Reino das Duas Sicílias – Wikipédia, a enciclopédia livre



Regno delle Due Sicilie
Reino das Duas Sicílias

 

1816 – 1861
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Duas Sicílias
Localização de Duas Sicílias
Reino das Duas Sicílias em 1839.
Continente Europa
Capital Nápoles
(1808–1816; 1817–1861)
Palermo
(1816–1817)
Língua oficial Italiano (oficial)
Siciliano
Napolitano
Religião Católica Romana
Governo Monarquia absoluta
(1808–1848; 1849–1861)
Monarquia constitucional
(1848–1849)
Rei
 • 1808–1815 Joaquim I (primeiro)
 • 1859–1861 Francisco II (último)
História
 • 1816 Decreto de Baiona
 • 2 de maio de 1815 Batalha de Tolentino
 • 22 de maio de 1815 Restauração Bourbon
 • 1861 Expedição dos Mil
Área
 • 1860 111 900 km2
População
 • 1860 est. 8 703 000 
     Dens. pop. 77,8 hab./km²

O Reino das Duas Sicílias (em napolitano Regno dê Doje Sicilie; em siciliano Regnu dî Dui Sicili; em italiano: Regno delle Due Sicilie)[1] foi o nome que o rei Fernando I de Bourbon deu a seu reino, em 1816, depois de o Congresso de Viena ter suprimido o Reino de Nápoles (1282-1816) e o Reino da Sicília (1130-1816), unindo-os numa única entidade estatal.

O reino foi governado por um ramo da Casa de Bourbon chamado de Bourbon-Duas Sicílias ou Bourbon-Sicílias.

O Reino das Duas Sicílias existiu até 1861, quando foi suprimido pela Casa de Saboia — reinante no Reino da Sardenha (1297-1861) —, para que se concretizasse a unificação italiana, o chamado Risorgimento, e então se formasse o Reino da Itália.

Origem do nome[editar | editar código-fonte]

O nome teve sua primeira menção oficial em 1442, quando o rei Afonso V de Aragão reunificou o Reino da Sicília e do Reino de Nápoles (ou reino da Sicília Peninsular). Os dois domínios haviam sido originalmente separados em consequência das Vésperas Sicilianas de 1282.

Com a morte de Afonso em 1458, o reino foi novamente dividido: seu irmão João II de Aragão recebeu a Sicília insular e seu filho bastardo Ferdinando, o Reino de Nápoles.

Em 1501, o rei Fernando II de Aragão conquistou Nápoles e reuniu os dois reinos sob a autoridade da coroa espanhola. O título de "rei da Sicília dos dois lados do estreito" foi doravante adotado por todos os monarcas espanhóis até a Guerra de Sucessão Espanhola. O término deste conflito, com o tratado de Utrecht de 1713, fez com que a Sicília fosse entregue ao duque de Saboia; já o tratado de Rastatt de 1714 deixou Nápoles ao imperador Carlos VI, quem anexou a Sicília em 1720.

Em 1738, fundou-se um reino das Duas Sicílias, entregue a um ramo dos Bourbons da Espanha, reino este que perdurou até 1860, exceto por um breve intervalo sob Napoleão. Em 1861, Giuseppe Garibaldi, com a expedição dos Mil, invadiu o reino e o incorporou ao novo Reino de Itália.

Território[editar | editar código-fonte]

O território correspondente ao Reino das Duas Sicílias (1815) comparado com as atuais regiões italianas

O reino compreendia as atuais regiões italianas de Abruzos, Basilicata, Calábria, Campânia, Molise, Apúlia e Sicília, mais partes do Lácio meridional (Cassino, Gaeta, Sora), e Cicolano e os territórios do vale do Velino, atualmente na província de Rieti.

A cidade de Benevento, hoje na Campânia, era ao contrário um enclave dos Estados Pontifícios.

Lista de Reis[editar | editar código-fonte]

Casa de Bourbon[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Swinburne, Henry (1790). Travels in the Two Sicilies (1790). [S.l.]: British Library 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]