Rubem Fonseca – Wikipédia, a enciclopédia livre

Rubem Fonseca
Nome completo José Rubem Fonseca
Nascimento 11 de maio de 1925
Juiz de Fora, MG
Morte 15 de abril de 2020 (94 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Ocupação escritor, contista
Principais trabalhos Agosto, O Caso Morel, O Selvagem da Ópera, O Seminarista
Prêmios Prémio Jabuti (1970), (1984), (1993)

Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1979, 2000)
Prémio Camões 2003
Prémio Casa de las Américas (2005)
Prêmio ABL de Ficção romance teatro e conto (2007)
Prémio Machado de Assis (2015)

José Rubem Fonseca (Juiz de Fora, 11 de maio de 1925Rio de Janeiro, 15 de abril de 2020) foi um contista, romancista, ensaísta e roteirista brasileiro.

Formado em Direito, exerceu várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 2003, venceu o Prémio Camões,[1] o mais prestigiado galardão literário para a língua portuguesa.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 1925. Era filho de portugueses transmontanos, emigrados para o Brasil. Residiu desde a infância no Rio de Janeiro.[2] Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da então Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em 31 de dezembro de 1952 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Muitos dos fatos vividos naquela época e dos seus companheiros de trabalho estão imortalizados em seus livros. Aluno brilhante da Escola de Polícia, não demonstrava, então, pendores literários. Ficou pouco tempo nas ruas. Foi, na maior parte do tempo em que trabalhou, até ser exonerado em 6 de fevereiro de 1958, um policial de gabinete. Cuidava do serviço de relações públicas da polícia.

Na Escola de Polícia destacou-se em Psicologia. Em julho de 1954 recebeu uma licença para estudar e depois dar aulas desta disciplina na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.

Escolhido, com mais nove policiais cariocas, para se aperfeiçoar nos Estados Unidos, entre setembro de 1953 e março de 1954, aproveitou a oportunidade para estudar administração de empresas na New York University. Após sair da polícia, Rubem Fonseca trabalhou na Light até se dedicar integralmente à literatura.

Designado pelo presidente da Light, do qual o escritor era assessor em 1962, Fonseca participou, como representante da empresa, do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPÊS).[3] No Instituto elaborou projetos com sugestões econômicas para o governo Goulart. Após o golpe militar de 1964, desligou-se imediatamente do IPÊS.[3]

Em 1976, um de seus livros mais importantes, Feliz Ano Novo, foi proibido de circular e de ser publicado, após decisão do então Ministro da Justiça, Armando Falcão, em 15 de dezembro daquele ano. A alegação seria de que a obra conteria matéria "contrária à moral e aos bons costumes".[4] Sobre esse episódio, o então secretário-geral do Ministério da Educação e posteriormente Ministro da Educação no governo Geisel, Euro Brandão, em ofício ao Ministro da Justiça afirmou que "quanto ao livro "Feliz Ano Novo", de autoria de Rubem Fonseca, aprovou-se solicitação a V. Exa. para que faça sentir ao Senhor Ministro da Justiça o nosso aplauso pela providência adotada contra essa obra realmente representativa da obscenidade literária em nosso País".[5]

Em 20 de julho de 1978, o então presidente da representação em Brasília da Associação Brasileira de Imprensa, Pompeu de Sousa, protestou ao diretor geral do Departamento da Polícia Federal, coronel Moacir Coelho, contra a proibição de outra obra de Rubem Fonseca, dessa vez o conto "O Cobrador", vencedor do Prêmio Status de Literatura Brasileira 1978. Afirmou Pompeu de Sousa: "Ninguém ignora que Rubem Fonseca é um dos escritores mais importantes da literatura brasileira contemporânea, já antes atingido por outra medida de obscurantismo, com a apreensão de seu livro "Feliz Ano Novo", o que, aliás, constitui objeto de ação judicial que o autor move presentemente contra o Ministro da Justiça. Igualmente notório é o alto valor intelectual da comissão julgadora do referido concurso, composta pelos escritores Antônio Houaiss, Ferreira Gullar e Gilberto Mansur, cujo trabalho, nesse particular, consistiu na leitura e seleção de cerca de dois mil contos. Trata-se - deve ser acentuado, ainda - de um prêmio que, pelo seu valor monetário, representa um dos poucos exemplos de estimulo material à produção literária, no Brasil. O ato da Censura - ainda mais tendo em vista que repete proibição idêntica contra o conto vitorioso em concurso semelhante, no ano anterior, de mesma revista, dessa vez da autoria de outro mestre do gênero,o escritor Dalton Trevisan - pode determinar uma retração da parte da editora prejudicada, como de outras, no sentido de manter ou estender tão louvável empreendimento. Por todas estas razões, Vossa Senhoria há de concordar que medidas dessa natureza contrapõem-se, na verdade, aos interesses nacionais, na defesa dos quais essa Representação da ABI aqui manifesta o seu protesto, assim como a expectativa de que, de futuro, não venham a repetir-se".[6] 

Reconhecidamente uma pessoa que, como Dalton Trevisan, adora o anonimato, era descrito por amigos como uma pessoa simples, afável e de ótimo humor.

As obras de Rubem Fonseca geralmente retratam, em estilo seco e direto, a luxúria e a violência urbana, em um mundo onde marginais, assassinos, prostitutas, miseráveis e delegados se misturam. A história através da ficção é também uma marca de Rubem Fonseca, como nos romances Agosto (seu livro mais famoso) em que retratou as conspirações que resultaram no suicídio de Getúlio Vargas, e em O Selvagem da Ópera em que retrata a vida de Carlos Gomes, ou ainda A Cavalaria Vermelha, livro de Isaac Babel retratado em Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos.

Criou, para protagonizar alguns de seus contos e romances, um personagem antológico: o advogado Mandrake, mulherengo, cínico e imoral, além de profundo conhecedor do submundo carioca. Mandrake foi transformado em série para a rede de televisão HBO, com roteiros de José Henrique Fonseca, filho de Rubem, e o ator Marcos Palmeira no papel-título.

Foi casado por 42 anos com Théa Maud Komel (1928-1997)[7] e teve três filhos: Maria Beatriz, José Alberto e o cineasta José Henrique Fonseca.

Morte[editar | editar código-fonte]

Rubem Fonseca sofreu um infarto em seu apartamento no bairro Leblon no dia 15 de abril de 2020. Foi socorrido no Hospital Samaritano, mas não resistiu e veio a falecer.[8]

Obras[editar | editar código-fonte]

livro Amalgama
Uma das obras de Rubem Fonseca

Romances[editar | editar código-fonte]

  • 5 - O Caso Morel (1973)
  • 8 - A Grande Arte (1983)
  • 9 - Bufo & Spallanzani (1986)
  • 10 - Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos (1988)
  • 11 - Agosto (1990)
  • 13 - O Selvagem da Ópera (1994)
  • 16 - E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto (1997)
  • 18 - O Doente Molière (2000)
  • 21 - Diário de um Fescenino (2003)
  • 23 - Mandrake, a Bíblia e a Bengala (2005)
  • 26 - O seminarista (2009)
  • 27 - José (2011)

Contos[editar | editar código-fonte]

  • 1 - Os prisioneiros (1963)
  • 2 - A coleira do cão (1965)
  • 3 - Lúcia McCartney (1969)
  • 4 - O homem de fevereiro ou março (1973)
  • 6 - Feliz Ano Novo (1975)
  • 7 - O cobrador (1979)
  • 12 - Romance negro e outras histórias (1992)
  • 14 - O buraco na parede (1995)
  • 15 - Histórias de amor (1997)
  • 17 - A confraria dos espadas (1998)
  • 19 - Secreções, excreções e desatinos (2001)
  • 20 - Pequenas criaturas (2002)
  • 22 - 64 Contos de Rubem Fonseca (2004)
  • 24 - Ela e outras mulheres (2006)
  • 28 - Axilas e Outras Histórias Indecorosas (2011)
  • 29 - Amálgama (2013)
  • 30 - Histórias Curtas (2015)
  • 31 - Calibre 22 (2017)
  • 32 - Carne Crua (2018)

Outros[editar | editar código-fonte]

  • 25 - O romance morreu (crônicas, 2007)

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Ano Prêmio País Categoria Indicação
1969 Prêmio Jabuti[9] Brasil Contos/Crônicas/Novelas Lúcia McCartney
1983 Prêmio Jabuti[10] Brasil Romance A Grande Arte
1996 Prêmio Jabuti[11] Brasil Contos/Crônicas/Novelas Buraco na Parede
2002 Prêmio Jabuti[12] Brasil Contos e Crônicas Secreções, Excreções e Desatinos
2003 Prêmio Camões Portugal conjunto da obra
Prêmio de Literatura Latinoamericana y del Caribe Juan Rulfo[13] México
Prêmio Jabuti[14] Brasil Contos e Crônicas Pequenas Criaturas
2012 Prêmio Iberoamericano de Narrativa Manuel Rojas[15] Chile
Prêmio Literário Casino da Póvoa Portugal Bufo & Spallanzani
2014 Prêmio Jabuti[16] Brasil Contos e Crônicas Amálgama
2015 Prêmio Machado de Assis[17] Brasil conjunto da obra

Estilo literário[editar | editar código-fonte]

Rubem Fonseca inaugurou algo novo na literatura brasileira contemporânea, que foi chamada, como brutalista, em 1975 através de Alfredo Bosi. Em seus contos e romances utiliza-se uma maneira de contar, na qual destacam-se personagens que são narradores. Várias das suas histórias (principalmente romances) são apresentadas na estrutura de uma narrativa policial com fortes elementos de oralidade. O fato de ter atuado como advogado, aprendido medicina legal, comissário de polícia, ter vivido no subúrbio do Rio de Janeiro teria contribuído para o escritor criar histórias do mundo parecido com o real dentro dessa linguagem direta. Provavelmente, devido a isso, vários de seus personagens de suas obra são (ou foram) delegados, inspetores, detetives particulares, advogados criminalistas, ou, ainda, escritores.

Além do tom bastante policial, em que existe - geralmente - um crime ou um mistério a ser desvendado, seus livros podem ser vistos como uma paródia do gênero policial tradicional, visto que os crimes do enredo são apenas "disfarces" de suas críticas a sua sociedade opressora do indivíduo. No gênero policial  tradicional o mistério funciona como uma casca que encerra um caroço. Porém, a Rubem Fonseca interessa registrar o cotidiano terrível das grandes cidades e, simultaneamente, mostrar os dramas humanos desencadeados pelas ações transgressoras da ordem.

Persistem, apesar disso, algumas semelhanças entre literaturas de outros escritores, como Sir Arthur Conan Doyle (criador de Sherlock Holmes), que ele insere nos em sua obra , e fundir ela com seu jeito de escrever. Em ambos os autores, o enigma inicial fica por conta de um crime (na maioria das vezes, um homicídio) que gera toda um drama, mistério e tensão e fará com que o leitor se interesse pelo livro.

Outra semelhança, é o primeiro passo do investigador, (seja ele comum ou especialista, como Sherlock Holmes, Mandrake, Guedes, Mattos, etc.), que é quando o detetive vai ao local do crime em busca dos primeiros indícios que ajudaram no desencadeio do processo investigativo.

O que mais chama atenção na obra de Rubem Fonseca é a mentalidade dos bandidos. Em nenhum momento eles se sentem remorso ou culpa. São perversos e frios, venham dos estratos superiores ou das camadas populares. A relação entre herói e bandido está presente em seus livros, contudo, não é possível identificar exatamente quem é, pois seus personagens são muitos parecidos, fazendo com que, o leitor ache que todos sejam vilões.[19]

Referências

  1. «Prêmio Camões de Literatura». Brasil: Fundação Biblioteca Nacional. Cópia arquivada em 16 de Março de 2016 
  2. Fonseca, R. (1990). Agosto, Editora Planeta, pág. 2.
  3. a b Fonseca, Rubem (30 de junho de 1961). «IPES». Jornal do Brasil. 1o Caderno (terça feira): Opinião p.11 
  4. «Arquivo Nacional». FUNDO: Divisão de Segurança e Informações do Ministério da Justiça - BR_RJANRIO_TT, arquivo BR_RJANRIO_TT_0_MCP_PRO_0695_d0001de0001.pdf 
  5. «Arquivo Nacional». FUNDO: Divisão de Segurança e Informações do Ministério da Justiça - BR_RJANRIO_TT, arquivo: BR_RJANRIO_TT_0_MCP_PRO_0757_d0001de0001.pdf 
  6. «Arquivo Nacional». FUNDO: Divisão de Censura de Diversões Públicas - BR_DFANBSB_NS, arquivo:BR_DFANBSB_NS_AGR_COF_MSC_0133_d0001de0001.pdf 
  7. «Thea Maud Komel Fonseca, mulher do escritor Rubem Fonseca. Tradutora talentosa.». O Explorador. 29 de julho de 2009. Consultado em 15 de agosto de 2020 
  8. Jardim, Lauro (15 de abril de 2020). «Aos 94 anos, morre Rubem Fonseca». O Globo. Consultado em 15 de abril de 2020 
  9. Camara Brasileira do Livro (30 de abril de 2014). «Prêmio 1969». Consultado em 27 de junho de 2019 
  10. Camara Brasileira do Livro (30 de abril de 2014). «Prêmio 1983». Consultado em 27 de junho de 2019 
  11. Camara Brasileira do Livro (18 de outubro de 2014). «Prêmio 1996». Consultado em 27 de junho de 2019 
  12. Camara Brasileira do Livro (30 de abril de 2014). «Prêmio 2002». Consultado em 27 de junho de 2019 
  13. Gazeta Digital (6 de agosto de 2003). «Prêmio celebra obra de Rubem Fonseca». Consultado em 27 de junho de 2019 
  14. Camara Brasileira do Livro (30 de abril de 2014). «Prêmio 2003». Consultado em 27 de junho de 2019 
  15. Folha de S.Paulo (28 de setembro de 2012). «Rubem Fonseca recebe o Prêmio Ibero-Americano Manuel Rojas». Consultado em 27 de junho de 2019 
  16. Jornal do Comércio (16 de outubro de 2014). «Bernardo Carvalho e Rubem Fonseca levam Prêmio Jabuti; veja a lista dos vencedores». Consultado em 27 de junho de 2019 
  17. Globo.com (16 de julho de 2015). «Rubem Fonseca recebe o Prêmio Machado de Assis da ABL». Consultado em 27 de junho de 2019 
  18. «O PEN clube entregou os premios Rosalía de Castro ás literaturas ibéricas». La Voz de Galicia (em galego). 30 de setembro de 2004. Consultado em 12 de dezembro de 2020 
  19. Fernanda Cardoso, Fernanda (2016). «RUBEM FONSECA: VIOLENTO, ERÓTICO E, SOBRETUDO, SOLITÁRIO». www.unicamp.br. Consultado em 26 de agosto de 2020 

Bibliografia crítica[editar | editar código-fonte]

  • BARROS, Fellipe Ernesto. Do repugnante ao belo: o excremento como sublime em Copromancia, de Rubem Fonseca. Monografia (Trabalho de conclusão de curso), UFAL, Maceió, 2010.
  • JESUS, Manuela Sena de. De amor e dor: Eros e Thanatos em contos de Rubem Fonseca. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira), UEFS, Feira de Santana, 2005.
  • MEDEIROS, Leonardo Barros. A representação do real em Rubem Fonseca: Agosto entre o histórico e o policial. Dissertação (Mestrado em Letras Vernáculas), UFRJ, Rio de Janeiro, 2013.
  • MORAIS JUNIOR, Luis Carlos de. "O mago artificial", in O Estudante do Coração. Rio de Janeiro: Quártica, 2010.
  • PEREIRA, Francisco Afrânio Câmara. Por dentro da cidade: solidão e marginalidade em Rubem Fonseca. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem), UFRN, Natal, 2011.
  • PEREIRA, Francisco Afrânio Câmara. Livro de ocorrências: caminhos do amor e do ódio na obra de Rubem Fonseca. Dissertação (Mestrado em Letras), UFPB, João Pessoa, 1997.
  • PETROV, Petar Dimitrov. O Realismo na Ficção de José Cardoso Pires e Rubem Fonseca. Lisboa: Algés, 2000.
  • POLESSA, Maria Luiza de Castro. Rubem Fonseca: Retratos e Conversas. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1986.
  • SANTOS, Rosa Maria dos. O Conto Policial em Poe e Rubem Fonseca. Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, 1998.
  • SILVERMAN, Malcolm. "Rubem Fonseca", págs. 261-277, in Moderna Ficção Brasileira 2. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/MEC, 1981.
  • SILVA, Deonísio da. Rubem Fonseca. Coleção Perfis do Rio. Rio de Janeiro: Relume-Dumará/Rio Arte, 1996.
  • TELLO Garrido, Romeo. La Violencia como Estética de la Misantropia. Cuatro Acercamientos a la Obra de Rubem Fonseca. México, 1993.
  • VÁLIO, Simone Cristina. Embates na arena de papel: o "jogo" narrativo dos contos de Rubem Fonseca. 2008. 227 p. Tese (Doutorado em Teoria e História Literária) – Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, 2008.
  • VIEGAS, Ana Cristina Coutinho. Campos Recepcionais na Obra de Rubem Fonseca. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1998.
  • VIEIRA, Nelson H. An ‘Uncanny’ Vision of Art and Reality in Brazil: Rubem Fonseca’s Bufo & Spallanzani. Brown University, /n/d/

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Wikiquote
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O Wikiquote possui citações de ou sobre: Rubem Fonseca

Precedido por
Maria Cecilia Caldeira
Prêmio Jabuti - Contos /Crônicas /Novelas
1970
Sucedido por
Ricardo Ramos
Precedido por
José J. Veiga
Prêmio Jabuti - Romance
1984
Sucedido por
João Ubaldo Ribeiro
Precedido por
Dalton Trevisan, Regina Rheda e Victor Giudice
Prêmio Jabuti - Contos
1996
Sucedido por
Marina Colasanti, Silviano Santiago e Antônio Carlos Villaça
Precedido por
Fernando Sabino
Prêmio Jabuti - Contos e Crônicas
2003
Sucedido por
Sergio Sant’Anna
Precedido por
Maria Velho da Costa
Prêmio Camões
2003
Sucedido por
Agustina Bessa-Luís