Rio Sado – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Sado
Rio Sado
Foz do Rio Sado
Trajecto do Sado
Trajecto do Sado
Trajecto do Sado
Comprimento 180 km
Nascente Serra da Vigia
Altitude da nascente 230 m
Foz Atlântico em Setúbal
Área da bacia 7692 km²
Delta Estuário do Sado
Afluentes
principais
Rio Xarrama
País(es) Portugal Portugal

O Sado (antigamente chamado Sádão) é um rio português, que nasce a 230m de altitude, na Serra da Vigia em Ourique e percorre 180 quilómetros até desaguar no oceano Atlântico perto de Setúbal. No seu percurso passa por Panoias, Alvalade e Alcácer do Sal, sendo a foz em frente a Setúbal. De jusante de Alcácer do Sal até à foz desenvolve-se um largo estuário separado do oceano pela península de Troia.

É dos poucos rios portugueses que corre de sul para norte, tal como o rio Côa que nasce no concelho do Sabugal e vai desaguar no Rio Douro, próximo de Vila Nova de Foz Côa bem como o Rio Mira (Odemira, Alentejo).

No estuário do Sado habita uma população de golfinhos (roaz-corvineiro), que tem resistido à invasão do seu habitat pelo homem (tráfego marítimo para os estaleiros da Mitrena, para o porto de Setúbal e decorrente da pesca e da doca de recreio, além do ferry-boat de ligação entre margens). Em 2013 a população é constituída por 28 elementos[1].

O rio Sado não tem um grande caudal devido a vários factores, destacando-se dois: o clima mais árido do Alentejo, onde se encontra a sua nascente; e o desnível, pequeno, entre a altitude da nascente e a altitude da foz.

A bacia hidrográfica do rio Sado tem uma área de 7692 km², sendo a bacia hidrográfica de maior área inteiramente portuguesa. [2] O estuário ocupa uma área de aproximadamente 160 km², com uma profundidade média de 8m sendo a máxima de 50m.[3] O escoamento é forçado principalmente pela maré. O caudal médio anual do rio é de 40m³/s com uma forte variabilidade sazonal — indo de valores diários inferiores a 1m³/s no Verão até superiores a 150m³/s no Inverno.[4]

Rio Sado em Alcácer do Sal, visto da margem direita.

Afluentes[editar | editar código-fonte]

Margem esquerda[editar | editar código-fonte]

Margem direita[editar | editar código-fonte]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A origem do nome do rio Sado é obscura, talvez pré-romana. Até ao século XVIII o rio chamava-se Sádão, forma que permanece nalguns topónimos actuais como São Romão do Sádão (Alcácer do Sal), Santa Margarida do Sádão (Ferreira do Alentejo) e São Mamede do Sádão (Grândola). A passagem de "Sádão" a "Sado" é semelhante à de "frângão" a "frango" e de "Fárão" a "Faro".[5]

Referências

  1. «Há mais um golfinho-roaz a nadar no Sado» 
  2. Diário da República. «Decreto Regulamentar nº 6/2002» (PDF). Consultado em 16 de maio de 2012 
  3. Descrição - Sado. Página do INAG.
  4. G. Cabeçadas, M. J. Brogueira. M.J. "The behaviour of phosphourous in the Sado estuary, Portugal" Environmental Pollution, ICEP.2, 1993, pp.345-352.
  5. José Pedro Machado: Dicionário Onomástico e Etimológico da Língua Portuguesa


Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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