Rollerball – Wikipédia, a enciclopédia livre

Rollerball
Os Gladiadores do Século XXI (PRT)
Rollerball - Os Gladiadores do Futuro (BRA)
Rollerball
Pôster promocional
 Reino Unido  Estados Unidos
1975 •  cor •  129 min 
Gênero ficção científica
Direção Norman Jewison
Produção Norman Jewison
Roteiro William Harrison
Elenco James Caan
John Houseman
Maud Adams
John Beck
Moses Gunn
Ralph Richardson
Música André Previn
Cinematografia Douglas Slocombe
Edição Antony Gibbs
Distribuição United Artists
Lançamento Estados Unidos 25 de junho de 1975
Idioma inglês
Orçamento US$ 5-6 000 000
Receita US$ 30 000 000[1]
US$ 8 800 000 (locações)

Rollerball (Brasil: Rollerball - Os Gladiadores do Futuro / Portugal: Os Gladiadores do Século XXI) é um filme americano de 1975 do gênero ficção científica dirigida por Norman Jewison. O roteiro é de William Harrison,[2] que adaptou uma história de sua autoria chamada "Roller Ball Murder", primeiramente publicada em 1973 na revista Esquire.[3] Foi distribuido pela United Artists.[4] Foi produzido em Londres e Munique.[5][6]

A trilha sonora é composta de músicas clássicas com o objetivo de se criar uma atmosfera soturna. A Tocata de Bach é ouvida durante a sequência de abertura e novamente durante o climax do filme. Também são executadas a Adagio em sol menor de Albinoni/Giazotto, e o Largo da Sinfonia nº 5 de Dmitri Shostakovich.

Reconhecendo a sua contribuição para muitas seqüências de ação cruciais do filme, Rollerball foi a primeira grande produção de Hollywood para dar créditos na tela a seus dublês.[7]

Houve um remake do filme em 2002 também chamado Rollerball, dirigido por John McTiernan, diretor da Die Hard, e estrelado por Chris Klein, Jean Reno, e LL Cool J. O remake recebeu respostas universalmente negativas dos críticos; seu índice de aprovação no Rotten Tomatoes é de 3%.[8] Futuresport é um filme similar.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Em 2018 o mundo se tornou uma distopia, governado por um Estado Corporativo. Uma das entidades governamentais é a Corporação Energia, que detém o monopólio global da energia e cuja sede fica em Houston, Texas. As outras corporações controlam todo o transporte, comunicação, alimentação e as fontes de recursos globais.

Nessa sociedade existe o Rollerball, um esporte assustadoramente violento, onde não é raro haver graves ferimentos e até mortes durante as disputas. Apesar da enorme violência e eventual mortalidade do jogo, o mesmo tem popularidade mundial. A disputa consiste no enfrentamento de duas equipes de patinadores, vestidos com armaduras protetoras e capacetes, além de luvas com pinos pontiagudos de aço para atacar os adversários. Um dos jogadores pilota uma motocicleta para que os outros (geralmente três) a agarrem e consigam maior velocidade. Os patinadores deslizam em uma pista circular circundada por uma grade protetora, em busca de uma esfera metálica lançada através de uma canaleta, em altíssima velocidade, a cada reinício da disputa. A equipe que consegue pegar a esfera deve deixá-la a vista de todos e se torna "ofensiva", isto é, tenta colocar a esfera dentro de um cone magnético e, ao fazê-lo, marcará um ponto. A outra equipe se torna "defensiva" e deve procurar retomar a esfera e impedir que os adversários marquem o ponto. Mesmo a técnica para se pegar a bola é treinada à exaustão pelos jogadores, pois qualquer erro na recepção da mesma, devido à sua velocidade e seu peso, facilmente arrancaria o braço do competidor. Durante todo o tempo os jogadores se degladiam entre si, com muitos feridos graves e eventuais mortos a cada partida. Os pilotos das motocicletas podem atropelar os adversários e a princípio essa atitude é punida como falta e suspensão do jogador por três minutos. Já os patinadores podem derrubar os pilotos da motos.

O filme começa mostrando um jogo pelo campeonato mundial de Rollerball entre as equipes de Houston e Madrid. O principal jogador do esporte é o atleta do Houston, Jonathan E, reconhecido em todo o mundo como um ídolo mundial, sendo o jogador que há mais tempo é atleta do Rollerball em toda a história do jogo, com 10 anos de carreira. Ao mesmo tempo que se entusiasma cada vez mais pelo jogo e consegue grandes vitórias(e inclusive o recorde mundial de jogadores inutilizados pelo mesmo adversário em um só jogo, com 13), Jonathan se sente pressionado pelos empresários, particularmente pelo principal executivo da Corporação Energia, o Senhor Bartholomew. O jogador percebe que as regras mudam a cada rodada e tornam o esporte cada vez mais difícil e violento. E passa a sentir ódio dos executivos quando eles o obrigam a se separar da esposa Ella.

A crise entre Bartholomew e Jonathan fica evidente quando o executivo, sem razão aparente, exige que o jogador anuncie a aposentadoria antes do jogo semi-final com a equipe de Tóquio, jogo no qual Moonpie, colega e melhor amigo de Jonathan, acabaria sendo brutalmente atingido por um adversário e sofrendo morte cerebral. Jonathan, mesmo assim, se recusa a obedecer e ao mesmo tempo tenta descobrir o que está acontecendo. Ele procura pesquisar em livros e descobre que todos foram reescritos e resumidos pelas corporações. Tenta ir a um centro de computação em Genebra, onde se encontra o maior banco de dados computadorizado do planeta, apenas para descobrir que os arquivos são deficientes e falhos (o idoso responsável pelo centro lhe comunica que acabaram de perder toda a história do século XIII).

Sem saber porque o pressionam, Jonathan continua a resistir e vai disputar o jogo final contra a equipe de Nova Iorque, partida na qual não haverá mais marcações de faltas e nem limites de tempo, além de serem proibidas as substituições, o que fará com que os jogadores se degladiem até a morte. Bartholomew planejara essa ausência de regras precisamente para Jonathan desistir ou ser derrotado na final, pois o propósito do jogo era eliminar da mente das pessoas a ideia do valor do esforço individual. No entanto, no final de uma disputa sanguinária, apenas Jonathan permanece na arena e marca o único ponto do jogo, decretando a vitória de Houston sobre Nova Iorque por 1 x 0. Jonathan então circula triunfantemente pela pista, ao passo que Bartholomew foge apressado do ginásio, vendo que seus piores medos se tornaram reais, com Jonathan derrotando o propósito do jogo em si. A multidão grita "Jon-a-do!", enquanto Jonathan continua a dar voltas na pista como o grande campeão mundial do Rollerball em todos os tempos, aquele que afinal destruíra os propósitos maléficos do jogo.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Estados Unidos Saturn Awards

  • Melhor Filme de Ficção-Científica (1976)
  • Melhor Ator: James Caan (1976)
  • Melhor Fotografia (1976)

Reino Unido Bafta

  • Melhor direção de arte (1976)

Indicações[editar | editar código-fonte]

Reino Unido Bafta

  • Melhor Fotografia (1976)
  • Melhor Edição (1976)
  • Melhor Trilha Sonora (1976)

Adaptações, influências e homenagens[editar | editar código-fonte]

  • A IJK Software lançou um jogo para Commodore 64 chamado Rocketball em 1985.
  • O video game Speedball de 1988, desenvolvido pela Bitmap Brothers para o Amiga e mais tarde transferido para outros sistemas, possui similaridades com o Rollerball, trazendo referências específicas ao filme.
  • No vídeo game Rocky Legends, perto da arena em Times Square existe um cinema que anuncia Rollerball, com o subtítulo (No futuro...).
  • No manga cyberpunk Battle Angel Alita, o Motorball é um popular e sangrento esporte baseado no Rollerball.
  • O vídeo Rock the House de Gorillaz é baseado numa combinação dos filmes Mr. Freedom e Rollerball
  • No Vídeo New Lands, da dupla de música eletrônica Justice, é praticado uma variação do Rollerball.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Death Race 2000, um filme distópico de esporte de ficção científica lançado dois meses antes de Rollerball
  • Futuresport, um filme para a televisão de 1998, com uma premissa similar.
  • Rollerball, remake de 2002.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Rollerball, Box Office Information». The Numbers. Consultado em 22 de janeiro de 2012 
  2. «Rollerball (1975) Cast And Crew». MGM.com: Official website of Metro-Goldwyn-Mayer Inc. 2000–2007. Consultado em 3 de outubro de 2007 
  3. «"Contents Lists / The Year's Best Science Fiction No. 7». Index to Science Fiction Anthologies and Collections, Combined Edition, by William G. Contento. 2003. Consultado em 1 de outubro de 2007. Arquivado do original em 13 de outubro de 2007 
  4. Cook, David A. (2000), Lost illusions: American cinema in the shadow of Watergate and Vietnam, 1970-1979, ISBN 0-684-80463-8, History of the American cinema, Charles Harpole, 9, Simon and Schuster, p. 243 
  5. Booker, M. Keith (2010). Historical Dictionary of Science Fiction Cinema. [S.l.]: Scarecrow Press. p. 66. ISBN 0-8108-5570-4 
  6. Vaughn, Stephen (2006), Freedom and Entertainment: Rating the Movies in an Age of New Media, ISBN 0-521-85258-7, Cambridge University Press, p. 55 
  7. http://www.imdb.com/title/tt0073631/trivia
  8. Rollerball at Rotten Tomatoes

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Prêmios
Precedido por
Soylent Green
Saturn Award de melhor filme de ficção científica
1974/75
Sucedido por
Logan's Run