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Ricardo Vale
Deputado distrital do Distrito Federal
Período 1º de janeiro de 2015
até 1º de janeiro de 2019

1° de janeiro de 2023
em exercício

Dados pessoais
Nome completo Ricardo Vale da Silva
Nascimento 29 de julho de 1965 (58 anos)
Brasília, Distrito Federal
Nacionalidade brasileiro
Partido PT
Profissão Arquiteto desenhista, político

Ricardo Vale da Silva (Brasília, 29 de junho de 1965) é um arquiteto desenhista e político brasileiro.[1][2] Integrou a Câmara Legislativa do Distrito Federal de 2015 a 2019, durante a sétima legislatura.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Vale é irmão de Paulo Tadeu, ex-deputado distrital e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal, tendo sido seu "braço direito."

Em 2014, Vale era presidente do Sobradinho Esporte Clube. Seu reduto eleitoral era Sobradinho,[4] onde, em 1987, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) naquela região administrativa.[5]

No pleito de 2014, Vale disputou pela primeira vez um cargo público eletivo, buscando apoiar-se no capital político de seu irmão Paulo.[4] Pelo Partido dos Trabalhadores (PT), foi eleito com 14.223 votos, correspondentes a 0,93% dos votos válidos.[6]

No primeiro ano como parlamentar, Vale foi escolhido por seus colegas para presidir a Comissão de Ética. Em 2016, concorreu à vice-presidência da casa, mas foi derrotado. Também foi líder da bancada do Partido dos Trabalhadores.[5]

Em 2015, Vale apresentou projeto de lei para alternar o nome da Ponte Costa e Silva para "Ponte Honestino Guimarães", arguindo que a ditadura militar deveria ser esquecida e que "temos de manter viva a democracia. Honestino morreu por ela."[7] A proposição, aprovada com 14 votos, foi convertida em lei pelo governador Rodrigo Rollemberg, mas considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça, por "falta de uma consulta à população."[8] Vale lamentou a decisão e declarou que buscaria revertê-la na via legislativa.[9]

Em 2018, Vale propôs a revogação do Estatuto da Família, que previa "diretrizes para implementação da política pública de valorização da família no Distrito Federal." Referiu, em sua argumentação, que a legislação feria a ordem legal e que "salta aos olhos, de pronto, o insulto ao mais caro princípio constitucional: da igualdade e da não discriminação."[10] Também questionou a norma junto ao Ministério Público.[11]

Vale concorreu à reeleição na eleição de 2018, mas seus 7.909 votos (0,54%) não foram suficientes para que lograsse êxito.[12]

Referências

  1. «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais: RICARDO VALE». Tribunal Superior Eleitoral. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  2. «Ricardo Vale». Câmara Legislativa do Distrito Federal. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  3. «Deputados 2015 - 2018». Câmara Legislativa do Distrito Federal. 2020. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  4. a b «Deputados eleitos têm nome consolidado no Distrito Federal». Correio Braziliense. 7 de outubro de 2014. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  5. a b Kelly Almeida (23 de fevereiro de 2017). «Ricardo Vale: "PT não pode ser oposição irresponsável na CLDF"». Metrópoles. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  6. «Eleições 2014: apuração 1º turno: Distrito Federal». Folha de S. Paulo. 2014. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  7. «Projeto que muda o nome da Ponte Costa e Silva é aprovado com 14 votos». Correio Braziliense. 30 de junho de 2015. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  8. Denise Rothenburg (6 de novembro de 2018). «A volta da Ponte Presidente Costa e Silva». Correio Braziliense. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  9. Fernando Jordão (6 de novembro de 2018). «Deputado vai apresentar novo projeto para mudar nome da ponte Costa e Silva». Correio Braziliense. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  10. «Deputado apresenta projeto de lei para revogar Estatuto da Família no DF». Correio Braziliense. 28 de junho de 2018. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  11. Suzano Almeida (20 de junho de 2018). «Distrital Ricardo Vale vai ao MPDFT contra Estatuto da Família». Metrópoles. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  12. «Eleições 2018: Distrito Federal: apuração deputado distrital». O Estado de S. Paulo. 2018. Consultado em 11 de setembro de 2020