Ruth Cardoso – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ruth Cardoso
Ruth Cardoso
34.ª Primeira-dama do Brasil
Período 1 de janeiro de 1995
até 1 de janeiro de 2003
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Rosane Collor
Sucessor(a) Marisa Letícia Lula da Silva
Dados pessoais
Nome completo Ruth Correia Leite Cardoso
Nascimento 19 de setembro de 1930
Araraquara, São Paulo
Morte 24 de junho de 2008 (77 anos)
São Paulo, São Paulo
Nacionalidade Brasileira
Alma mater USP
Cônjuge Fernando Henrique Cardoso (1953-2008)
Filhos(as) Paulo Henrique (n. 1954)
Luciana (n. 1958)
Beatriz (n. 1960)
Ocupação Socióloga, escritora, professora universitária

Ruth Correia Leite Cardoso GCMGcolPCGCNMGCICGCIH (Araraquara, 19 de setembro de 1930São Paulo, 24 de junho de 2008)[1] foi uma antropóloga e professora universitária brasileira,[2] esposa de Fernando Henrique Cardoso, 34.º presidente do Brasil, e a primeira-dama do país de 1 de janeiro de 1995 a 1 de janeiro de 2003.

Foi uma bem-sucedida antropóloga, reconhecida nacional e internacionalmente no mundo acadêmico,[3][4] que se notabilizou por sua intelectualidade, tendo sido a primeira esposa de um presidente a conquistar um diploma universitário.[5]

Como primeira-dama, título em que sempre rechaçou,[6] se engajou em políticas sociais como o Programa Comunidade Solidária e, posteriormente, o Comunitas.[7] Na sua posição, impôs gradativamente a modernização do assistencialismo no país, mudando a maneira como era vista a ação social pela sociedade.[8]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Família e primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Ruth Vilaça Correia Leite nasceu em Araraquara, no interior do estado de São Paulo. Era filha do contador José Correia Leite e de sua esposa, a professora e farmacêutica Maria Vilaça Correia Leite.[9] Tinha uma irmã gêmea, Raquel, que morreu ainda muito jovem.[10] A casa em que vivia sua família ficava no centro da cidade, hoje é uma agência bancária (um padrão comum nas cidades brasileiras é a expansão do setor terciário privado engolindo trechos ou até totalmente zonas residenciais, inclusive em bairros semi-centrais e outras zonas menos centrais).[11] Ela viveu em sua cidade natal até os dezoito anos, quando se mudou para estudar Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP).[2]

Casamento e filhos[editar | editar código-fonte]

Em 1951, Ruth Leite conheceu seu futuro marido, Fernando Henrique Cardoso, então um estudante de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP.[12] Casaram-se em fevereiro de 1953 e tiveram três filhos juntos: Paulo Henrique, nascido em 1954; Luciana, nascida em 1958; e Beatriz, nascida em 1960.[13]

Vida acadêmica e profissional[editar | editar código-fonte]

Cursou o ensino fundamental no Grupo Escolar Antônio Joaquim de Carvalho, em Araraquara, entre os anos de 1939 e 1941. Posteriormente, estudou no Colégio Des Oiseaux, na capital do Estado.[14]

Na década de 1970, tornou-se pioneira no reconhecimento emergencial de movimentos feministas, étnico-raciais e de orientação sexual classificados por ela como "novos movimentos sociais”.[15]

Antropóloga[editar | editar código-fonte]

Na área da antropologia, Ruth recebeu alguns títulos acadêmicos por meio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP).[16] Em 1952, formou-se em bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais, continuando em 1959, o mestrado em Sociologia com o tema "o papel das associações juvenis na aculturação dos japoneses". O doutorado em Ciências Sociais concluiu no ano de 1972, com a tese: "Estrutura familiar e mobilidade social: estudo dos japoneses no Estado de São Paulo". Em 1988, obteve pós-doutorado pela Columbia University e New York University, em Nova York, nos Estados Unidos.[14]

Magistério[editar | editar código-fonte]

Atuou como docente e pesquisadora na USP; no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap); na pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional do Rio de Janeiro; na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e na Universidade do Chile, ambas em Santiago; na Maison des Sciences de l’Homme em Paris; e nas universidades de Berkeley e Columbia, nos Estados Unidos.[17]

Primeira-dama do Brasil[editar | editar código-fonte]

Ruth Cardoso, em evento à época em que presidia o projeto Comunidade Solidária.

Ruth Cardoso tornou-se primeira-dama do Brasil com a posse de Fernando Henrique Cardoso em 1 de janeiro de 1995.

Durante os dois mandatos de seu marido, se manteve influente em seus diálogos intelectual e político e promoveu ações de assistência social voltadas as políticas de combate à pobreza no país.[18] No primeiro dia de governo de FHC, aplicou a extinção da Legião Brasileira de Assistência (LBA), sempre comandado pela primeira-dama do país desde Darcy Vargas.

Exerceu cargos de destaque como o de coordenadora do conselho assessor do Banco Interamericano de Desenvolvimento sobre Mulher e Desenvolvimento.[19] Ruth ressaltava "que, ao contrário dos homens, que seriam competitivos, as mulheres são colaborativas e precisam ser colocadas no centro das políticas de desenvolvimento".[20] Foi membro da junta diretiva da United Nations Foundation da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Comissão da Organização Internacional do Trabalho sobre as Dimensões Sociais da Globalização e da Comissão sobre a Globalização.[21][22]

Recepção de autoridades estrangeiras[editar | editar código-fonte]

Em julho de 1998, o presidente Fernando Henrique Cardoso e a primeira-dama Ruth Cardoso recepcionaram em Brasília, o presidente da África do Sul Nelson Mandela. Foram convidadas 120 pessoas para sua recepção, que assistiram a shows da Mangueira, escola de samba do Rio de Janeiro, além de capoeira, maculelê e de Boi de Parentins.[23]

A primeira-dama Ruth Cardoso e o presidente Fernando Henrique Cardoso, receberam no Palácio do Planalto, em 2 de maio de 1999, a rainha Margarida II da Dinamarca, o príncipe consorte Henrique e o príncipe herdeiro Frederico, que estiveram em visita oficial ao Brasil durante duas semanas.[24] Após visitar o Congresso Nacional, foi oferecido a ela pelo casal Cardoso um banquete em homenagem à visita da família real dinamarquesa ao Brasil.[25]

Programa Comunidade Solidária[editar | editar código-fonte]

Trabalhou na criação do Programa Comunidade Solidária, implantado em 1995 pelo governo para o combate da extrema pobreza, que funcionava nos âmbitos governamental e sociedade civil.[26] O programa veio em substituição aos extintos órgãos da Legião Brasileira de Assistência e Conselho Nacional de Segurança Alimentar.

Em 29 de outubro de 2000, Ruth Cardoso viajou até, nos Estados Unidos, para participar de uma cerimônia em Hyde Park, em Nova York, onde recebeu pelo Comunidade Solidária a medalha Eleanor Roosevelt Val-Kill, dada a personalidades que tenham se destacado em trabalhos sociais.[27]

Alfabetização solidária[editar | editar código-fonte]

Fernando Henrique Cardoso e Ruth Cardoso durante solenidade do Ministério da Defesa.

Dentro do Comunidade Solidária, outros programas como a Alfabetização Solidária também ganharam destaque. O programa destinado a combater o analfabetismo dos jovens entre 12 e 18 anos. Foi premiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.[21][28]

Universidade Solidária[editar | editar código-fonte]

O objetivo do programa Universidade Solidária, era levar estudantes ao interior do país para desenvolverem ações no campo educacional e civil.[21][28]

Capacitação Solidária[editar | editar código-fonte]

Um dos tentáculos do Comunidade Solidária, o programa Capacitação Solidária teve como meta a inovação na capacitação profissional de jovens que atuavam de uma maneira que não fossem predeterminados os currículos de capacitação, se fazendo aprovar projetos publicamente de organizações não-governamentais.[28]

Artesanato Solidário[editar | editar código-fonte]

Outro ponto de partida, foi o Artesanato Solidário com ações desenvolvidas pelo programa do artesanato que visavam a promoção da cidadania e do desenvolvimento local, por meio da capacitação de pessoas e da mobilização das comunidades de artesãos a partir dos seus saberes tradicionais.[29] O Artesanato Solidário tornou-se o Artesol, em vigor nos dias atuais.[30]

Ruth e FHC no parlatório do Palácio do Planalto, na posse presidencial de 2003 ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Marisa Letícia.

Todo artesão tem um saber e quer ser reconhecido. De modo que quando a gente chega e acha bonito alguma coisa que eles fazem, só achar bonito já e uma consideração enorme com eles. É reconhecer aquilo que pra eles é importante.

Comunidade Ativa[editar | editar código-fonte]

O Comunidade Ativa foi lançado em 2 de julho de 1999. O programa teve como finalidade a descentralização de ações praticadas pelo governo federal e o estímulo às vocações econômicas locais. 133 municípios foram atendidos logo no início do programa.[31][32]

Comunitas[editar | editar código-fonte]

Em 2000, ela criou a organização não governamental Comunitas, com o objetivo de contribuir para o aprimoramento dos investimentos sociais corporativos e estimular a participação da iniciativa privada no desenvolvimento social e econômico do país.[33] Por meio do envolvimento de vários atores, incentiva e promove ações conjuntas com o objetivo comum de promover o desenvolvimento sustentável por meio da parceria de líderes empresariais, engajados nas diversas frentes de atuação da Comunitas.[34]

Orquidário Ruth Cardoso, em homenagem a ex-primeira-dama.

Bolsa Família[editar | editar código-fonte]

Foi precursora de um dos maiores programas sociais da história do país, o Bolsa Família,[35][36] inclusive por meio do Comunidade solidária. Ajudou na implementação de ações governamentais que tinham foco e envolvimento em diferentes esferas de poder público, contribuindo para evitar a superposição das tarefas e desperdício de recursos. Nesse campo visionário, ela impulsionou, dentro do governo de seu marido, um plano para que os programas assistenciais como o Bolsa Escola e Bolsa Alimentação, criados em benefícios da população, fossem unificados somente em um único auxílio.[37] Após deixar a presidência, o então novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu continuidade ao projeto tornando possível a unificação dos programas, surgindo o Bolsa Família.[38]

Posições políticas[editar | editar código-fonte]

Descriminalização da maconha[editar | editar código-fonte]

Em 10 de fevereiro de 1996, no Programa Livre do SBT, comandado por Serginho Groisman, Ruth difundiu uma polarização em parte da sociedade no país ao defender a descriminalização da maconha.[39] Ao ser tomada por críticas por uns e, ao mesmo tempo, ter sido apoiada por outros, a primeira-dama reiterou ser a favor somente a descriminalização, e não a legalização da maconha.[4][40]

Legalização do Aborto[editar | editar código-fonte]

A primeira-dama Ruth Cardoso foi a favor da aprovação da lei que regulamentava a realização de abortos legais em hospitais públicos, feita pelo Congresso Nacional, em outubro de 1997. Em meio às críticas de parte da população e de religiosos,[41][42] ela esclareceu que defendeu aquilo que já estava na legislação do país. Tal fato ocorreu na véspera em que Brasil recebeu a visita oficial do papa João Paulo II. Ela ressaltou que "a relação entre o Congresso Nacional e o papa é zero" e que a chegada do papa "não deve ter nenhuma interferência na votação da lei no Congresso", e assegurou que "esse é um problema da sociedade brasileira".[43]

Viagens oficiais[editar | editar código-fonte]

China[editar | editar código-fonte]

A primeira-dama fez viagem a China em setembro de 1995, para participar da IV Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em Pequim, capital do país.[44] O encontro organizado pelas Nações Unidas entre 4 de setembro e 15 de setembro de 1995. Participaram do evento 189 governos e mais de 5 000 representantes de 2 100 ONGs. Os principais temas tratados foram,[45] Ruth discursou durante dez minutos no plenário do evento, tendo sido a 10ª representante a falar.[46]

Conseguimos desenhar políticas governamentais inovadoras, como o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, cujos princípios são os mesmos que inspiraram as diretrizes da Conferência do Cairo, voltado para o atendimento da mulher em todas as fases de seu ciclo vital, com ênfase no respeito aos direitos reprodutivos. A implementação dessa política é, para nós, um desafio, uma prioridade e um compromisso.

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

Entre os dias 20 e 22 de abril de 1995, FHC e Ruth Cardoso viajaram até os Estados Unidos para um encontro com o presidente Bill Clinton e a primeira-dama Hillary Clinton. Na capital norte-americana, o casal presidencial brasileiro se hospedou na Blair House — destinado a receber os convidados de Estado em visita ao Presidente dos Estados Unidos —, há poucos quilômetros da sede do governo federal, a Casa Branca.[47]

Ruth acompanhou o presidente Fernando Henrique Cardoso em viagem oficial aos Estados Unidos no dia 5 de junho de 1998, onde foram recebidos pelo presidente Bill Clinton e pela primeira-dama Hillary Clinton na base militar e residência de campo presidencial de Camp David.[48]

Reino Unido[editar | editar código-fonte]

O casal presidencial brasileiro viajou em comitiva ao Reino Unido em dezembro de 1997, na qual se encontraram com a rainha Elizabeth II e com membros da Família real britânica no Palácio de Buckingham.[49] A monarca deu de presente à primeira-dama, Ruth Cardoso, um serviço de chá de porcelana e ao presidente FHC duas antigas imagens de Londres, capital do reino, e um livro de imagens do Reino Unido com dois retratos em moldura prateada dela ao lado do marido, Filipe, Duque de Edimburgo. O casal Cardoso retribuiu presenteando-a com duas aquarelas de orquídeas de Dulce Nascimento que se encontravam em extinção no Pará, e ao príncipe Filipe, deu como presente um livro de John Mawe chamado "Viagens no Interior do Brasil".[50]

Em junho de 2001, viajou até o Reino Unido para apresentar aos britânicos o projeto do Programa Comunidade Solidária e também conhecer iniciativas positivas que pudessem ser aplicadas no Brasil. Ruth fez viagem em meio a crise energética no Brasil, embora ela tenho dito que "não percebeu nenhuma visão negativa do país durante sua visita".[51]

Foi uma visita muito boa. Eu estabeleci vários contatos e discuti ideias de intercâmbio, para a vinda de brasileiros para cá fazer estágios e acompanhar de perto as experiências bem-sucedidas.

Morte[editar | editar código-fonte]

Ruth Cardoso faleceu no dia 24 de junho de 2008, aos setenta e sete anos de idade em sua residência, em decorrência de uma arritmia cardíaca, apenas um dia após ter realizado um cateterismo cardíaco e recebido alta hospitalar. Seu corpo foi velado na Sala São Paulo, no centro da capital paulista, e está enterrada no Cemitério da Consolação, ao lado dos seus pais e de Nayde Cardoso, mãe de Fernando Henrique Cardoso.[52]

Obras[editar | editar código-fonte]

Ruth Cardoso publicou vários livros e trabalhos sobre imigração (em especial a imigração japonesa no Brasil), movimentos sociais, juventude, meios de comunicação de massa, violência, cidadania e trabalho. Entre suas obras podemos citar:[1]

  • O Papel das Associações Juvenis na Aculturação dos Japoneses (1959)
  • Estrutura Familiar e Mobilidade Social (1972)
  • A Aventura Antropológica: Teoria e Pesquisa (1986)
  • A Trajetória dos Movimentos Sociais (1994)
  • (co-autoria de Helena Sampaio) Bibliografia sobre a Juventude (1995)
  • Mudança Sociocultural e Participação Política nos Anos 80

Também escreveu um livro infantil: Um Passeio Diferente, publicado pela editora Zit.[53]

Condecorações, Prêmios e Títulos Honoríficos[editar | editar código-fonte]

Condecorações[editar | editar código-fonte]

Insígma País Honra Data
Chile Grã-Cruz da Ordem ao Mérito, agraciada pelo presidente Eduardo Frei Ruiz-Tagle. 6 de março de 1995.[54]
Malásia Grã-Cruz da Ordem do Mérito "Justitia Pietas Fides", concedida pelo Primeiro-ministro Mahathir bin Mohamad. 18 de dezembro de 1995.[54]
Suriname Grande-Faixa da Ordem de Honra da Palma, agraciada pelo presidente Ronald Venetiaan. 5 de janeiro de 1996.[54]
Japão Grande-Colar da Ordem da Preciosa Cruz, concedida pelo imperador Akihito do Japão. 25 de março de 1996.[54]
França Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, agraciada pelo presidente Jacques Chirac. 28 de outubro de 1996.[54]
Finlândia Grã-Cruz da Ordem do Mérito "Isanmaan Hyv'aksi", agraciada pelo presidente Martti Ahtisaari. 27 de fevereiro de 1997.[54]
Espanha Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica, premiada pelo rei Juan Carlos da Espanha. 17 de abril de 1998.[54]
Brasil Grã-Cruz da Ordem do Mérito de Brasília. 21 de abril de 1999.[54]
Brasil Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário Trabalhista. 14 de maio de 1999.[54]
Dinamarca Grã-Cruz da Ordem de Dannebrog, agraciada pela rainha Margarida II da Dinamarca. 2 de julho de 1999.[54]
Portugal Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique, agraciada pelo presidente Jorge Sampaio. 14 de março de 2000.[55]

Prêmios e Títulos Honoríficos[editar | editar código-fonte]

  • Prêmio Mulheres mais influentes Forbes Brasil, para a Cultura.
  • Medalha Roquette Pinto de Contribuição à Antropologia Brasileira, Associação Brasileira de Antropologia (ABA).
  • Medalha oferecida pelo trabalho do Alfabetização Solidária. Concedida pelo Professor Harley Biccas do Brazilian Council of Ophthalmology.
  • Prêmio BNP Paribas Brasil de Cidadania, da Fundação BNP Paris Brasil pelo programa Capacitação Solidária.
  • Eleita Membro do Honorary Academic Board da Universidade Torcuato di Tella.
  • Bussiness Woman of the Year, Câmara Britânica de São Paulo (Britcham).
  • Homenageada pela Instituição Beneficente FROIEN FARAIN do Rio de Janeiro pelo trabalho na Comunidade Solidária.
  • “Colar do Centenário” pelo Programa Capacitação Solidária, “Entidade que mais contribuiu para atividades relacionadas à cidadania no Brasil e em São Paulo”, Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHG/SP).
  • “Professora Honoris Causa”, Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul).
  • Prêmio Destaque Social, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Cidadania da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
  • Medalha Henrique Sérgio Gregori, Associação dos Amigos do Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro.
  • Medalha "Eleanor Roosevelt – Val-Kill Award", Eleanor Roosevelt Center at Val-Kill, Estados Unidos.
  • Diploma de “Honra ao Mérito”, Associação Brasil Soka Gakkai Internacional.
  • Medalha "Ceres”, Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO).
  • Medalha do Mérito “Educatio et Labor”, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial-(SENAI), Rio de Janeiro.
  • “Hóspede de Honra”, Nossa Senhora de La Paz, Bolívia.
  • Diploma de Reconhecimento da University of Pittsburgh.
  • Diploma do “Amigo da Academia de Bombeiro Militar”, Academia de Bombeiro Militar do Distrito Federal.
  • Doutora “Honoris Causa Unidos”, Universidade de Sofia, Japão.
  • Diploma da Medalha Comemorativa do Aniversário de Nascimento da Duquesa de Caxias, Associação das Viúvas das Forças Armadas.
  • Membro Honorário Vitalício, Fulbright Association.[54]

Representações na cultura[editar | editar código-fonte]

Artigos sobre Ruth Cardoso[editar | editar código-fonte]

Projetos de pesquisa acadêmica[editar | editar código-fonte]

  • 1994: “O papel das ONGs da região metropolitana de São Paulo na educação pré-escolar”. Co-coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo.
  • 1992-1994: “Juventude e modernidade: os jovens dos anos 90 – Segunda parte”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo.
  • 1992-93: “Etnografia dos aprendizes: jovens e universitários”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo.
  • 1992: “O aluno trabalhador”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo, e Secretaria Estadual de Educação, São Paulo.
  • 1991-92: “Juventude e modernidade: os jovens dos anos 90 – Primeira parte”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo.
  • 1990-92: “Os jovens dos anos 80: caminhos e descaminhos em busca do futuro”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo.
  • 1990: “Estudos especiais sobre a década de 80. Subprojeto: proposta de elaboração do livro Solidariedade e Institucionalização: os movimentos sociais e as agências públicas. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo.
  • 1989: “Políticas sociais: a relação entre as agências públicas e seus usuários”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo.
  • 1988-89: “Movimentos sociais: a busca de novos horizontes interpretativos - 2ª Fase”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo. “Políticas de promoção da participação popular: implantação dos Conselhos de Comunidade nos Centros de Saúde”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo, e Instituto de Saúde, Universidade de São Paulo.
  • 1987: “Movimentos sociais: a busca de novos horizontes interpretativos - 1a. Fase”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo. “Custos sociais e econômicos das políticas alimentares: mudanças nos comportamentos econômicos e familiares das mulheres da Grande São Paulo”. Cocoordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo, e Institut Français de la Recherche Scientifique pour le Développement en Coopération (ORSTOM), Paris, França.
  • 1986-87: “Descentralização administrativa e política local de Saúde”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo, e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), São Paulo. 1985-86 “Descentralização administrativa e política local”. Coordenadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo, e Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP), São Paulo.
  • 1985: “Cotidianidade, economia informal e consumo familiar: as mulheres como agentes de mudança”. Coordenadora, Centro de Estudos sobre Ação Comunitária (CEDAC), São Paulo.
  • 1983-84: “Violência urbana”. Coordenadora, Universidade de São Paulo. “Levantamento sócio-econômico da população favelada do município de Osasco, São Paulo”. Coordenadora, Universidade de São Paulo e Centro de Estudos sobre Ação Comunitária (CEDAC), São Paulo.
  • 1981-83: “A periferia de São Paulo e o contexto da ação política”. Co-coordenadora, com Eunice Durham, e pesquisadora, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo, e Universidade de São Paulo.
  • 1981: “As periferias urbanas na representação de seus moradores. Estudo em quatro cidades paulistas”. Co-coordenadora com Eunice Durham, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo, e Universidade de São Paulo. Parte do projeto “Modalidades de urbanização no Estado de são Paulo”, coordenado por Vilmar Faria.
  • 1973-74: “Integração e desintegração de populações marginais”. Coordenadora com Lúcio Kowarick, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), São Paulo, e Fundação Ford, Rio de Janeiro.
  • 1962-72: “A aculturação dos japoneses em São Paulo”. Pesquisa de doutoramento;
  • 1958-59: “O papel das associações juvenis na aculturação dos japoneses”. Trabalho de especialização, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.
  • 1954: “Formas de trabalho no município de São Paulo”. Pesquisadora, Serviço de Pesquisas sobre Mercado de Trabalho, Secretaria do Trabalho, Indústria e Comércio do Estado de São Paulo.
  • 1952: “A posição do negro na indústria paulista”. Pesquisadora. Projeto coordenado por Lucila Herrmann, Universidade de São Paulo.[14]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Monteiro, Filipe (27 de junho de 2008), «Ruth Corrêa Leite Cardoso (1930-2008)», Revista de História da Biblioteca Nacional, consultado em 21 de maio de 2010 
  2. a b «Ruth Cardoso». Folha de S. Paulo e Agência Estado. UOL Educação. Consultado em 19 de setembro de 2012 
  3. «Antropóloga, Ruth Cardoso era intelectual reconhecida - Política». Estadão. Consultado em 12 de março de 2020 
  4. a b EFE (25 de junho de 2008). «Ruth Cardoso, uma intelectual renomada e engajada - Mundo - iG» 
  5. «Último Segundo». Consultado em 29 de outubro de 2018. Arquivado do original em 3 de agosto de 2008 
  6. «No adeus a dona Ruth, clarins e aplausos», Diário do comércio .
  7. «Comunidade Solidária atrai empresários britânicos | BBC Brasil». www.bbc.com. Consultado em 12 de março de 2020 
  8. «G1 > Política - NOTÍCIAS - Para intelectuais, Ruth Cardoso sabia articular vida acadêmica e vida pública» 
  9. As múltiplas faces de Ruth Cardoso (PDF), Cereja .
  10. EPTV. «Há 87 anos, nascia a ilustre araraquarense Ruth Cardoso». ACidade ON Araraquara. Consultado em 11 de março de 2020 
  11. Araraquara decreta luto oficial, Terra .
  12. «Ruth Cardoso: a biografia de uma dama». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 12 de março de 2020 
  13. «Conheça as fazendas dos filhos do Fernando Henrique Cardoso». domtotal.com. Consultado em 12 de março de 2020 
  14. a b c fundacaofhc.org.br - pdf
  15. «Ruth Cardoso». educacao.uol.com.br. Consultado em 12 de março de 2020 
  16. «Fundação FHC». fundacaofhc.org.br. Consultado em 11 de março de 2020 
  17. «Confira o perfil da ex-primeira-dama Ruth Cardoso». O Globo. 24 de junho de 2008. Consultado em 12 de março de 2020 
  18. «EBC». memoria.ebc.com.br. Consultado em 12 de março de 2020 
  19. «Representante do BID no Brasil lamenta a morte da Dra. Ruth Cardoso | IADB». www.iadb.org 
  20. «United Nations Foundation Awards Grant to Create World Heritage Program to Preserve 38 Protected Areas in Brazil». unfoundation.org (em inglês). 9 de agosto de 2002 
  21. a b c «Ruth colocava "pessoas competentes" para desenvolver programas que criava, lembra FHC». Senado Federal 
  22. «EBC». memoria.ebc.com.br 
  23. «Folha de S.Paulo - Mandela terá festa maior que Clinton - 19/07/98» 
  24. «Veja a agenda da rainha da Dinamarca em Brasília nesta 2ª - Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: política» 
  25. Londrina, Folha de. «Rainha da Dinamarca inicia visita ao Brasil» 
  26. Peres, Thais Helena de Alcântara (28 de dezembro de 2006). «Comunidade Solidária: a proposta de um outro modelo para as políticas sociais». Civitas - Revista de Ciências Sociais. 5 (1): 109–126. ISSN 1984-7289. doi:10.15448/1984-7289.2005.1.37 
  27. «Folha de S.Paulo - Assistência: Ruth Cardoso recebe prêmio nos EUA pelo Comunidade Solidária - 30/10/2000» 
  28. a b c «EBC». memoria.ebc.com.br 
  29. alfasol.org.br - pdf
  30. Solidário, Ponto (26 de março de 2012). «Ruth Cardoso» 
  31. «UOL - Brasil Online - Governo lança o programa Comunidade Ativa 02/07/99 13h11» 
  32. «Ministério do Esporte» 
  33. «Folha de S.Paulo - Ongueiros: Ruth Cardoso será presidente de ONG - 06/12/2002» 
  34. Monteiro, Filipe (27 de junho de 2008), «Ruth Corrêa Leite Cardoso (1930-2008)», Revista de História da Biblioteca Nacional, consultado em 21 de maio de 2010
  35. Aprendiz, UOL .
  36. Morte de Rute Cardoso, BBC, 8 de junho de 2006 .
  37. «Ruth Cardoso foi precursora do Bolsa Família, diz acadêmico britânico - Política» 
  38. «Ruth Cardoso é personagem por trás do Bolsa Família». Portal Aprendiz. 25 de junho de 2008. Consultado em 17 de setembro de 2021 
  39. «Folha de S.Paulo - Ruth defende descriminação da maconha - 9/2/1996» 
  40. «Folha de S.Paulo - Ruth e a maconha - 10/2/1996» 
  41. «Folha de S.Paulo - Ruth Cardoso acha excessiva polêmica sobre aborto legal - 05/09/97» 
  42. Londrina, Folha de. «Bispos criticam Ruth por declaração pró-aborto» 
  43. «Folha de S.Paulo - Ruth defende projeto sobre aborto - 02/10/97» 
  44. FHC, Fundação (8 de março de 2017). «Discurso de Ruth Cardoso na 4ª Conferência Mundial sobre as Mulheres». Medium (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2021 
  45. A conferência na página das Nações Unidas(em inglês)
  46. «Folha de S.Paulo - Ruth busca discurso equilibrado - 6/9/1995» 
  47. Amorim, Paulo Henrique (30 de agosto de 2015). O quarto poder: Uma outra história. [S.l.]: hedra 
  48. Londrina, Folha de. «Presidente viaja aos EUA» 
  49. Globo, Acervo-Jornal O. «Rainha-mãe da Inglaterra» 
  50. «Folha de S.Paulo - Tucano senta entre Elizabeth II e a rainha-mãe - 03/12/97». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 17 de setembro de 2021 
  51. «Comunidade Solidária atrai empresários britânicos | BBC Brasil». www.bbc.com 
  52. «Morre a ex-primeira-dama Ruth Cardoso», BR: Terra, Notícias .
  53. Um passeio diferente, Editora Zit .
  54. a b c d e f g h i j k Currículo - Ruth Cardoso.
  55. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Nacionais». Ordens Honoríficas Portuguesas (resultado de busca por "Ruth Cardoso"). Presidência da República Portuguesa. Consultado em 1 de março de 2016 
  56. «Folhapress - Fotos - Anamaria Barreto no set de gravação de "3.000 Dias no Bunker"» 
  57. «Ruth Cardoso - Fragmentos de uma Vida - Saraiva». www.saraiva.com.br. Consultado em 11 de março de 2020 
  58. «Ruth Cardoso - Obra Reunida - Nova Ortografia - Saraiva» 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre Ruth Cardoso:
Wikiquote Citações no Wikiquote
Commons Categoria no Commons
Wikinotícias Notícias no Wikinotícias


Precedido por
Rosane Collor
34.ª Primeira-dama do Brasil
19952003
Sucedido por
Marisa Letícia Lula da Silva