reino da Romênia – Wikipédia, a enciclopédia livre



Regatul României
Reino da Romênia
1881 – 1947
 

 

 

Flag Brasão
Bandeira Brasão de Armas
Lema nacional
Nihil sine Deo
"Nada sem Deus"
Hino nacional
Marș triumfal
("Marcha Triunfal")
(1881–1884)

Trăiască Regele
("Viva ao Rei")
(1884–1948)


Localização de Romênia
Localização de Romênia
A Romênia em 1939
Romênia
Romênia
A Romênia antes da primeira guerra mundial
Continente Europa
Região Leste Europeu
País  Bulgária
 Moldávia
 Romênia
 Ucrânia
Capital Bucareste (1881–1916, 1918–1947)
Iași (1916–1918)
Língua oficial Romeno
Outros idiomas Alemão, Húngaro, Ucraniano
Religião Igreja Ortodoxa Romena
Governo Monarquia constitucional (1881–1938, 1944–1947)
Monarquia absoluta (1938–1940)
Ditadura fascista (1940–1941)
Ditadura militar (1941–1944)
Rei
 • 1881–1914 Carlos I
 • 1914–1927 Fernando I
 • 1927–1930 Miguel I
 • 1930–1940 Carlos II
 • 1940–1947 Miguel I
Primeiro-ministro
 • 1881 Ion C. Brătianu (primeiro)
 • 1940–1944 Ion Antonescu
 • 1945–1947 Petru Groza (último)
Legislatura Parlamento
 • Senado Superior
 • Câmara dos Deputados Inferior
Período histórico Belle Époque até Segunda Guerra Mundial
 • 14 de março de 1881 Proclamação
 • 4 de junho de 1920 Tratado de Trianon
 • 29 de março de 1923 Constituição
 • 23 de agosto de 1944 Golpe de 1944
 • 12 de setembro de 1944 Ocupação soviética
 • 30 de dezembro de 1947 Proclamação da república
Área
 • 1915 138 000 km2
 • 1940 295 049 km2
População
 • 1915 est. 7 900 000 
     Dens. pop. 57,2 hab./km²
 • 1940 est. 20 058 378 
     Dens. pop. 68/km²
Moeda Leu
Precedido por
Sucedido por
Principados Unidos
Império Russo
Áustria-Hungria
Reino da Bulgária
Império Otomano
República Socialista da Romênia
República Socialista Soviética da Moldávia
República Socialista Soviética da Ucrânia
Reino da Bulgária

O Reino da Romênia (em romeno: Regatul României) foi um Estado soberano localizado no Leste Europeu que existiu de 1881, quando o príncipe Carlos I foi proclamado rei, até 1947, quando o rei Miguel I abdicou e o parlamento proclamou uma república.

Unificação e monarquia[editar | editar código-fonte]

A ascensão ao trono em 1859 de Alexandre João Cuza como príncipe tanto da Moldávia como da Valáquia sob a suserania nominal do Império Otomano unificou uma identificável nação romena sob um único governante. Em 1862, os dois principados foram formalmente unidos para formarem a Romênia, com Bucareste como sua capital.

Em 23 de fevereiro de 1866, a assim chamada coalizão Monstruosa, composta de conservadores e liberais radicais, forçou Cuza a abdicar. O príncipe alemão Carlos de Hohenzollern-Sigmaringen foi designado como príncipe da Romênia, em um gesto para assegurar o apoio alemão à unidade e futura independência. Seus descendentes governariam como reis da Romênia até a ascensão dos comunistas em 1947.

Em 1877, após uma guerra russa-romena-turca, a Romênia foi reconhecida como independente pelo Tratado de Berlim, 1878, obteve Dobruja, embora tenha sido forçada a entregar a Bessarábia meridional à Rússia. Carlos foi coroado como Carol, o primeiro rei da Romênia, em 1881.

O novo Estado, espremido entre os impérios otomano, austro-húngaro, e russo, com vizinhos eslavos em três lados, voltou-se para o Ocidente, particularmente a França, em busca de seus modelos culturais, educacionais e administrativos.

Em 1916, a Romênia entrou na Primeira Guerra Mundial no lado da Entente. Apesar das forças romenas não se saírem bem militarmente, ao final da guerra os impérios austríaco e russo haviam terminado; corpos governamentais criados na Transilvânia, Bessarábia e Bucovina escolheram a união com a Romênia, confirmada em 1920 pelo Tratado de Trianon.

Os anos entre guerras[editar | editar código-fonte]

A "Romênia Maior" resultante não sobreviveu à Segunda Guerra Mundial. A maioria dos governos pré-II Guerra Mundial da Romênia manteve a forma, mas não a substância, de uma monarquia constitucional liberal. O Partido Liberal Nacional, dominante nos anos imediatamente seguintes à II Guerra Mundial, tornou-se progressivamente clientelista e nacionalista e, em 1927, foi suplantado no poder pelo Partido Nacional Camponês. Entre 1930 e 1940 houve mais de 25 governos separados.

A década de 30 viu o aumento do número de partidos ultra-nacionalistas, notavelmente o semi-místico movimento da Guarda de Ferro fascista, explorando o nacionalismo, o medo do comunismo e o ressentimento por uma suposta dominação estrangeira e judaica da economia. Em 10 de fevereiro de 1938, para prevenir a formação de um governo que incluiria ministros da Guarda de Ferro. Em confrontação direta ao apoio expresso da Guarda de Ferro a Adolf Hitler, o rei Carlos II dissolveu o governo e instituiu uma ditadura real que teve, entretanto, curta existência (ver Romênia durante a II Guerra Mundial).

Em 1939, a Alemanha e a União Soviética assinaram o Pacto de Molotov-Ribbentrop, que estipulava, entre outras coisas, o "interesse" soviético na Bessarábia.

Referências