República Soviética Eslovaca – Wikipédia, a enciclopédia livre


Slovenská republika rád
Szlovák Tanácsköztársaság

Словацька Радянська Республіка

República Soviética Eslovaca

Estado fantoche representando a República Soviética Húngara e a RSS da Ucrânia


 

 

1919
Flag Brasão
Bandeira Emblema
Eslováquia
Eslováquia
Continente Europa
País Eslováquia
Capital Prešov
Governo República socialista soviética
Presidente do Conselho do Governo Revolucionário Antonín Janoušek
Período histórico período entre guerras
 • 16 de Junho de 1919 Fundação
 • 7 de Julho de 1919 intervenção militar

República Soviética Eslovaca (Em Eslovaco: Slovenská republika rád) compreendeu um Estado comunista de curta duração no sudeste da Eslováquia de 16 de junho a 7 de Julho de 1919 com sua capital em Prešov,[1] o país foi dirigido pelo ex-jornalista checoslovaco Antonín Janoušek.

O país foi criado quando as tropas da República Soviética Húngara invadiram a Checoslováquia em 1919. O estado foi derrubado por uma campanha liderada pelo governo Checoslovaco.

História[editar | editar código-fonte]

Proclamação da República Soviética Eslovaca em Prešov.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Após a proclamação da República Democrática Húngara em Novembro de 1918, o novo presidente, Mihály Károliy, se reuniu com os representantes das minorias étnicas da Hungria, dentre estas, os eslovacos. Estes rejeitaram a autonomia dada a eles e preferiram se juntar à Checoslováquia.

O território que hoje forma a Eslováquia foi ocupada por tropas checas desde Dezembro de 1918, todavia, os Húngaros tinham um plano para dar autonomia à região entre, Dezembro-Março de 1918/19. Os eslovacos receberam autonomia nos quesitos de justiça, educação e religião, e inclusive foi feito um parlamento autônomo. Uma representação Eslovaca foi criada no parlamento de Budapeste e foi criado um novo ministério para assuntos eslovacos.

A República Soviética Húngara[editar | editar código-fonte]

Em 21 de Março de 1919, antes de um ultimato da Entente, que dava território à Romênia, o governo de Mihály Károliy renunciou, entregando o poder para uma coalizão de Socialistas e Comunistas. O principal líder político do novo governo foi o Comunista Béla Kun, outrora ministro de Relações Exteriores e o novo líder do novo governo Socialista. Isso permitia aplicar políticas liberais em favor das minorias com base do princípio da autodeterminação.

À 6 de Abril de 1919, o Exército Vermelho (Húngaro) entrou na capital da Rutênia, Uzhorod, teoricamente parte dos territórios cedidos à Checoslováquia. Em resposta, o exército da Checoslováquia para atacar os húngaros à 27 de Abril. O ataque Checoslovaco ultrapassou a linha de demarcação traçada pelos Aliados (Armistício de Belgrado), assim, os primeiros ministros de França, Grã-Bretanha e o representante da Checoslováquia em Paris, Edvard Beneš condenaram esta ação. Isso permitiu que Kun ordenasse um contra-ataque, alegando que era uma mera defesa contra a agressão Checoslovaca.

No início de Maio, apos as rejeições de Kun às propostas de Jan Smuts, representante da Entente, o exército da Romênia começou a marchar em direção à Budapeste, porém pararam nas margens do Rio Tisza. O governo Húngaro iniciou uma campanha, só que contra os Checos, invés dos Romenos. O exército checo era mais fraco, tinha uma área fronteiriça bastante industrializada e eles também atravessaram a linha de demarcação e se recusaram a se retirar. Em 30 de Maio os húngaros entraram em Lučenec, em 2 de Junho em Nové Zámky e em 6 de Junho em Kassa (Košice). Em 8 de Junho, o exército recuperou Prešov.

Proclamção da República Soviética Eslovaca e sua breve existência[editar | editar código-fonte]

Em 16 de Junho de 1919, diante de milhares de pessoas, o jornalista Antonín Janoušek proclamou a República Soviética Eslovaca na sacada de um prédio em Prešov. A capital foi estabelecida em Kassa, no entanto foi movida para Prešov. Uma comissão revolucionária provisória de onze membros eleitos à 20 de Junho, escolheu um governo de vinte comissários (Conselho do Governo Revolucionário). Este governo logo nacionalizou a imprensa, a indústria, os latifúndios e outras propriedades. Também foi estabelecido que todo trabalhador tinha direito de votar e que qualquer camponês com propriedade menor a 200 acres estava isento dos impostos e suas dívidas foram canceladas. Logo uma nova constituição foi elaborada.

Enquanto isso novas tropas foram recrutadas para o Exército Vermelho Eslovaco. A mobilização geral, entretanto foi um fracasso. Em 01º de Julho, o exército Checoslovaco iniciou uma campanha e invadiu a república soviética. Em 4 de Julho, diante de uma comissão Estadunidense, as tropas bateram em retirada. Em 6 de Julho os Checos invadiram toda a Eslováquia e cercaram Prešov. Em 7 de Julho a república foi totalmente dissolvida, já a República Soviética Húngara foi extinta no dia 01º do mês seguinte (Agosto). Sua criação deveu-se a um fator externo: a presença do Exército Vermelho. Ela desapareceu com a retirada do mesmo. Metade dos comissários (dos conselhos) eram húngaros, a capital era uma cidade majoritariamente magiar. Na prática, a República Soviética Eslovaca, nunca fora um estado independente, nem quase autônomo.



Referências